quinta-feira, 31 de maio de 2012

Transmontaneidade...


“Quadros da Transmontaneidade” de António Sá Gué
 «Este é um livro de sedimentos memoriais das gentes transmontanas. Não é nenhum levantamento etnológico, nem tão pouco um estudo antropológico do seu modus vivendi, como se possa pensar. É, antes de mais, um livro que fala da grandeza e da mesquinhez humana, de ressentimentos, de canseiras, dos tédios e das angústias que alimentam qualquer ser humano. É um livro que fala de montes elevados por emoções e dos vales profundamente escavados por sentimentos.»

Será apresentado, a 1 de Junho, pelas 21h00, no Auditório da Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira, em sessão organizada pelo Grémio Literário Vila-Realense.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Máscaras...


Caretos de Podence (Bragança, Portugal)
















máscara íman
 Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Brincalendo - lenga-lengas e trava-línguas


A Traga-Mundos e a Biblioteca Escolar do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Mondim de Basto, com o apoio da editora Opera Omnia, promovem a apresentação dos livros “Histórias, Memórias e Contos Tontos” e “Brincalendo” de Maria do Céu Nogueira, com ilustrações de Esmeralda Duarte, junto do público escolar ao longo do dia de 29 de Maio de 2012.

«Maria do Céu Nogueira nasceu em Escariz São Marinho, do concelho de Vila Verde, mas a sua actividade pedagógica realiza-se, sobretudo, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, onde criou a Hora do Conto, para os utentes mais novos. Tive já oportunidade de lhe elogiar a fantasia e o sonho que preza na sua escrita. Agora, folheio o seu mais recente livro da modalidade, com um título feliz: “Brincalendo” (...) O volume é constituído por três textos. No primeiro, Alhos e Bugalhos, a escrita tem a ideia original de reunir, no mesmo enredo, contos tradicionais, como A Branca de neve, A Carochinha, A Cabacinha, O Coelhinho Branco, Os Três Porquinhos, O Capuchinho Vermelho e a Cabrinha Branca. Talvez por excesso de personagens, o resultado tornou-se algo confuso, não sem manter as virtudes literárias da autora: sonho e fantasia. O terceiro conto é-nos dado em prosa rimada, tão erradamente posta de parte pelas nossas obras destinadas às crianças, ensinança de ritmo e beleza. Maria do Céu Nogueira usa um vocabulário rico, variado, (perspicaz, macambúzio, trouxe-mouxe) que tem o mérito de obrigar o pequeno leitor ao manejo do dicionário bem como termos ingleses, hoje ao alcance do aluno do ensino básico.

Maria do Céu Nogueira é autora de uma vasta e notável obra no campo da Literatura Infanto-Juvenil, a que me aprouve já fazer referência crítica. “Histórias memórias e contos tontos” é o seu mais recente livro, de excelente aspecto gráfico e ilustrado por Esmeralda Duarte com surpreendente qualidade artística, logo reconhecida na concepção da capa, de subido bom-gosto. Maria do Céu Nogueira oferece-nos um texto variado e original, onde se distingue a sabedoria da pedagogia. Os trabalhos recolhidos são inspirados por contos tradicionais populares portugueses, como a história da formiguinha perguntadeira. Inclui o livro algumas lenga-lengas e trava-línguas, também da nossa tradição popular, muitas delas já esquecidas, cheias de graça e singularidade. Mas, quanto a mim, os textos mais importantes aqui inseridos são o teatrinho das vogais, o teatrinho das consoantes e vamos contar até vinte, material admirável para a escola, de que todos os professores das primeiras letras deviam deitar mão para um ensino de língua e da aritmética, eficaz e divertido. Bastam estes textos para justificar a existência desta obra, aliás, toda ela encantadora.
António Couto Viana, leitur@ gulbenkian

Disponível (por encomenda) na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

