segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sendin - Tierra de Miranda

“Sendin – Tierra de Miranda – Geografia e toponímia” de Carlos Ferreira

Este é um trabalho de geografia regional que tem como objectivo principal analisar a evolução da paisagem na freguesia de Sendin – Tierrade Miranda. Paralelamente consideramos dois outros que são colaterais: ensaiar um método de abordagem geotoponímica sobre um espaço relativamente restrito, tendo em conta a sua aplicação futura a uma área regional mais vasta; mostrar como uma abordagem geográfica de perspectiva complexa é imperativa para encarar problemas de compreensão e consequente desenvolvimento de regiões com uma carga histórica e de intervenção humana muito fortes, mas economicamente deprimidas por falta de um modelo adequado de desenvolvimento.
Cada topónimo guarda na sua designação o tipo de actividades agrícolas, industriais, de povoamento, de conquistas e reconquistas e outras desenvolvidas pelo homem e pela natureza dentro desse espaço e, quando não temos registos históricos escritos, podemos utilizar as designações de topónimos como verdadeiros documentos, como verdadeiras fontes históricas, que nos podem fornecer informações riquíssimas e da mais variada natureza, e por isso a tese incorpora um anexo sobre a toponímia maior e menor da freguesia.

Carlos do Nascimento Ferreira nasceu em Sendim, em 1961. Licenciou-se em Geografia e Planeamento Regional na Universidade Nova de Lisboa, em 1986. Concluiu o Programa de Doutoramento da Universidade de Salamanca, “El médio ambiente natural y humano en las ciências sociales”, cuja tese de Grado defendida em 2003 agora se publica. Desde 2009 que é Administrador-Delegado do produto turístico Natureza na Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal.

«Na sequência de abordagens geográficas genéricas, como a de Virgílio Taborda, esta é a primeira visão geográfica de pormenor que conhecemos quanto ao Planalto Mirandês e, em especial, relativamente a Sendim e ao seu termo.
A abordagem feita por Carlos Ferreira reveste-se de grande novidade, pois não se limita aos aspectos tradicionalmente abordados pela Geografia física ou humana, mas incorpora e estuda à luz do método geográfico e de outras ciências relevantes, elementos que entre nós têm sido ignorados pelos estudiosos, com particular relevo para a toponímia. Com efeito, esta assume um papel central na economia deste trabalho que, também por isso, se reveste de um pioneirismo que, embora não lhe conheçamos continuadores até agora, se reveste de grande importância para a compreensão dos micro espaços físicos e das micro sociedades humanas a que, desde a Idade Média, damos o nome de aldeias. (...)
Na sua investigação, Carlos Ferreira palmilhou todo o terreno de estudo munido de um instrumento que já Orlando Ribeiro considerava essencial, a saber, ele calçou as botas e foi a todo o lado, correndo o território em análise até aos seus capilares, nenhum recanto lhe sendo estranho. Através deste método conseguiu reunir uma imensa informação, muita dela com carácter de novidade, aspecto essencial para que o conhecimento possa avançar. A toponímia também o ajudou nesse primeiro e necessário conhecimento, nomeadamente devido à descrição de cada uma das pequeníssimas parcelas que mereceram ser designadas por um topónimo, algo que até agora nunca tinha sido feito, pelo menos em relação ao Planalto Mirandês. 
Penso que este método não pode ser abandonado, apesar dos modernos e sofisticados meios de abordagem virtual da realidade, devendo o geógrafo e o interessado em conhecer aprofundadamente a realidade sujar e gastar as suas botas, sentir o cheiro da terra e encher os olhos de horizonte onde se recorte a orografia, a flora, sinta o cantar das águas na primavera e os cortantes ventos de inverno, avalie o mudar sazonal das cores das culturas e nelas adivinhe o fluir da vida e da sobrevivência em sociedade ao longo de muitos séculos. Devido à minúcia e ao rigor da sua descrição, fruto do método seguido, estou certo que este trabalho se transformará num clássico a que será necessário recorrer para conhecer uma realidade que está em transformação tal que, dentro de pouco tempo, ninguém conhecerá em profundidade, em consequência do abandono dos campos e das transformações nos métodos de cultivo, da alteração dos meios de transporte ou das mudanças na apropriação dos solos.» Amadeu Ferreira, do Prefácio

