quinta-feira, 31 de julho de 2014

O Norte, por Luís Borges e Amadeu Ferreira

“NorteAndo” Amadeu Ferreira texto, Luís Borges fotografia

Amadeu Ferreira e Luís Borges homenageiam o Norte
Em textos e imagens deslumbrantes

Em Norteando, Amadeu Ferreira e Luís Borges juntam os seus talentos e a paixão de ambos por Trás-os-Montes, o que resulta numa obra “de cortar a respiração”. Luís Borges captou fotografias únicas, que dão a conhecer a beleza da fauna e da flora nortenhas, o gado e seus pastores, paisagens deslumbrantes, a geometria das refrescantes gotas de água do Verão e dos cristais que se formam no Inverno, homens e mulheres em trabalhos do campo e da casa já quase esquecidos, as tradições do Entrudo, monumentos perdidos no tempo, o sorriso de rostos enrugados. Amadeu Ferreira deu voz a essas imagens, escrevendo textos, ora em prosa, ora em verso, a maioria em português, alguns em mirandês, que são um verdadeiro deleite e um importante registo de memórias. Norteando é também, assim, um apelo à preservação da natureza e das tradições.

Amadeu Ferreira (1950, Sendim, Miranda do Douro) é vice-presidente da CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, presidente da ALM – Associaçon de Lhéngua i Cultura Mirandesa e professor convidado na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Autor e tradutor de uma vasta obra em português e em mirandês (sob diferentes pseudónimos), segunda língua oficial de Portugal, reconhecida há 15 anos pela lei 7/99 de 29 de Janeiro. Entre as traduções para a língua mirandesa, destacam-se Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e uma edição comemorativa dos 25 anos de Os Lusíadas em banda desenhada, de José Ruy, o autor português de BD com o maior número de álbuns publicados, com quem também colaborou nos álbuns Mirandês – História de uma Língua e de um Povo e a correspondente versão em mirandês. Traduziu também Mensagem, de Fernando Pessoa, obras de escritores latinos (Horácio, Virgílio e Catulo), Os Quatro Evangelhos e duas aventuras de Astérix. É autor do romance Tempo de Fogo, primeira obra publicada simultaneamente em português e mirandês (La Bouba de la Tenerie, com o pseudónimo de Fracisco Niebro). Ars Vivendi Ars Vivendi é uma das suas obras em poesia, publicada pela Âncora Editora. Tem em curso de publicação, com José Pedro Ferreira, o Dicionário Mirandês-Português e O Essencial sobre a Língua Mirandesa.


Luís Borges nasceu em Angola a 19 de Junho de 1971. Três anos depois, foi com a família para Macedo de Cavaleiros, Trás-os-Montes, onde viveu até 1998. É bacharel em Engenharia Agrícola e licenciado em Educação, na área da Educação Visual e Tecnológica. Exerce a profissão de docente desde 1998, pertencendo actualmente ao quadro do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro, em pleno coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês. É fotógrafo freelancer. O seu currículo inclui várias participações em exposições nacionais e internacionais, trabalhos para centros interpretativos do Parque Nacional da Peneda-Gerês e monografias de alguns concelhos nortenhos. Amante confesso da natureza, da montanha e das tradições e costumes do mundo rural, essencialmente do norte do país, tem registado, nos últimos tempos, através do seu olhar fotográfico, rostos característicos, rituais e tradições que teimam em resistir à globalização, nalguns locais recônditos do interior norte de Portugal.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...


quarta-feira, 30 de julho de 2014

Careto de Bemposta (Mogadouro)

Careto de Bemposta (Mogadouro)

fabrico artesanal, em cerâmica,
pintado à mão
versão íman e boneco

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também outros caretos do distrito de Bragança]


terça-feira, 29 de julho de 2014

Os segredos da gaita

“Os Segredos da Gaita” de Xosé Lois Foxo
6ª Edición correxida e aumentada

«Entre las novedades que aporta la sexta edición figura una selección de 600 pzs. que incluye obras del cancionero popular y otras de autor. 
Xosé Lois Foxo, director de la Escola Provincial de Gaitas da Deputación de Ourense y autor de la obra, sostiene que su objetivo ha sido incluir piezas que fuesen representativas de la literatura musical gaitística en todas sus formas. En la selección figuran himnos, alalás, romances, alboradas, muiñeiras, fandangos, jotas, pandeiradas, carballesas, danzas, mazurcas, valses, pasodobles, polcas, jigas y obras varias tanto anónimas como de autor conocido. La tonalidad empleada para la escritura musical es la de Re.