De e sobre João de Araújo Correia


“Sem Método – notas sertanejas” de João de Araújo Correia

«Em Sem método – Notas sertanejas, de 1938, João de Araújo Correia recorda, no capítulo VIII, um arraial no Jardim da Carreira em tempo de feira de Santo António. No capítulo XXVI, nova evocação da feira de Santo António (as festas de Vila Real), o Campo, os cavalos e os burros, substituídos já nessa época pelos automóveis: «Feira de automóveis. Competição de marcas. Concurso de velocidades. À noite, os corredores, em mangas de camisa, ainda alucinados, bebem champanhe, falam calão, gingam.» No capítulo LII, a vista de trás do cemitério e a sombra de Camilo que o persegue em toda a visita a Vila Real. No capítulo LXI, com pretexto num tasco onde come, no Campo, referência às alheiras e ao vinho de Vila Real.» [Grémio Literário Vila-Realense]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[do autor também disponíveis “Contos e Novelas I”, “Contos e Novelas II” e “O Porto do meu tempo”; “à conversa com João de Araújo Correia” (teatro) de José Braga-Amaral e “O Homem do Douro nos contos de João de Araújo Correia” de Altino Moreira Cardoso; revista “GEIA” n.º 1 (Dezembro 2009) e n.º 2 (Dezembro 2011) da Tertúlia de João de Araújo Correia]

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Trás-os-Montes por Tiago Patrício


“Trás-os-Montes” de Tiago Patrício eleito Prémio Literário Revelação Agustina-Bessa Luís 2011 com lançamento marcado para o próximo dia 26 de Maio em Lisboa... já disponível na Traga-Mundos, em Vila Real!

 "Em Trás-os-Montes «vivem» quatro crianças, no coração de uma aldeia com duas igrejas, dois cemitérios, duas estações ferroviárias e um comboio a vapor que faz a sua última viagem. Numa zona de fronteira situam-se as hortas, as devesas, os lameiros e os palheiros onde o gado passa a noite. As crianças, com demasiado tempo livre depois das aulas, ficam na rua até ao anoitecer e as sombras ocupam-lhes os pensamentos. Nessa altura, as distracções dos adultos tomam a forma de desejos perigosos. É então que podem ser tentadas a ultrapassar a imitação e pretender consumar actos de adulto, como conduzir um automóvel, fumar um cigarro, aceder à literatura para adultos, atear um incêndio ou realizar um funeral. De leitura apaixonante, este é um romance surpreendente que conjuga de forma magistral a ruralidade, os anseios íntimos e aquilo que de universal existe na alma humana. Uma verdadeira grande revelação."

«Com o romance Trás-os-Montes, um farmacêutico de 32 anos, Tiago Manuel Ribeiro Patrício, sagra-se como o terceiro vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, por unanimidade do Júri, presidido pelo escritor e ensaísta Vasco Graça Moura. O Prémio foi instituído, pela primeira vez, em 2008, pela Estoril Sol, no quadro das comemorações do cinquentenário da Empresa.
Desta vez, o Júri, ao eleger o romance Trás-os-Montes, tomou em consideração “as qualidades de escrita reportadas à dureza de um universo infantil numa aldeia de Trás-os-Montes e à maneira como o estilo narrativo encontra uma sugestiva economia na expressão e comportamentos das personagens “.»

O autor, Tiago Manuel Ribeiro Patrício, nasceu no Funchal, em Janeiro de 1979, mas passou toda a infância e adolescência em Trás-os-Montes. “Durante a infância em Trás-os-Montes, eu era o único que tinha andado de avião, que tinha visto o mar e que tinha nascido fora daqueles 30 Km2 em redor da aldeia. Acho que desenvolvi uma certa obsessão pelo Funchal e pela ilha da Madeira, e, por vezes, usava isso como ponto de fuga e dizia: “Eu nem sequer sou daqui, o meu lugar é numa cidade grande no meio do mar e não aqui no meio dos montes”. Mas apesar de rodeado de terra, Trás-os-Montes foi e é ainda um conjunto de ilhas isoladas”.
[http://www.gradiva.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/6811]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Harmonização com alheira acompanhada de batata nova e feijão verde


Tinto da Lavradores de Feitoria sobressai num painel de 12 vinhos
‘Meruge 2008’ vence harmonização com alheira acompanhada de batata nova e feijão verde