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos: “Sendim – Planalto Mirandês – Valores em Mudança no Final do Século XX” de Ana Isabel Afonso, “Falar(es) do Zoio – Uma aldeia bragançana em meados do séc. XX” de António Afonso Evangelista]

sábado, 28 de setembro de 2013

Curso de Iniciação à Prova de Vinho [Prova dos Cinco (sentidos)]

Curso de Iniciação à Prova
(para aprendizagem ou aperfeiçoamento da prova, com vinhos do Douro)
pela enóloga Sandra Sousa
dia 12 de Outubro de 2013 (sábado), pelas 21h00
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real


Programa:

- Noções sobre a cor, aroma, paladar, sensações tácteis e diferenças entre vinhos de diferentes idades;
- Termos usados nas provas; a roda dos aromas;
- Noção de equilíbrio em vinhos;
- Utensílios usados em provas de vinhos;
- Prova e comparação de diferentes vinhos.
Duração: 2 horas.

Preço por participante: 25,00 euros (22,00 euros para estudantes). O curso inclui além de referências bibliográficas úteis relacionadas com o tema, uma garrafa de Vinho do Douro e um Diploma de Participação. (número mínimo de pessoas: 8, número máximo: 12)
Inscrições (até 11 de Outubro) na Traga-Mundos, ou pelos seguintes contactos: 259 103 113, 935 157 323, traga-mundos1@gmail.com. Transferência bancária para NIB 0033 0000 50068664116 05.


Prova dos Cinco (sentidos)

na Traga Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real com a enóloga Sandra Sousa.
Propomos cinco eventos de fim-de-semana com carácter lúdico e de aprendizagem com provas de vinhos do Douro e Porto, harmonizar vinho e gastronomia, visitas a adegas de quintas, participação em lagarada na vindima (prova de mosto e uvas), magusto e prova do vinho no S. Martinho.
Indicado para quem quer aprender a provar e para quem quer melhorar as suas aptidões de prova e aprofundar conhecimentos.
Venha por à prova os seus cinco sentidos…

Programa

² Primeiro Evento – Curso de Iniciação à Prova
12 de Outubro, sábado, 21h00.


² Segundo Evento – Lagarada em Cabêda
2.º ou 3.º domingo de Outubro, 21h00

² Terceiro Evento – Magusto e S. Martinho na Traga-Mundos
11 de Novembro, segunda-feira, 21h00.

² Quarto Evento – Curso de Provas Vinhos do Porto
16 de Novembro, sábado, 21h00
Visita a Coimbra de Mattos
17 de Novembro, domingo, 15h00.

² Quinto Evento – Curso “Harmonizar vinho e gastronomia”
18 de Janeiro, sábado, 21h00
Jantar vínico no restaurante Terra de Montanha
25 de Janeiro, sábado, 20h00.

NOTA: Poderá haver repetição noutras datas de um ou mais eventos se um grupo mínimo de 8 pessoas assim o desejar – com a excepção da Lagarada e do São Martinho, com datas irrepetíveis...
  


Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Amor de Perdição em bolso

“Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco

Foi inspirado pelas suas próprias desventuras amorosas e pela peça de Shakespeare, Romeu e Julieta, que Camilo Castelo Branco escreveu Amor de Perdição, o seu romance mais famoso.
Obra emblemática do Romantismo português, Amor de Perdição conta-nos a história de Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, dois jovens que pertencem a famílias distintas de Viseu. Entre ambos nasce um amor que são obrigados a calar pois as suas famílias são rivais e tudo farão para os separar. Mas os amantes acabarão por mostrar através do mais dramático dos actos, que nada, nunca, destruirá o sentimento que os une.

