Apresentação de “O Livro de Anacleto Pereira” poeta de Murça – Anos 40 do Século XX
pela Associação dos Amigos de Murça
dia 25 de Fevereiro (sábado), pelas 18 horas
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real
1. Abertura pelo Senhor António Alberto Alves (Traga-Mundos);
2. Introdução pelo Presidente da Associação dos Amigos de Murça, Senhor Eduardo da Natividade;
3. Milene, neta de Anacleto Pereira, lê um poema;
4. Sacramento Monteiro, da Direcção da AAM, desenvolve o trabalho de pesquisa efectuado;
5. Sara, neta de Anacleto Pereira, lê um poema;
6. Apresentação do livro pelo IIIMº. Senhor Prof. Dr. José Esteves Reis (UTAD);
7. Rita, neta de Anacleto Pereira, lê um poema;
8. Rui Teixeira, neto de Anacleto Pereira, agradece a presença de todos os que participaram no evento, em nome de toda a família;
9. Espaço de comentários e debate;
10. Sessão de autógrafos e venda de “O Livro de Anacleto Pereira”.
Anacleto Pereira nasceu em Murça (Trás-os-Montes), em 20 de Abril de 1905 (tendo falecido em 02.11.1988). Trabalhou desde menino e moço como assalariado rural. Por tal facto, nunca teve tempo para aprender a ler e a escrever.
Legou-nos os seus versos, além dos enterros do Entrudo, cujo reportório se perdeu. Esta obra é uma ínfima parte daquilo que ele foi ditando à mulher e aos filhos, trabalhos que se perderam também, infelizmente!
O Povo sabe dizer
Palavras que soam bem.
Sem saber ler nem escrever
De ideias fica refém.
«Trata-se de um corpo de textos edificantes, até catequéticos, com forte dimensão axiológica, veiculando uma certa rebeldia perante a adversidade e a superação do mistério que envolve o nascimento, a vida e a morte. É um homem telúrico, no sentido torguiano, que atravessa os temas, as personagens e ambientes desenvolvidos nas composições. Esteticamente, a colectânea é uma preciosidade poética, raríssima e, aparentemente, perdida em Trás-os-Montes, quando era, ainda, verdadeira a máxima: “Para lá do Marão, mandam os que lá estão”. É uma comunicação estratégica, pedagógica e ética, sob uma medida clássica, cuja aprendizagem e utilização se apresentam estranhas, surpreendentes e obscuras.»
José Esteves Rei, em posfácio
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