Tiene un capítulo dedicado a los gaiteros de más renombre de Galicia. En las páginas de Os segredos figuran un total de veintiséis intérpretes y artesanos que son ya historia viva de la gaita en Galicia, desde Choumín de Céltigos hasta Antón Corral pasando por Perfecto Feijoo, Xan Tilve, Manuel Lourenzo, Faustino Santalices, Emilio Corral o Aurea Rodríguez. También se incluye una docena de grupos musicales, en muchos casos con imágenes rescatadas del olvido.

En la parte estrictamente técnica del manual, además de la descripción de las partes del instrumento, los materiales empleados para su construcción tanto los comunes como los menos usados, el libro incluye una descripción de los instrumentos de percusión utilizados ordinariamente para acompañar las interpretaciones gaiteiriles. Los géneros musicales propios de la tradición gallega están expuestos con transcripciones de ejemplos y una breve descripción con algunos apuntes históricos.

En esta edición, Foxo incluye la descripción de las posiciones de las manos sobre el punteiro, tanto en la modalidad más utilizada como en la denominada man pechada. Los ornamentos en la ejecución de las piezas musicales, tan característicos del instrumento, están especialmente cuidados y también incluye una referencia a ellos en el caso de la gaita escocesa. Os segredos da gaita en su sexta edición mantiene el rigor y ha cuidado la metodología del aprendizaje con el criterio de incrementar progresivamente la dificultad en la digitación y fraseos, así como en la ornamentación.»

XOSÉ LOIS FOXO
Estudia Humanidades, Filosofía y Teología en el Seminario de Lugo, concluyendo los mismos en el año 1975, recibiendo la diplomatura oficial eclesiástica en Sagrada Teología. En el Seminario forma parte de la Schola Cantorum como gaiteiro y clarinete solista. En el año 1975 se traslada a Barcelona, licenciándose en Filología Anglogermánica, así como en Traducción e Interpretación por la Universidad Autónoma de Barcelona. Posteriormente pasa a Ourense, donde funda la Escuela Provincial de Gaitas de la Diputación de Ourense (15 mil alumnos en la actualidad) y la Real Banda. Tiene en su haber destacadas condecoraciones y medallas tales como la medalla de oro del Vaticano, medalla de plata del Gobierno de Galicia, la llave de oro de la ciudad de Newark, NJ y un largo etc...

Director de la Real Banda de Gaitas de Ourense. Al frente de la Real Banda consiguió, entre otros, el título de "Real"; además ganaron los mundiales en Glasgow en 1990 y 1993 y el trofeo de la ciudad de Nueva York como la mejor banda del desfile de San Patricio en el año 2000.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível do autor: "Os Segredos da Gaita", "Músicas do Caurel - Cantares da Serra" Volume II, "Músicas do Caurel - Cantares da Serra" Volume III, "Cantares da Terra das Frieiras - A Gudiña" Volume I, "Cancioneiro Oencia e Contorna" 3 cd + 1 dvd, "Os Últimos Brindeiros de Forgas", "Cantareira de Barro de Arén - Manuela Cortizo Medal" contén CD e DVD; Cantares da Cega do Covelo – Lucía da Conceição Fernándes” por Xosé Lois Foxo, estudio etnográfico: Xosé Rodríguez Cruz, correción lingüistica: Mário Correia, livro + cd]

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Uma luz poética

“Uma Luz Que Nos Nasce Por Dentro” de Virgínia do Carmo

"Do mais fundo chão que hoje me é chão,
[a gelar-me os olhos]
vejo um esboço de luz preso nos remoinhos da minha visão esboroada das paredes da sala, a serem-me lençóis que me cobrem os sentidos que já não uso].
Tem estado sempre lá. Como sombra possível do vazio fragmentado. Como reflexo a espelhar o infinito invisível. Como se quisesse impedir a hipotermia dos meus olhos. Do meu peito. Sinto que me atravessa. Que me visita. De dentro para fora. Que me impede de morrer. Que me salva de uma maneira que me dói. De uma forma estranha e inconsistente. Porque sou agora esta quietude a mascarar a inércia. E só me reconheço no paradoxo do silêncio a crepitar-me sereno na superfície do tumulto da alma. No tropeço da ordem na confusão. Na indiferença do caos que me traga. Sílaba a sílaba. Memorizada na atmosfera nua de todos os meus sentidos. E aquele desenho etéreo de luz a ser-me companhia. A impedir-me de morrer. A salvar-me, de uma maneira que me dói. No patíbulo de todas as coisas que hoje me são coisas."
[Excerto]



Virgínia do Carmo, embora nascida em França, é na verdade trasmontana. Pela sensibilidade, pelo apego pela terra dos seus antepassados.