Camilo Castelo Branco, primeiro visconde de Correia Botelho, nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825 e morreu em São Miguel de Seide a 1 de Junho de 1890. Romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta, tradutor, é um dos expoentes máximos do Romantismo em Portugal. Teve uma vida atribulada, passional e impulsiva; uma vida tipicamente romântica, que serviu de inspiração a alguns dos seus livros. Foi o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente da sua produção literária, que se traduziu em mais de duzentos e sessenta escritos, produtividade que nunca prejudicou o apuro ou a dimensão da sua obra, de referência na literatura portuguesa. A intensidade com que pautou a sua vida acompanhou-o até à morte, causada pela sua própria mão quando, em desespero devido a uma cegueira progressiva, desfere um fatal tiro de revólver na têmpora direita.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos: “Livro Negro de Padre Dinis”, “Livro de Consolação”, “Memórias do Cárcere”, “O Regicida”, “Theatro (Patologia do Casamento, O Morgado de Fafe em Lisboa, O Condenado)”, “O Vinho do Porto – Processo de uma Bestialidade Inglesa”; “Eu, Camilo” de António Trabulo, “O Penitente (Camilo Castelo Branco)” de Teixeira de Pascoaes, “A Guerrilha Literária: Eça de Queiroz / Camilo Castelo Branco” de A. Campos Matos, “Ana, a Lúcida (1831-1895) – Biografia de Ana Plácido – a mulher fatal de Camilo” de Maria Amélia Campos, “Camilo – Génio e Figura” de Agustina Bessa-Luís, “Camilo – Quando Jovem Escritor” de Francisco Martins; “Camilo Castelo Branco por Terras de Barroso e Outros Lugares” de Bento da Cruz, “O essencial sobre Camilo” de João Bigotte Chorão, “Chamo-me... Camilo Castelo Branco” de Sara Figueiredo Costa, ilustração de Alexandra Agostinho, “Memórias Fotobiográficas (1825-1890)” e “Camilo Castelo Branco e o garfo” de José Viale Moutinho]

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Contos Para a Infância

“Contos Para a Infância” de Guerra Junqueiro

Abílio Manuel Guerra Junqueiro (1850-1923) notabilizou-se como político, deputado, jornalista, escritor e poeta. A sua poesia granjeou-lhe uma enorme popularidade, sobretudo a poesia panfletária que contribuiu para a implantação da República.

 Nesta obra dedicada às crianças o autor afirma “reuni para ele tudo o que vi de mais singelo, mais gracioso e mais humano”. Escreveu a pensar na sensibilidade infantil e na descoberta da vida. São 44 pequenas histórias que convivem com a poesia dos pássaros e outros animais, com as árvores, as flores, os génios, as aventuras, onde se exalta a magia da vida.
“Contos para a Infância” é um documento importante para a história da literatura infantil em Portugal, iniciada por João de Deus ao dirigir-se especificamente às crianças como nos afirma no prefácio Júlia Nery. O próprio Guerra Junqueiro na abertura desta obra confessa: “Livros simples! Nada mais complexo.”

«Não deverá haver biblioteca escolar que se preze que não possua no seu acervo algumas das edições deste livrinho de Guerra Junqueiro, publicado pela primeira vez em 1877 - sob o título de CONTOS PARA A INFÂNCIA, a que é acrescentado, na página do rosto "Escolhidos dos melhores autores”- e reeditado desde então mais de uma dezena de vezes.
A 2ª edição da obra, em 1881, "aumentada e adornada de gravuras e aprovada pelo Conselho de Instrução Publica, para uso das escolas", parece com este aval permitir que se cumpra o objectivo que orientou o escritor na elaboração desta antologia. Com efeito, na 2ª edição, os contos são precedidos por "Duas Palavras", uma brevíssima introdução em que o autor expõe com lirismo a sua visão da educação ideal e do que entende ser a leitura mais adequada para as crianças.
"O leite é o alimento do berço, o livro o alimento da escola. Entre ambos devera existir analogia: pureza, fecundidade, simplicidade." escreve nessa introdução Guerra Junqueiro entre outras considerações. Já no seu poema "A Escola Portuguesa" (in A Musa em Férias, 1878), opinara sobre a “hedionda prisão”, a escola de então, e os “horríveis” versos e prosas que as crianças eram obrigadas a soletrar. Nada mais natural que reunisse na sua antologia alguns textos simples que pudessem colmatar a falta sentida: “Reuni para ele tudo o que vi de mais singelo, mais gracioso e mais humano” (ibidem).
Ao longo de gerações, os contos coligidos por Guerra Junqueiro foram e continuam a ser reproduzidos nos livros escolares (livros de leitura, compêndios, manuais). Atualmente até já há edições digitais da obra; entretanto, a sua visibilidade adquiriu um novo estatuto pois três das histórias - "O Fato Novo do Sultão", "Boa Sentença" e "João Pateta"- passaram a integrar a lista das obras de Iniciação à Educação Literária (para o 3º ano), das novas Metas Curriculares.
A boa estrela desta antologia tem inspirado alguns investigadores dedicados e é graças a eles que podemos ficar a conhecer a história desses contos.» Manuela D.L. Ramos