O ‘Meruge tinto 2008’, produzido pela Lavradores de Feitoria – projecto único no Douro que reúne 15 produtores, proprietários de 18 quintas distribuídas pelos melhores terroirs do Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior –, foi o vencedor da 33.ª prova de harmonização do projecto Harmonias ComProvadas, a qual pretendia eleger o vinho tranquilo que melhor combina com alheira acompanhada de batata nova e feijão verde
O desafio teve lugar no restaurante Chaxoila, em Vila Real, reuniu doze vinhos tranquilos e um júri composto por jornalistas, profissionais do sector dos vinhos e da restauração e curiosos. O ‘Meruge tinto 2008’ irá assim integrar o livro com as 50 combinações entre vinhos nacionais e pratos tipicamente portugueses, promovidas por este que é um projecto de Alexandra Maciel.
No que toca ao vinho eleito, estamos perante um blend de 80% de Tinta Roriz e 20% de castas diversas provenientes de vinhas velhas; é um DOC de encostas voltadas a Norte, com características do Douro, embora mais suave, elegante e menos encorpado. Com nuances internacionais, é muito equilibrado e promete longevidade.
Ideal para acompanhar pratos de carne e caça, o ‘Meruge Tinto 2008’ apresenta-se com uma bonita cor vermelho rubi, com nuances avermelhadas. O aroma é fresco, muito fino e complexo. Bastante frutado, predominam os aromas a frutos vermelhos, envolvidos por especiarias como tabaco e café, fruto do seu longo estágio em barrica, conferindo-lhe finesse e elegância. Na boca, o ataque é fresco, elegante, saboroso, com taninos presentes mas macios e aveludados, salientando-se o carácter frutado. Muito rico no paladar apresenta uma acidez equilibrada e um final longo e persistente.
[Joana Pratas, Consultora em Comunicação e Relações Públicas]
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terça-feira, 22 de maio de 2012

O Livro dos Provérbios


«Ditados velhos são Evangelhos», diz o provérbio. E há provérbios para todos os gostos e para todas as situações: «Para cada ocasião, tenha um provérbio sempre à mão». Salvador Parente reúne nesta obra um número impressionante de entradas, mais de 40 000, contribuindo assim para o esclarecimento do conceito de provérbio e para um maior conhecimento da nossa língua e, naturalmente, da nossa cultura porque carregados de história e simbolismo os provérbios representam frequentemente a filosofia de uma época e definem a idiossincrasia de uma bem determinada gente. O livro está organizado de forma alfabética, ou seja, pelas iniciais das primeiras palavras dos provérbios, mesmo quando se trata de preposições, pronomes ou artigos. Desta forma, o autor pretende facilitar ao máximo a tarefa da consulta.

Salvador Parente nasceu em Águas Santas, freguesia de S. Tomé do Castelo, concelho de Vila Real, a 1 de Fevereiro de 1934. Ingressou no Seminário de Vila Real em 1944 e concluiu o curso de Teologia em 1956 sendo ordenado dois anos depois. Foi professor de várias disciplinas (Latim, Português, Matemática, Fisico-Química) e pároco em diversas localidades dos concelhos de Sabrosa e de Vila Real. Em 1979 termina a licenciatura em Filosofia na Universidade do Porto. É investigador da cultura popular, com obras diversas e participação em dezenas de colóquios, seminários, congressos.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ciclo duriense


“A Agave Só Floresce Uma Vez – A Quinta Vitoreira” – Ciclo Duriense 1” de Eurico Figueiredo

«Querida Irene,
As coisas por aqui continuam bem. A vinha este ano está fabulosa. Espero que, se tudo correr bem no Verão, sem excesso de calor, tenhamos uma magnífica colheita.
Mas algo aconteceu de estranho: uma das agaves plantadas em 1996 floresceu nesta Primavera. Tem sete anos de idade e lançou uma florescência de uns dez metros de altura. Sinceramente, o que encontrei na literatura aponta para que, nas regiões mais quentes e secas, a primeira e única floração surja quando têm uns dez anos de idade: depois secam e morrem! Mas nunca tão cedo. […]
Achei bizarro. E, apesar do meu feroz racionalismo, fui possuído por um terrível pressentimento. Como já tinha tido pensamentos mágicos no Algarve quando as redescobri e a Graça Murta me sensibilizou para os mistérios da agave. Pressentia então que o meu tempo teria acabado. Valeu-me uma motivação forte: o projecto da quinta ter-me-á salvo. 
Agora, a florescência da agave será o sinal de que terminei um novo, ou o último ciclo da minha vida?
Nas terras junto ao Douro, chão fértil para toda a sorte de castas, também Arnaldo tenta medrar, agora aposentado e longe dos seus, querendo dar um rumo novo e ainda pujante aos seus dias. Mas, como a agave paciente, conseguirá/terá ele o seu florir derradeiro?"»