Além de escritora, é animadora cultural e mantém em Macedo de Cavaleiros, onde vive, uma aposta simultaneamente comercial e cultural, a Livraria Poética, onde têm lugar regularmente eventos de exaltação da poesia, da pintura, da fotografia e de outras artes.
Já nos tinha dado dois títulos de poesia (Tempos cruzados, 2004, Pé de Página Editores, e Sou, e sinto, 2010, Temas Originais). Chega-nos agora uma incursão pela prosa (Uma luz que nos nasce por dentro, 2011, Lua de Marfim), uma espécie de híbrido de novela e diário, relatando com tocante autenticidade experiências que raiam os limites do humanamente suportável. «Trago as mãos sujas de tanta humanidade. Mas há-de haver um rio à minha espera e nele hei-de mergulhar as más memórias destes dias de angústia.» [Grémio Literário Vila-Realense]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível da autora o título: “Sou, e Sinto”]

sábado, 26 de julho de 2014

Prova... com uma pitada de erva doce!

Prova de amêndoa torrada, sementes de sésamo torradas e bolinhos de figo com amêndoa e uma pitada de erva doce!
 pelas artes de Sabores em Desalinho (produção artesanal)
dia 01 de Agosto de 2014 (sexta-feira), pelas 21h00
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real


«Os Sabores em Desalinho começam a ser formados em 2009 com ideias soltas para a formação de um projeto que envolvesse a transformação de matéria prima de qualidade de Trás os Montes, acrescentando-lhe assim valor.
Assim, acabámos por formar uma variedade de produtos tradicionais, sempre atentos à inovação e desenvolvimento. Somos um casal que teve o desejo de migrar do Porto para o interior e pretendemos assim sustentar nossa mudança com este projeto.
Este ano começamos a laborar oficialmente com o objetivo de ampliar a nossa rede de negócios mantendo sempre a preparação e a confecção artesanal.

Com esta apresentaçao vamos falar um bocado mais de nós e vão poder também provar algumas das nossas delícias como frutos secos torrados entre outros produtos.

Apareçam!

Daniel Silva e Dorabela Pinto,
Sabores em Desalinho»

Preço:
4,50€ por pessoa (montante devolvido na totalidade na compra de produtos de Sabores em Desalinho)

A pré-inscrição pode ser feita desde já, na Traga-Mundos, ou pelos seguintes contactos: 259 103 113, 935 157 323, traga.mundos1@gmail.com, e o pagamento da inscrição deverá ser feito na Traga-Mundos ou por transferência bancária para o NIB 0033 0000 5006 8664 1160 5.


 António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- de 2 a 31 de Julho de 2014: exposição “Sensibilidades” fotografias a preto-e-branco de Eduardo Teixeira Pinto;
- dia 08 de Agosto de 2014 (sexta-feira), pelas 18h00: apresentação do livro “Abrigos Com Pinturas Rupestres de Trás-os-Montes e Alto Douro: Pala Pinta, Penas Róias e Cachão da Rapa” de Luísa Teixeira, na Fundação Casa-Museu Maurício Penha em Sanfins do Douro (incluído nas Festas da Romaria em Honra da Nossa Senhora da Piedade).



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro

“Mais Subsídios para uma Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro” (2008) de Nuno Canavez

«Tudo o que quiser saber sobre Trás-os-Montes

Nuno Canavez é alfarrabista no Porto, sendo ainda um transmontano à velha maneira. Como esta coisa das raízes para ele é uma questão séria, nos últimos anos organizou dois volumes de Subsídios para Uma Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro, publicou um em 1994 e outro em 1998.
Entretanto, foi coleccionando materiais afins e, em várias remessas, mandou-os para uso público na biblioteca municipal da sua Mirandela natal, onde ombreiam com a biblioteca que foi de outro transmontano de estirpe, o capitão João Sarmento Pimentel. Seja, quem quiser saber transmontanamente terá de valer-se de Nuno Canavez bibliógrafo e, se entender rumar ao coração das fragas, contactar o que ali vai deixando o Nuno Canavez mecenas.
Mas que benefício poderá tirar o leitor comum do contacto com dois volumes de bibliografia? Não será isto um manancial de informações aborrecidamente eruditas? Não, senhores. Nuno Canavez junta umas notas, mania de alfarrabista, aos livros que recomenda. Seja, liberta os autores e os títulos da chateza bibliográfica e fala dos livros quase como quem está à lareira. E que mundo de tradições, de história, de ficções, de memórias, de versos, de tudo, há nestes dois tomos de bibliografia! E materiais de várias épocas a atestar que a região - que não é, afinal, região coisíssima nenhuma! - tem uma personalidade invulgar no espaço europeu. Livros e folhetos, manuscritos e jornais, seja de interesse transmontano o que Nuno Canavez colecciona e quem se quiser debruçar sobre qualquer dos temas nele tem o amparo de mestre incontornável nestas coisas de livralhada.
Para amenizar a obra, Nuno Canavez enriquece-a com imagens, arrancadas, as mais delas, de velhos postais. Vale bem a pena rumar a Mirandela para folhear algumas das mais sensacionais peças do espólio doado e instalado numa das melhores casas da cultura do nosso universozinho.
Vale a pena esta dupla romagem aos livros e a Mirandela. Já agora, abasteça-se por lá de alheiras...»