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Chá de urtiga

URTIGA
1 colher de chá para ¼ de litro de água
infusão de 3 minutos e coar
[nunca deixar em contacto com ferro, alumínio e plástico]


por Maria Feliz
Albergaria Santa Hildegarda
Moçães, Torgueda, Vila Real

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Douro por Georges Dussaud

“Douro” de Georges Dussaud

Georges Dussaud oferece-nos neste livro, «através de um olhar exterior e contemporâneo, uma outra proposta de leitura da singularidade da região duriense.
Registando a beleza da paisagem e as particularidades das suas quintas, esta coleção de fotografias constitui mais uma evocação do Douro.
A incorporação de novas interpretações artísticas do território torna-se, simultaneamente, elemento da sua vivência e garantia da sua perenidade.» Elisa Pérez Babo, Presidente da Fundação Museu do Douro

«O trabalho de Georges Dussaud sobre o Douro emerge de um fascínio único pela paisagem e quotidiano do Homem Duriense. (...)
Este trabalho fotográfico, iniciado em abril de 1985, capta não só o Douro das «paisagens vertiginosas» mas os rostos de quem a trabalha, de quem deixou a sua marca nas palavras ou no vinho, como é o caso de Miguel Torga ou José António Rosas. Lembra-nos que são as pessoas que fazem os lugares, as identidades e as memórias.
A sensibilidade da visão do fotógrafo, projetada nas captações do sentir os espaços, as tradições e as vivências, os rostos e os gestos das pessoas que viajam por estas imagens, providencia o encontro com realidades sociais e psicológicas da época perante a influência de um olhar analítico e reinterpretativo, de uma maneira própria de olhar o mundo, de um humanismo inabalável.» Exposição de Fotografia "O Douro de Georges Dussaud", Museu do Douro

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[disponível também o seguinte título: “A Rota do Vinho do Porto” de J.M. Ferreira]




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Crónicas do Douro

“Agora, Nós” de josé braga-amaral

São estas as crónicas, mais ou menos efémeras, mas jamais desprovidas de valores e mensagens, que aqui vos deixo, escritas com a liberdade que se exige a quem escreve para si a falar de nós, impondo-se ao objectivo de ser útil ao leitor e à sociedade, aos que concordam e, sobretudo, aos que discordam de uma forma de dizer ou de pensar as coisas que encontramos nas esquinas da realidade, ou, por qualquer razão nos entram pela existência adentro.


«Gosto muito da escrita de José Braga-Amaral. O cuidado que põe na escrita possui algo de extremoso, porque resulta de um acto de amor e de uma demonstração de grandeza. Amor pela língua, grandeza em a desposar no imemorial leito da criação.»