Eurico Figueiredo tem o gosto pela intervenção polivalente. Premiado como pintor nos seus jovens 20 anos, viu a vocação perder-se na dureza da luta estudantil em que se envolveu. O exílio fê-lo psiquiatra, psicoterapeuta e psicanalista. Nos anos 90, já catedrático de psiquiatria, foi oito anos deputado. Ensaísta na área de encontro da psicanálise com a cultura, valores e gerações, iniciou a actividade literária...

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Apresentação, exposição e passeio pedestre por Lagoa Trekking


António Lagoa nasceu em Mateus (Vila Real) em 1964, estudou no Liceu Camilo Castelo Branco, e iniciou actividade de montanha e o gosto pela natureza pelos Escuteiros no Agrupamento 212 S. Pedro e, posteriormente, como membro fundador do Grupo de Montanhismo de Vila Real. Desde adolescente, em férias e aos fins-de-semana, que se dedicou a explorar e a conhecer os montes em redor, desde o Alvão ao Marão, passando pelos Picos da Europa, Redes, Sanábria, Arribes del Duero.
Em 2012 constitui a Lagoa Trekking, disponibilizando a sua experiência e paixão pela natureza, passando a proporcionar actividades ao ar livre, destacando-se o trekking, por percursos regionais em Trás-os-Montes com os seus parques naturais e o Douro Vinhateiro, ou percursos internacionais em Espanha.

No dia 19 de Maio, sábado, pelas 21h00, António Lagoa irá apresentar esta iniciativa na Traga-Mundos, com a inauguração de uma exposição de fotografias, que ilustram momentos da sua paixão e experiência. A exposição ficará patente de 19 de Maio a 9 de Junho de 2012.
No dia 20 de Maio, domingo, Lagoa Trekking organiza um passeio pedestre no Alvão durante a manhã, em jeito de apresentação da sua actividade. O ponto de encontro é na Traga-Mundos, pelas 8h00, para organizarmos entre os participantes o transporte para o Alvão. Venha conhecer-nos...
Apresentação e inauguração da exposição – 19 de Maio, sábado, pelas 21h00
Passeio pedestre ao Alvão – 20 de Maio, domingo, 8h00
Exposição – de 19 de Maio a 9 de Junho de 2012
 local: Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Turismo cultural


“Patrimónios, Territórios e Turismo Cultural: recursos, estratégias e práticas” coordenação de Rui Jacinto, revista Iberografias n.º 19

A atenção que o Centro de Estudos Ibéricos (CEI) tem dado à problemática do património natural e construído é testemunhada pelas múltiplas iniciativas promovidas nos últimos anos, com o objectivo de o estudar e divulgar, particularmente na zona transfronteiriça do Centro de Portugal. O envolvimento do CEI nesta problemática decorre do significado que o património natural, histórico e cultural tem na afirmação da identidade das comunidades do Interior, da importância deste recurso para as estratégias e os processos de desenvolvimento, sobretudo dos territórios mais frágeis e profundos, localizados junto à fronteira entre Portugal e Espanha. A relação do património e da cultura com os processos de desenvolvimento regional e local pressupõe o conhecimento e a valorização das respectivas geografias, dos lugares e dos contextos onde os bens naturais e os equipamentos se localizam. A presente edição inscreve-se nesta linha de actuação, assumindo um título coincidente com o tema do Curso de Verão de 2010, que sintetiza um propósito e resume uma estratégia: Patrimónios, Territórios e Turismo Cultural - Recursos, Estratégias e Práticas.
Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ginginha transmontana de Ribeira do Azibo


Ginginha Transmontana – Ribeira do Azibo

Tendo Trás-os-Montes um bom clima e depois de um rigoroso estudo e várias experiências, chegamos à Ginginha Transmontana - Ribeira do Azibo, um produto com um sabor e aroma que as pessoas que nos derem a oportunidade de provar irão descobrir...

