“Trocas e Baldrocas ou com a natureza não se brinca” uma história de A. M. Pires Cabral com ilustrações de Paulo Araújo
O Parque Natural de Montesinho recorta-se em quadrilátero no alto do Nordeste Transmontano, abarcando a parte setentrional dos Concelhos de Bragança e Vinhais, fazendo fronteira a nascente, norte e poente com Espanha. “Trocas e Baldrocas ou com a natureza não se brinca” é o título do livro que A. M. Pires Cabral e Paulo Araújo, em conjunto, fizeram para homenagear este local onde os bosques e clareiras de matos e cursos de água são refúgio dos bichos, que calcorreiam o território.
O mítico lobo aqui é real. O veado, o corço, o javali, a marta, o gato-bravo , a gineta, a lontra, entre muitos outros, também têm lá domicílio. Montesinho território sob o signo do verde, mas com uma paleta mais aberta onde cabem as letras de todos os que sonham a salvaguarda dos tesouros que a Natureza nele exuberantemente ostenta, são terras carregadas de História à espera que vão imortalizando a na sua aparência a verde-esperança.
«”Trocas e Baldrocas ou com a Natureza não se Brinca” é uma bela história infantil, tendo animais como personagens, mas que protagonizam comportamentos e traços de personalidade, típicos dos humanos. Neste aspecto, não difere, portanto de muitas outras história infantis, que preenchem as prateleiras de todas as bibliotecas escolares. Porque razão merece então, este livro, uma atenção especial. Bem, na verdade há nele algumas especificidades que o tornam mais apetecível à leitura.
A primeira é o facto de esta história ser ilustrada por um ilustrador nascido no nosso concelho, chamado Paulo Araújo, que frequentou, na sua adolescência, a nossa escola secundária. A segunda é o facto de o seu autor, A. M. Pires Cabral ser natural do nosso distrito e ser professor do ensino secundário. A terceira e não menos importante é que o ambiente em que se desenrola esta história é o Parque Natural de Montesinho, situado em Trás-os-Montes, o que a torna mais familiar para nós, que vivemos nesta região. Digamos que a “moral da história” deste livro apela ao respeito pelo ambiente natural, que é na realidade, o nosso ambiente. Este livro, que foi o resultado de um projecto de trabalho concebido e coordenado pela Direcção Regional da Cultura do Norte merece, com certeza, um lugar especial em qualquer lista de prioridades de leitura.» Sugestão de leitura do professor Albertino Sousa, blogue O rato da biblioteca
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