in Diário de Notícias, 2.Fevereiro.2000, “A Vassoura Voadora” por Viale Moutinho
Coisas do Arco da Velha tiradas da arca de Viale Moutinho 

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[também disponível do autor os títulos: “Subsídios para uma Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro” (1994), “Novos Subsídios para uma Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro” (1998), “Outros Subsídios para uma Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro” (2002), “Subsídios para uma Bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro”, Vol. V (2012)]


quinta-feira, 24 de julho de 2014

Terra Fria Terra Quente

“Terra Fria Terra Quente” de Maria José Corrêa Pinto

«Maria José Corrêa Pinto ter-se-á inspirado, sem dúvida, nas suas recordações de outrora (a capa mostra uma família, a sua decerto, a sugerir esse reencontro com o passado).
Tem feito em Cascais a sua vida profissional (exerceu as funções de conservadora do Museu-Biblioteca dos Condes de Castro Guimarães), mas – tal como tantos outros que, em meados do século passado, demandaram estas paragens – Maria José Corrêa Pinto auscultou agora – e acarinhou – esse eco de um antigo viver. E só quem não conhece Trás-os-Montes, as suas gentes hospitaleiras de antes quebrar que torcer, as suas solitárias paisagens (ah! os verdejantes lameiros, os soutos em flor, o crocitar dos corvos, a impertinente algazarra dos estorninhos logo pela manhã…), só quem lá alguma vez não viveu é que pode admirar-se de que possa falar-se com propriedade de um “génio transmontano”!
Dessa epopeia, ainda que familiar, tratará o livro. Tenho de o ler!» José d’Encarnação, blogue Notas & Comentários

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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Uvas

uvas
Douro | Vila Real
manufacturados  e pintados à mão
versão íman

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terça-feira, 22 de julho de 2014

Cão Celeste #5

Cão Celeste #5

No quinto número do Cão Celeste, com direcção de
Inês Dias/Manuel de Freitas e coordenação gráfica de Luís Henriques,
colaboram

Abel Neves, Alberto Pimenta, Alexandre Sarrazola, Ana Menezes, Ana Isabel Soares, André Lemos, António Barahona, António Guerreiro, Bárbara Assis Pacheco, Beatriz Hierro Lopes, Bruno Borges, Cláudia Dias, DANIELA GOMES, David Antunes, David Teles Pereira, Diniz Conefrey, Diogo Vaz Pinto, Emanuel Jorge Botelho, Étienne Carjat, Fabiano Calixto, Fernando Augusto, Gavarni/Estúdios &etc, Filipe Abranches, Inês Dias, Isabel Baraona, ISABEL NOGUEIRA, Joana Matos Frias, João Barrento, John Mateer, Jorge Roque, José Ángel Cilleruelo, José Feitor, José Miguel Silva, Konoe Nobutada, Luca Argel, Luís Filipe Parrado, Luís França, Luís Henriques, Luis Manuel Gaspar, Luís Miguel Queirós, Manuel de Freitas, Manuel Diogo, Maria da Conceição Caleiro, Maria João Worm, Mariana Pinto dos Santos, Miguel de Carvalho, Pádua Fernandes, Paulo da Costa Domingos, Renata Correia Botelho, Ricardo Castro, Ricardo Marques, Rosa Maria Martelo, Rui Baião, Rui Caeiro, Rui Catalão, Rui Nunes, RUI PIRES CABRAL, Rui Silva, Shitao, Silvina Rodrigues Lopes, Stéphane Lermais e Vasco Graça Moura.


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[também disponível Cão Celeste #3 e Cão Celeste #4]

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Em busca do ser



“Em Busca do Ser” de António Sá Gué

«Este texto – Em Busca do Ser – afigura-se como um momento de atenção, uma espécie de oração num mundo cada vez mais inquieto e rumoroso. Tal como uma oração, este é um texto que pretende levar o leitor de um pensamento a outro, do ruído ao silêncio interior; tal como numa oração, assiste-se a um diálogo: um “eu” conversa com um “tu” (aqui, 3 vozes distintas), com o objectivo de compreender mistério da vida.» Isabel Alves, Prefácio