«No final de 2010, Augusto Máximo começou a vender on-line e em feiras a Ginjinha Transmontana, uma receita de família. Orgulhoso do seu produto, assegura que “não há licor igual” e desafia à prova.
Nas alturas da terra quente transmontana, perto dos 700 metros, Augusto Máximo planta e cuida o seu pomar. As ginjas são “a menina dos olhos” para este empreendedor de Macedo de Cavaleiros. Com este fruto, da família das cerejas, embora mais ácido, o transmontano faz uma ginjinha que, defende, “é única no país”.
“A receita da ‘Ginginha Transmontana’ era de minha avó. Em casa, a minha mãe continuou sempre a fazer esta ginjinha”, explica Augusto, que há três anos decidiu pegar na receita de família e nas ginjas do seu pomar para registar a marca «ginjinha transmontana». “Eu nunca liguei muito à ginja. Mas decidi pegar nela e fazer negócio complementar ao restaurante de petiscos que tenho em Macedo de Cavaleiros”, acrescenta.
Ultrapassada a burocracia para legalizar a comercialização deste produto artesanal, há um ano Augusto Máximo conseguiu por fim colocar a sua ginja no mercado. Conta-nos que é um produto diferente dos restantes que encontramos a nível nacional. “Acompanha muito bem com uns figos secos, nozes. Mas desafio as pessoas a provarem para descobrirem por si o sabor”.
Augusto sabia que colocava no mercado um produto há muito apreciado em terras lusas. A ginja é um fruto com forte presença no país há vários séculos, transcendendo, em certos períodos, a dimensão alimentar. No século XV era, por exemplo, um fruto utilizado para diversos fins medicinais. Mais tarde, pelo século XVIII, em Lisboa existiam já muitos estabelecimentos a vender ginjas mergulhadas em aguardente, uma bebida que seria baptizada como ginjinha.»
[Sara Feliciano, Café Portugal]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Assumir o Nordeste


“Aqui e Agora Assumir o Nordeste – antologia” de A.M. Pires Cabral
selecção e organização de Isabel Alves e Hercília Agarez

Esta antologia da vasta obra de A. M. Pires Cabral, dispersa por quase todos os géneros, celebra o septuagésimo aniversário do escritor (Chacim, Macedo de Cavaleiros, 13 de Agosto de 1941).

A opção de dividir a obra de Pires Cabral em «lugares», «homens» e «bichos» tem, pois, como objectivo salientar este aspecto de comunhão e de inter-relação da geografia com a vida humana e com a vida animal. É esta a base da construção de um lugar, de uma região, de um país. Do mundo, em suma. Por isso, o particular aqui invocado – Trás-os-Montes – não despreza a universalidade da obra do escritor, apenas se oferece como ponto de partida, como força centrífuga, para uma leitura que se pretende vasta, diversa, inquieta.

Se da leitura dos textos que propomos fica o perfil de um escritor que se confessa «um homem de fundas raízes rurais», aliando a vivência rural a um largo conhecimento da tradição oral, mais desejaríamos que se entrevisse o homem «para quem a dúvida é a atitude fundamental de todo aquele que observa o mundo». E este é um aspecto fundamental: aqui e agora, assumindo o nordeste, apresentamos também um escritor de vasta interioridade.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos “O Cónego” e “A Loba e o Rouxinol” (romance), “O Diabo Veio Ao Enterro” e “O Porco de Erimanto” (contos), “Que Comboio É Este”, “Arado” e “Cobra-D’Água” (poesia), “Trocas e Baldrocas ou com a natureza não se brinca” com ilustrações de Paulo Araújo (infanto-juvenil) e “Páginas de Caça na Literatura de Trás-os-Montes” (selecção de textos e organização, antologia)]