José Braga – Amaral nasceu em Paranhos – Porto em 20/02/1959. Filho do médico duriense Manuel Costa Amaral, desde muito cedo começou com a sua actividade literária no e sobre o Douro, que conheceu a partir dos onze anos de idade, onde nunca deixou de residir, não obstante a sua passagem pela cidade do Porto por razões académicas, vivendo e convivendo em casa do ilustre médico e filósofo Leonardo Coimbra (filho), durante a sua adolescência e juventude. É quando vai viver para a cidade de Braga (1991/1995), que se torna colaborador do diário Correio do Minho, onde desempenha as funções de cronista semanal, que a mesma editora se propôs mais tarde publicar em livro. Em Braga, J. Braga – Amaral assume a sua condição de escritor e aposta nas suas primeiras publicações sobre o Douro e o Minho. O seu sortilégio é, no entanto, duriense, e do Douro fala a maior parte da sua obra. Autor de ensaios sobre João de Araújo Correia, Miguel Torga, Guedes de Amorim, entre outros durienses. Tem cerca de 19 obras publicadas de poesia, crónicas, contos, romance e teatro. Desempenhou as funções de Assessor Cultural e para a Comunicação Social do Presidente da Câmara Municipal de Peso da Régua, bem como a coordenação do gabinete de imagem da autarquia e a coordenação da revista municipal Villa Regula. Foi membro do Gabinete de Projecto do Museu do Douro, liderado pelos professores Gaspar Martins Pereira e Teresa Soeiro, entre 2000 e 2004. É desde 1995 encenador e fundador da companhia de teatro Roga D’Arte – Teatro do Alto Douro. É fundador e membro da Confraria da Palavra Dita. Em 2002 funda, com mais alguns confrades, a Tertúlia de João de Araújo Correia, na cidade de Peso da Régua. Desde 2003, é fundador da Garça Editores, e director – adjunto, jornalista e editor da revista Tribuna Douro; é ainda escritor da editora «Campo das Letras». Desde 2005 é Técnico Profissional de Arquivos/Arquivista.

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[disponível também do autor os seguintes títulos: “à conversa com João de Araújo Correia” “Cinco histórias num instante”, ilustrações de Helena Lobo; “O Contador de Histórias dos Jardins Suspensos”, desenhos de Fernando Guichard; “Por Debaixo da Pele do Douro”, pinturas de Odete Marília; “quartos de lua e folhas de outono”, fotografias do autor; “lápis, pincel e almas...”, desenhos de Helena Lobo; “na pele do rio”, óleos de Odete Marília; “palavras que o Douro tece – antologia de textos durienses contemporâneos” organização e coordenação]

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Joalharia natural

JOALHARIA NATURAL

colares & brincos
das artes de João Pinto Vieira da Costa, da “Flora de Brincadeiras

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Transmontano de raiz

“Transmontano de Raiz” de Albino Pires

Memória de uma vida inteira e de uma infância transmontana, agreste e solidária como as gentes e as montanhas, este livro de poemas de Albino Pires leva-nos a um tempo em que a poesia se construía com a simplicidade e o rápido engenho exigidos para os cantares ao desafio e em que, nas aldeias do Norte de Portugal, muitos pequenos gestos heróicos foram contrabandeados por crianças e adultos em prol dos vizinhos galegos, quando a Guerra Civil de Espanha invadia as aldeias raianas em busca de possíveis foragidos.
Travessia de uma vida em verso, é na linguagem do afecto e na tradição popular que Albino Pires se afirma português de Norte a Sul, viandante e poeta, observador benévolo, mas crítico destes tempos, que tornam em redondo, como o mundo:

Nos tempos que atravessamos
Mesmo as gentes mais nobres
Já só pensam em riqueza
Esquecendo-se dos pobres

O autor na casa onde nasceu, Agosto 2013
Albino Fernandes Pires nasceu na aldeia de Padornelos, concelho de Montalegre, em 2 de Março de 1926. Aí frequentou a instrução primária e trabalhou no campo e no pastoreio, como todas as crianças do seu tempo. Aos 24 anos veio viver para Lisboa, onde teve diversas profissões e constituiu família. Depois de reformado, sobrou-lhe tempo para cultivar um gosto que sempre o acompanhou ao longo da vida – a poesia –, prestando ao mesmo tempo homenagem à terra que o viu nascer e à qual continua ligado.
Este livro nasceu desse gosto.