António Sá Gué, é o pseudónimo do Tenente-coronel António Manuel Lopes. Nasceu a 9 de OUTUBRO de 1959, na Freguesia de Carviçais, concelho de Torre de Moncorvo, centro da chamada “Terra Quente Transmontana”. Frequentou engenharia civil, curso que deixou a meio para ingressar voluntariamente nas fileiras do Exército Português. Passou pelos postos hierarquicamente mais baixos até ingressar no INSTITUTO SUPERIOR MILITAR, curso que terminou em 1989 e lhe permitiu ascender a oficial.
Ao longo da sua vida manteve sempre uma relação emocional com os livros e, em 2007, estreou-se com o seu primeiro romance, As Duas Faces da Moeda. Desde então tem publicado diferentes obras sempre na área da ficção que passam pelo romance e pelo conto.
Depois de ter editado as suas três (3) primeiras obras através de outros editoras, insatisfeito pela forma como as mesmas eram divulgadas, decide criar a sua própria editora, LEMA D’ORIGEM – EDITORA que se estreou em 2009, com um título da sua autoria NA INTUIÇÃO DO TEMPO.
É membro da Academia de Letras de Trás-Os-Montes. É membro da Associação Portuguesa de Escritores. É Deputado Municipal na Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo. Alimenta um blog desde 2008, intitulado PALAVRAS AO VENTO: http://antoniosague.blogspot.pt/


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[também disponível do autor os títulos: “Ultreia – Caminho Sem Bermas”, ”Na Intuição do Tempo”, “As Duas Faces da Moeda”, “Fermento da Liberdade”, “Fantasmas de Uma Revolução”, “Contos dos Montes Ermos”, “Quadros da Transmontaneidade”, “O Manco Entre Deus e o Diabo”]

sábado, 19 de julho de 2014

Traga-Mundos em Sinais, por Fernando Alves




Sinais – Fernando Alves por terras do Reino Maravilhoso: Trás-os-Montes e Alto Douro
 – incluindo Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real [entre 0:56 e 1:14 minuto] muito muito obrigado!



sexta-feira, 18 de julho de 2014

O Pão Nosso de Cada Dia



O PÃO NOSSO DE CADA DIA
Cantos e Contos, Saberes e Fazeres.

Miranda do Douro
Trás-os-Montes

Gravação: Datas diversas
Local de Gravação: Diversas localidades
Ano de Edição: 2010

O pão encontra-se associado a diversos ritos agrários antigos de fertilidade e de fecundidade do paganismo, com permanência assaz expressiva no presente através de resquícios cujas análises comparativas em boa parte legitimam uma tão ancestral como possível filiação. Sendo certo que os patrimónios se constroem com a sobreposição dos tempos, numa acumulação de sedimentos culturais que tanto se perdem como se recriam e se transformam, seria através do Cristianismo que mais duramente perduraria a associação do pão ao ciclo vida-morte-ressureição já consagrado pela mitologia romana.
Inserem-se nesta concepção cíclica e circular os duros trabalhos do pão, pelo Cristianismo associados à trilogia fundamental da vida, da morte e da ressurreição. Pela afirmação suprema de vida através da sementeira e da colheita (consubstanciada no acto sacrificial do lançamento do grão à terra, ventre último da fecundidade, que se prolonga no acto da ceifa, simbolizando o corte do cordão umbilical que liga o grão à terra que lhe deu vida), pela simbologia da morte representada pelo esmagamento dos grãos para obtenção da farinha que, depois de amassada e sujeita aos rigores do fogo, opera a ressurreição sob a forma do pão como alimento vital fundamental.
Tendo-se o pão tornado a base da alimentação humana ao longo dos tempos seria naturalmente tema recorrente das expressões culturais através dos tempos, desde crenças e superstições até cantos e narrativas diversas, fazendo parte integrante de um tão expressivo como diversificado conjunto de saberes e de fazeres no seio do qual ainda permanecem resquícios de ancestrais origens e funcionalidades cultuais e rituais.