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A fárria de volfrâmio


“A Fárria” de Bento da Cruz

«Bento da Cruz, o grande e justamente consagrado escritor barrosão, sinalizou os 50 anos de vida literária com a publicação do romance A Fárria, publicado pela Âncora Editora. Na linha dos seus romances anteriores, o cenário desta obra é o Barroso, mais propriamente as Minas da Borralha, onde, durante a II Guerra Mundial e também alguns anos depois, teve lugar uma intensa actividade ligada à exploração, mineração, comercialização e contrabando de volfrâmio. A esta actividade fervilhante e também ao ambiente de traficância, euforia e novo-riquismo proporcionado pelo lucro fácil, deu-se o nome de fárria.
O romance desenvolve-se segundo duas linhas que amiúde convergem: a história pessoal de Silvério Silvestre e a história das Minas da Borralha.
É mais um grande romance que Bento da Cruz nos oferece, ao mesmo tempo que avisa que será o fecho da sua obra literária. Oxalá o Escritor não cumpra esse voto.» [Grémio Literário Vila-Realense]

«Quanto à obra, em declarações à Rádio Montalegre, Bento da Cruz disse que o livro “A Fárria” é “uma história romanesca à volta de amores e, ao mesmo tempo, dá uma ideia do que eram as Minas da Borralha, a única indústria do Barroso, que trabalhou quase cem anos”. “Mostrar como se vivia, se trabalhava e se morria na Borralha. É isso que eu pretendo. Não procuro fazer história”, precisou o autor. Questionado sobre o facto de o Barroso continuar a ser sua fonte de inspiração, Bento da Cruz lembrou que este foi sempre o seu “tema” e a sua “matéria-prima”. “Cada um fala do que sabe. Eu só conheço uma coisa neste mundo, que é o Barroso. Não sou viajado. Nunca vivi noutro lado, a não ser no Porto, mas nunca me desliguei do Barroso”, explicou o escritor. 

«O Barroso não me deve nada. Eu a que devo tudo ao Barroso», acrescentou Bento da Cruz.
[Margarida Luzio, Semanário Transmontano]
 Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos “Contos de Gostofrio”, “Histórias da Vermelhinha”, “O Retábulo das Virgens Loucas”, “Histórias de Lana-Caprina”, “A Lenda de Hiran e Belkiss”, “Guerrilheiros Antifranquistas em Trás-os-Montes”, “Prolegómenos I” e “Prolegómenos II”]

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sei onde mora o Herberto Helder...


Apresentação do livro “Sei Onde Mora o Herberto Helder” pelo seu autor, Manuel Monteiro
Dia 11 de Maio, sexta-feira, pelas 21h00, na Traga-Mundos em Vila Real

O romance conta a história de um homem vulgar, mas que, devido a suas idiossincrasias, vai viver uma vida invulgar. O personagem principal tem uma fobia que o faz perseguir homens famosos, para saber mais da sua vida íntima (Salazar, Álvaro Cunhal, Sebastião Alba, Herberto Helder) e que o conduz às mais mirabolantes aventuras.

Manuel Augusto Monteiro é transmontano de Vila Real. Tem 63 anos. Camponês e depois operário, é actualmente alfarrabista. Em 1974, foi um dos fundadores da União Democrática Popular e em 1979 foi eleito deputado à Assembleia da República por esta força política. Durante quatro anos foi autarca, membro da Assembleia Municipal de Lisboa. Em 1982 abandonou a UDP, continuando a participar na vida política em pequenos núcleos. Aos 40 anos, com apenas a 4.ª classe, fez exame ad-hoc de acesso à universidade, frequentando o curso de História até ao 2.º ano, na Faculdade de Letras de Lisboa. Tendo publicado poesia e romances.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Traga-Mundos em feira de Murça, terra de encanto

A Traga-Mundos foi convidada para estar presente com um stand na VIII Feira de Azeite, Vinhos e Produtos Regionais 2012 em Murça de 5 a 8 de Maio. Iremos levar uma amostra dos livros, coisas e loisas representativa do que a Traga-Mundos disponibiliza na loja em Vila Real. Visite a Feira e visite-nos...