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Bruxas e diabos, caretos e máscaros

“O Diabo e as Cinzas” de António Tiza

Os rituais da máscara são o fundamento e a linha condutora deste conjunto de 13 contos.
São rituais litúrgicos da religiosidade do povo nordestino, celebrados no tempo hiemal, o tempo das noites longas e frias, das bruxas e diabos, dos caretos e máscaros, das fogueiras que quebram a noitidão e das cinzas restantes do sacrifício sagrado que nem por isso deixam de ser simbolicamente valiosas para a fertilidade da Natureza. No decorrer da leitura, a tradição vigente e histórica afirma-se por si mesma e distingue-se claramente da ficção. Ambas convivem aqui em perfeita harmonia.
O autor estuda esta temática há três décadas, assistiu à sua evolução – real e inevitável – e ficcionou histórias verídicas, que ajudam o leitor a compreender o “como” e o “porquê” desta evolução: a entrada das mulheres em rituais tradicionalmente masculinos, as rebeldias permitidas, as subversões salutares, os repugnantes oportunismos, o apelo da honra… Enfim, as vivências de um povo que, ciclicamente e por um período de três ou quatro dias, entrega o governo da comunidade nas mãos dos jovens: o rito iniciático imprescindível a um futuro sustentado em valores perenes.


António Tiza é natural de Varge (Bragança).
Estudou Teologia em Bragança e Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo concluído a licenciatura. Defendeu a tese de doutoramento em Ciências Sociais na Faculdade de Educação da Universidade de Valladolid, em Espanha, com a classificação de «Sobresaliente cum laude». Foi professor do Ensino Básico, Secundário e Superior.
Foi presidente da Região de Turismo do Nordeste Transmontano (1998/2002). Actualmente desempenha as funções de presidente da direcção da Academia Ibérica da Máscara e vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes. É membro da Associação Portuguesa de Escritores.

«Nunca realçaremos suficientemente o papel que os rituais que atravessam estes contos e outras práticas similares tiveram na evolução das nossas sociedades e lhes transmitiram um carácter de sanidade ética que consegue manter a dignidade no meio da maior pobreza e de dificuldades sem fim. Gente condenada a lidar com a terra, as pedras e a fúria dos elementos para deles e contra eles sacar o sustento necessário, nunca se teria erguido na sua dignidade e criado uma ética que os fez sobreviver e ultrapassar os instintos mais básicos da sobrevivência, afirmando-se ainda hoje como um exemplo, não fossem estes e outros rituais similares que acabavam por fixar outros objectivos, reconstruir outros mundos e dar espaço ao sonho e à fé na capacidade e na possibilidade de mudança. António Tiza percebeu isso muito bem e esse não é o mérito menor desta colectânea de contos.» Amadeu Ferreira, do Prefácio


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[disponível também: “Festas de Inverno no Nordeste de Portugal – património, mercantilização e aporias da ‘cultura popular’” de Paula Godinho, “Por Detrás da Máscara – ensaio de antropologia de performance sobre os Caretos de Podence” de Paulo Raposo]

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Capela Nova, Vila Real

Fachada da Capela Nova, em Vila Real


fabrico artesanal, em cerâmica,
pintado à mão ou em barro negro
versão íman

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Da PERIFÉRICA pena de Rui Ângelo Araújo

“Os Idiotas” de Rui Ângelo Araújo

Eis uma antevisão do que será o livrinho:

Sendo o primeiro a ir ao prelo, 'Os Idiotas' não é o meu primeiro romance. É o terceiro. Avançou em vez dos outros porque houve uma editora catalã que se deixou enganar e porque diz-se que uma parte da obra a torna particularmente adequada à saison.