EM TEMPO DE SEGADAS
01. L’Alma – Grupo de Cantares de Sendim (Sendim, 2001): Num segueis o trigo verde 02. Mariana da Piedade Esteves (S. Pedro da Silva, 1967): Pur aqueilhes campos berdes 03. Eleodora Amélia Ventura e Maria Helena Ventura (Fonte de Aldeia, 2001): La cantiga de la segada 04. Francisco dos Reis Domingues (Paradela, circa 1980): Andávamos à segada 05. Teresa Alves, Albina Pires, Inês Alonso, Constança Igreja e Ilda Pires (Malhadas, 2000): La segada 06. Domingos Esteves Afonso (Palaçoulo, 2000): Cantiga de la segada 07. Clementina Rosa Afonso (Freixiosa, 1998): Cantiga da segada 08. Francisco dos Reis Domingues (Paradela, circa 1980): Alta vai a lua, alta 09. Adélia Garcia, José Garcia e Maria Falcão (Caçarelhos, 1999): Dísticos da saída da ‘stalha 10. Adélia Garcia, José Garcia e Maria Falcão (Caçarelhos, 1999): Remate
DO GRÃO À FARINHA
11. Recolhas de Kurt Schindler (Cércio, 1934): Canário 12. Ana Maria Fernandes (Aldeia Nova, 1999): Ceranda 13. Célio Pires (Constantim, 2006): Molinos de l brosque 14. Eleodora Amélia Ventura e Maria Helena Ventura (Fonte de Aldeia, 2001): La molinera
O PÃO NOSSO DE CADA DIA
15. Maria de Lurdes Albino (Sendim, 2007): Oração de bênção da massa 16. Fernanda Bártolo Afonso (Sendim, 2007): Oração para afastar as bruxas da massa 17. Clementina Rosa Afonso (Freixiosa, 2008): Oração ao meter a massa no forno 18. Maria de Lurdes Albino (Sendim, 2007): Oração ao meter a massa no forno 19. Fernanda Bártolo Afonso (Sendim, 2007): Oração ao meter a massa no forno 20. Clementina Rosa Afonso (Freixiosa, 2008): Oração de bênção da mesa do pão
TOQUES E LOAS DEVOCIONAIS
21. José João da Igreja (Ifanes, 1968): Elevação da hóstia sagrada 22. Célio Pires (Constantim, 2007): Toque de elevação da hóstia 23. Atenor, 2005: Loa de oferta do ramo a Nossa Senhora 24. Ifanes, 2002: Loa de oferta do ramo a S. Sebastião
ADIVINHAS
25. Fernanda Bártolo Afonso (Sendim, 2007): Adivinha do pão

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[também da colecção Cantos e Músicas Tradicionais os títulos: POR UN DIUS QUE MOS CRIOU! Cantos e Músicas Religiosas Tradicionais – Miranda do Douro n.º 6, KURT SCHINDLER Recolhas Musicais da Tradição Oral – Mirando do Douro (1932) n.º 7, TOQUES TRADICIONAIS DE MISSA E DE PROCISSÃO Miranda do Douro n.º 8, CANTOS MIRANDESES Eleadora Amélia Ventura – Maria Helena Ventura, Fonte de Aldeia – Miranda do Douro n.º 14]

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Roteiro poético alfacinha e duriense



“Paraíso Revisitado – Roteiro Poético Alfacinha e Duriense” de José Eduardo Rodrigues

«José Eduardo Rodrigues é pseudónimo de José Alves Ribeiro, engenheiro agrónomo e professor emérito da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Como o próprio título e subtítulo indicam, trata-se de um conjunto de poemas em que o Autor revisita lugares onde viveu e de algum modo o marcaram. Poesia eufónica, tem no intenso envolvimento emocional do Autor as suas melhores credenciais.» [Grémio Literário Vila-Realense]


LIBELINHA

Libelinha breve,
luzindo elegância,
revolteia incerta,
é um cibinho, um cisco,
um papel de lustro,
é uma transparência,
é uma chôina viva,
cintila na prata
de água cristalina,
jogando escondidas
na verde cortina
da folhagem fresca,
faísca na tarde
estremecendo a sesta...
rodopia e segue,
vai num corrupio,
na curva do rio
perdia-a de vista...

Amieiral – Rio Pinhão – Agosto de 1994


«A Dr.ª Hercília Agarez, estudiosa dos escritores durienses, começou a sua intervenção afirmando que “O Douro nunca sacia as pessoas que estão sedentas”, referindo-se à beleza e ao encanto das paisagens desta região. Este foi o mote para identificar José Eduardo Rodrigues como mais um poeta que “canta” o Douro, afirmando que este se aproxima ao registo poético de Miguel Torga O autor, visivelmente emocionado por esta recepção na sua terra natal, referiu que este livro é um diário em verso das suas vivências. É também uma homenagem ao Douro sofrido, ao homem e à mulher duriense que construíram os socalcos e a paisagem mundialmente reconhecida.» [Município de Alijó]

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[também disponível do autor os títulos: “Plantas Aromáticas em Portugal – caracterização e utilizações” de A. Proença da Cunha, José Alves Ribeiro, Odete Rodrigues Roque, “Viver e saber fazer. Tecnologias tradicionais na Região do Douro. Estudos preliminares” vários, “Plantas e Saberes – No Limiar da Etnobotânica em Portugal” vários]

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Misarela, a Ponte do Diabo



“Misarela, a Ponte do Diabo” de Padre António Fontes, ilustrações de Alex Gozblau

O Padre António Fontes revisita a histórica Ponte da Misarela, conta-nos a lenda e leva-nos a descobrir as razões por esta ponte, em Montalegre, ser considerada por uns como a Ponte do Diabo e por outros como uma ponte abençoada.

Nela se fizeram centenas de batismos com as crianças ainda no ventre materno. Se fosse rapaz chamava-se “Gervás” e se fosse menina chamava-se “Senhorinha”.

Ponte do Diabo ou abençoada? Em que ficámos?

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível de e sobre o autor os títulos: “Etnografia Transmontana – Volume I – Crenças e Tradições de Barroso”, “Medicina Popular – Ensaio de Antropologia Médica” de António Fontes e João Gomes Sanches, “Padre Fontes – O Romance de uma Vida” de Eugénio Mendes Pinto e “Padre António Fontes – Vida e Obra” de João Gomes Sanches]

terça-feira, 15 de julho de 2014

Bolinhos de figo



Bolinhos de figo com amêndoa e uma pitada de erva doce!

pelas artes de Sabores em Desalinho,
produção artesanal,
de Carrazeda de Ansiães

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também amêndoa torrada e sésamo torrado]


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Tratado de Babe



“Efémera Glória d’el Rey Sem trono – A História Atribulada do Tratado de Babe” – Peça de Teatro em 1 Acto de António Afonso

A Peça de Teatro, EFÉMERA GLÓRIA D’EL REY SEM TRONO de autoria de António Afonso, é uma ficção dramática, assentando em factos históricos verídicos, que se desenvolve a partir da pretensão do Duque de Lencastre, John of Gaunt ao trono de Castela e Leão, em que D. João I de Portugal se vê envolvido, enquanto aliado de Inglaterra, por tratados antes celebrados.
Intitulando-se já como Rei de Castela e Leão, como consta do texto do próprio Tratado de Babe, o nobre inglês abdicava de qualquer direito que no futuro viesse a ter sobre a Coroa de Portugal.
Sem efeitos políticos dignos de nota, mas por fazerem parte da história local, não poderão ser, os factos, desvalorizados ou ignorados.
Através do seu processo criativo e baseado em factos reais, a ficção transporta-nos no tempo e torna-se fisicamente presente, como ferramenta da nossa memória colectiva.
Sendo ainda a ficção, um género literário complementar ao nosso imaginário, é a Arte Cénica um veículo da mesma por excelência, tornando-a em nosso entender, culturalmente legítima.