A editora descreve-o assim:

«O Lúcio, o Luís, o Óscar, o Avelino, o Sérgio e o Vasco foram em tempos pessoas quase normais, projectos individuais de cidadania como outros quaisquer. O que hoje são e aquilo a que se dedicam não se resume tão facilmente, embora possamos tentar encontrar uma tímida explicação na trágica convergência de certos eus e de determinadas circunstâncias. Aos idiotas, ainda por cima, calhou-lhes B
Đào Nha como país, um pedaço de terra que lhes impõe uma visão do mundo apocalíptica e irada, a de um presente desértico a cavalgar para um futuro impossível, estilhaçado pela corrupção e por uma montanha compacta de sobreposições non sense. Os idiotas poderiam ter permanecido assim, em desequilíbrio perfeito, para sempre, mas a chegada de Helen, uma mulher misteriosa e dorida, vem catalisar o inevitável.
Romance futurista? Não... Os idiotas acontece hoje, aqui e agora. Os idiotas acontece-nos. ‘O que quer que sejamos, somo-lo por oposição aos cretinos, que são o resto das pessoas' diz, algures, o Lúcio. E, se calhar, diz bem.»

O AUTOR

Um ex-baixista que depois de ter enterrado duas revistas resolveu pôr-se a escrever romances — e com isso provavelmente cavou a sua própria sepultura.


Rui Ângelo Araújo (Pedras Salgadas, 1968)

Fundou e dirigiu o 'Eito Fora – Jornal de Vilarelho' (1998-2002), uma publicação cultural da região de Trás-os-Montes, mas que não cabia nela. Posteriormente, fundou e dirigiu a revista literária, artística e crítica 'Periférica' (2002-2006), a 'new yorker portuguesa', com distribuição nacional e hipérboles ibéricas (‘la mejor revista cultural lusa se 'cuece' en una aldea remota’, jurava o ‘El Mundo’). Escreveu algumas dezenas de contos e três romances, todos afinal indignos de ‘imprimatur’. Mantém o blogue 'Os Canhões de Navarone', onde verbera o país ou se senta a observar a vida selvagem em volta. Numa era remota tocou viola-baixo. Hoje… Hoje vacila no seu desempenho do Quixote, mas a culpa é da realidade.

NÃO HAVERÁ BORLAS
Agora que o livrito está a sair da tipografia, impõe-se o aviso: atendendo ao meu compromisso com a editora (o de enriquecermos ambos rapidamente), não haverá borlas na distribuição de 'Os Idiotas'. Sendo em parte catalogável como um divertimento, o livro é para ser levado tão a sério quanto os divertimentos de Mozart (embora o leitor possa tossir e, sobretudo, bater palmas a meio dos capítulos). Ninguém precisa de smoking para assistir a 'Os Idiotas' — mas precisa de comprar bilhete.


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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Proprietários, lavradores e jornaleiras (Trás-os-Montes)

“Proprietários, Lavradores e Jornaleiras – Desigualdade Social numa Aldeia Transmontana (1870-1978)”
de Brian Juan O’Neill
(2.ª edição acrescentada),

Com base no trabalho de campo levado a efeito ao longo de dois anos e meio (1976-78) numa pequena povoação de Trás-os-Montes (e que incluiu nomeadamente a consulta de registos paroquiais, róis de confessados e outras fontes históricas locais), o antropólogo norte-americano Brian Juan O’Neill apresenta-nos neste seu livro uma imagem completamente nova das estruturas sociais existentes nas aldeias do Nordeste. O chamado «comunitarismo» - que se julga caracterizar grande parte das comunidades rurais no Norte do País - é questionado e sujeito a uma re-análise crítica. Através de três aspecos fundamentais - a posse da terra, as trocas de trabalho, as práticas de casamento e herança - evidenciam-se formas de desigualdade institucionalizada que obrigam a pôr definitivamente em causa a visão tradicional destes aglomerados montanhosos como conjuntos homogéneos não-estratificados. Esta monografia representa uma nova tentativa no sentido de conjugar métodos específicos de pesquisa da Antropologia e da História Social.