«O texto fala-nos no célebre “Tratado de Babe” (...). Decorria a guerra pela independência de Portugal, face a Castela. Eram tempos difíceis de guerra, com muitas incertezas sobre o futuro, sobretudo para Portugal.
Eleito nas Cortes de Coimbra, Regedor e Defensor do Reino, o Mestre de Aviz, era doravante Rei de Portugal, ou seja, era D. João I de Portugal. Haviam de se encontrar estratégias para defender e consolidar a nossa independência face a Castela. Assim, nesse sentido, em 1383, consegue-se um tratado de aliança entre Portugal e a Inglaterra e em 9 de Maio, pelo Tratado de Windsor novo tratado. Este Tratado determinava que entre estes dois reinos haveria «uma liga, amizade e confederação real e perpétua, de maneira que um seria obrigado a prestar auxílio ao outro contra todos os que tentassem destruir o Estado do outro». Este tratado servia perfeitamente quer os nossos objectivos quer os da Inglaterra. Portugal contava assim com um poderoso aliado contra Castela. Por sua vez, também servia perfeitamente os interesses ingleses na medida em que era importante para a pretensão do Duque de Lencastre, ao trono de Castela. É que o Duque de Lencastre, D. João de Gaunt, quarto filho do Rei Eduardo III de Inglaterra, após ter ficado viúvo de Blanche de Lancastrer (de quem teve D. Filipa de Lencastre, que nasceu em Inglaterra em 1359), casou em 1371, em segundas núpcias, com a Princesa Constança, filha do falecido Rei Pedro I de Castela, O Cruel, envolvendo-se assim, na política castelhana ao declarar-se pretendente da Coroa de Castela, rivalizando com Henrique de Trastâmara, na disputa do mesmo propósito. Muito inteligentemente, D. João I de Portugal, apercebeu-se que esta era a grande oportunidade para ter um aliado contra Castela, uma vez que iria não só dividir as tropas do inimigo, como também, viriam para a Península Ibérica muitos mais militares, gente que apoiava o Duque de Lencastre. Por isso enviou um emissário a Inglaterra, oferecendo auxílio ao Duque de Lancaster. O Duque inglês aceita a oferta e desembarca o seu exército na Corunha. O encontro entre os dois aliados dá-se em Ponte de Mouro, perto de Melgaço, onde subscrevem um novo Tratado de Aliança, contra o Rei de Castela. Como era costume na época, com a finalidade de reforçar essa aliança, ficou combinado o casamento de D. João I de Portugal, com D. Filipa de Lencastre, filha do Duque inglês.
Entretanto o Duque de Lencastre e as suas tropas seguem para Bragança, onde fica hospedado no Mosteiro de Castro de Avelãs. Após se ter solicitado a Roma a necessária dispensa do mestrado de Avis, veio D. Filipa, alojando-se no Porto, no Paço do Bispo. Na manhã do dia 2 de Fevereiro de 1387, na cidade do Porto, na Igreja de S. Francisco, realiza-se o referido casamento. D. João I de Portugal demorou-se bastante no Porto e o seu sogro, farto de esperar, parte com as suas tropas para Babe, povoação fronteiriça, perto da cidade de Bragança, onde os dois exércitos se iriam reunir. Aqui, em 26 de Março de 1387, era assinado um novo tratado, o Tratado de Babe. Por este Tratado, o Duque de Lancaster desistia de qualquer direito, que no futuro viesse a ter, sobre a coroa de Portugal. 
Após a assinatura deste Tratado, os dois exércitos aliados, atravessaram o Rio Maçãs e rumaram a Alcanices. Entretanto, D. João de Gaunt, chega a acordo com o rei de Castela e, para selar este acordo, casa outra sua filha, com o Rei de Castela, tendo o Duque de Lencastre regressado a Inglaterra. No entanto, a guerra entre Portugal e Castela, estava longe de ter acabado. Morto D. João I de Castela, o seu sucessor, D. Henrique III, reavivando a guerra, invadiria Trás-os-Montes, em 1397, não respeitando as pazes anteriormente assentes, entre os anteriores monarcas, dos dois reinos.
Conquista Bragança, Vinhais e Mogadouro, obrigando D. João I de Portugal, a entrar pela Galiza, para libertar estas terras transmontanas, em 4 de Maio de 1398.
A paz definitiva entre estes dois reinos, apenas seria alcançada em 1411.
Dentro do contexto de uma guerra tão prolongada, quero salientar alguns factos, relacionados com estas terras transmontanas. Assim em 16 de Maio de 1386, D. João I de Portugal, doou um Foral ao Azinhoso (renovado em 13 de Fevereiro de 1520 por D. Manuel I Rei de Portugal).
Segundo a História, D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável de D. João I de Portugal, terá rezado junto ao altar de Nossa Senhora da Natividade, no ano de 1386, na centenária Igreja de Santa Maria do Azinhoso, pedindo protecção à Virgem, contra os Castelhanos. Também há uma grande polémica sobre o local onde se terá realizado o célebre Alardo da Vilariça (é que há duas povoações possíveis de ter ocorrido porque ambas se chamam Vilariça, uma no concelho de Torre de Moncorvo, outra, muito perto do Azinhoso, concelho de Mogadouro).
Para concluir, devo chamar a atenção para uma reprodução “fac-símile”, do Tratado de Babe, incluído neste livro. Como o pergaminho original, guardado na Torre do Tombo está em muito mau estado, a Associação Bragança Histórica, de que o António Afonso é membro fundador, tomou a notável iniciativa de o mandar restaurar, parabéns!
Só me resta desejar ao leitor uma boa leitura desta notável peça de teatro.» António Pimenta de Castro, Prefácio

António Afonso é natural de Bragança. Além de artista plástico, tem produzido obra literária em diferentes géneros.
Está representado em várias antologias de poesia (Poesia Portuguesa Contemporânea – Vol. II, III, IV e V), Editora Minerva; Poetas Ibéricos, Celya Editora, Salamanca; Poesia e Prosa – O Mundo da Lua – Editora Lua de Marfim e, finalmente, Poesia Contemporânea, Chiado Editora). Tem participado em vários recitais de poesia no país e no estrangeiro: Universidade Jean Monet S. Etiénne, Fundacion Rey Afonso Henriques, Zamora, Conservatório Municipal de Bragança.
De toda a obra produzida destacam-se:
Em Poesia:
Margens do Silêncio e do Olhar.
Inquietude do Vento e dos Sentidos.
Em Teatro:
A Lenda da Torre da Princesa.
Inês, Inês...!
Julgamento e Morte do III Duque de Bragança.
O Braganção Mendo Alão e o Rapto da Princesa da Arménia.
Prémios:
1.º PRÉMIO DE POESIA – III Congresso de Trás-os-Montes e Alto Douro.
3.º PRÉMIO DE POESIA Câmara Municipal de Bragança.
2.º PRÉMIO DE CONTO Câmara Municipal de Bragança.

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