Brian Juan O'Neill, antropólogo, formou-se nos EUA e no Reino Unido, estando radicado em Portugal desde 1982. Os seus projetos de investigação têm incidido prioritariamente sobre os domínios da antropologia da Europa e do Mediterrâneo (Galiza e Trás-os-Montes), contemplando temas como as estruturas familiares do campesinato, o casamento e os sistemas de herança e sucessão. Também tem elaborado pesquisa sobre as comunidades ciganas e timorenses em Portugal, o método biográfico e as práticas mortuárias. Mais recentemente, dedica-se ao estudo da comunidade crioula portuguesa residente no chamado Bairro Português de Malaca, perspetivando as múltiplas identidades sociais desta minoria de euro-asiáticos numa dimensão processual e histórica. Situa este caso específico dentro do contexto mais alargado de outros enclaves de euro-asiáticos no Sudeste Asiático, bem como no âmbito comparativo da Eurásia, um novo campo de estudo localizado na confluência da antropologia com a "história global".

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também: “O Leito e as Margens – Estratégias familiares de renovação e situações liminares em seis aldeias do Alto Trás-os-Montes raiano (1880-1988)” de Paula Godinho, “Resistir e Adaptar-se – Constrangimentos e estratégias camponesas  no Noroeste de Portugal” de Manuel Carlos Silva, “Trabalho Cooperativo Em Duas Aldeias de Trás-os-Montes” de José Portela, “Ir a Voltar – Sociologia de uma Colectividade Local do Noroeste Português (1977-2007)” de José Madureira Pinto, João Queirós (Orgs.), “Vida na Raia – Prostituição feminina em regiões de fronteira” de Manuela Ribeira, Manuel Carlos Silva, Johanna Schouten, Fernando B. Ribeiro, Octávio Sacramento, “Etnografia e Intervenção Social – por uma praxis reflexiva” de Pedro Gabriel Silva, Octávio Sacramento, José Portela (coordenação)]

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Apresentação da associação cultural DivulgaCaminho

Apresentação da associação cultural DivulgaCaminho
dia 14 de Setembro de 2013 (sábado), pelas 21h00
por associação cultural DivulgaCaminho


Família Divulgacaminho,

chegámos a um ponto desta caminhada em que vamos dar mais um passo importante na concretização dos nossos sonhos. [*ver objeto da associação em baixo]
Pretendemos reunir esta nossa associação e todos que têm participado para fazer uma celebração especialmente bonita. 
Assim convidamos a todos para nos dias 14 e 15 de Setembro juntarem-se á festa na Casa de S.Francisco:


Programa:

Sábado 14

15:00 - Passeio até á Lagoa de Quintã com interpretação das plantas selvagens para usos culinários, medicinais e outros. (c/ Rita Roquete)

21:00 - Apresentação da Divulgacaminho na loja do Traga-mundos em Vila Real.

22:00 - Concertos das bandas amigas no Clube de Vila Real. (Jahradio e Jorge Correia) 

Domingo 15

09:00 - Passeio organizado por Lagoa Trekking e Tragamundos ao Parque Natural do Alvão.

14:00 - Música ao vivo (Bandas e DJ´s ), artesanato, comes e bebes, actividades e convívio na Casa de S. Francisco.

21:00 - Projeção do filme: "São Francisco e O Lobo" (realizado por Raul Lima Aires).



Partilhem com sentirem este convite, tragam vontade de dançar e qualquer petisco para a nossa merenda completar...

Informações: 936374781


Artigo 2º – Objeto

1. A Associação tem por objeto:
a) Promover formas de vida sustentáveis, não poluentes e baseadas nos valores humanos.
b) Fomentar a cultura tradicional e contemporânea, nomeadamente, nas áreas da lavoura, artesanato, música e património oral.
c) A preservação, a valorização e a divulgação de conhecimentos populares locais.
d) A realização de iniciativas que aprofundem a ligação com a natureza
e com os seus recursos.


Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com


Próximos eventos:
- 15 de Setembro de 2013 (3.º domingo do mês), pelas 7h30: passeio pedestre por duas ribeiras (Galegos / Arnal);
- 19 de Setembro de 2013 (quinta-feira), das 16h30 às 19h30: animação de Casinha Cabo da Bila – esculturas de ferro e madeira por Carlos Monteiro;
- 26 de Setembro de 2013 (quinta-feira), das 16h30 às 19h30: animação de Casinha Cabo da Bila – prova de méis por Apibéricos – Beekeeping.