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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

 


“A Formosa Pelicana” de José Mário Leite

 

«Uma chapa redonda, metálica e enferrujada, aparentando ser uma moeda antiga, é-lhe colocada no tampo metálico da mesa da esplanada do Café Central em Moncorvo, onde tomava, como habitualmente, o pequeno-almoço. Despertou-lhe a atenção a enigmática inscrição, percetível, numa das faces: “INHOC”. No outro lado algo mais legível, mas, para ele, não menos enigmático: ANTONIVS.I.

 Adormecida entre as frinchas das pedras da muralha do castelo, por mais de quatro séculos, o “meio-tostão de sangue” veio desinquietar Jorge Manuel Marçano Vilela e transportá-lo para um dos períodos mais excitantes do importante burgo nordestino, onde, a par com a mulher mais bela de Portugal, se cruzavam portugueses e espanhóis, cristãos, judeus e marranos, juízes, duques, infantes, almocreves e agricultores, padres, frades, inquisidores e irmãos do Santo Ofício, poetas, clérigos e saltimbancos, homens honrados, mercenários e salteadores, traidores, fiéis, esbirros e espiões, refugiados, aventureiro e invasores.

 Grandiosidade e pequenez, fidelidade e traição, crença e suspeição, lealdade e conspiração, amor e ódio, religião, crendice e política, saíram da pequena moeda, testemunha muda mas indelével de dramas, glória, sucessos e infortúnios da Idade Média num dos maiores centros políticos, religiosos e administrativos do norte de Portugal.»

 Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial... 

[também disponível do autor o seguinte título: “A Morte de Germano Trancoso”]

quinta-feira, 14 de abril de 2016

A Morte de Germano Trancoso


“A Morte de Germano Trancoso” de José Mário Leite

«Em Maio de 1976, Germano Trancoso, um abastado agricultor, morre em sua casa, aparentemente de causas naturais. Assim parecia e assim o julgava o seu filho mais novo, Gabriel. Uma carta vinda de França, pouco tempo depois, dando-lhe conta da morte do seu irmão, veio abalar essa convicção. Decidido a apurar a verdade por trás de todas as aparências, Gabriel inicia uma viagem ao interior profundo, religioso, místico e supersticioso da sua aldeia, onde se escondem velhos segredos seculares cuja revelação, a par com a interpretação de misteriosas gravações em pedras de granito, darão um contributo para a possível explicação dos dramáticos acontecimentos. Na sua procura inquieta e preocupada, o protagonista revisita lugares, tradições, devoções, superstições, factos, histórias e lendas característicos da sociedade rural no nordeste transmontano, desde a sua infância até ao terceiro quartel do século xx.»

José Mário Leite, natural da Junqueira de Vilariça, Torre de Moncorvo, é colaborador regular de jornais e revistas do Nordeste (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS). Publicou “Cravo na Boca” (teatro) e “Pedra Flor” (poesia), estando representado na colectânea “A Terra de Duas Línguas – Antologia de Autores Transmontanos”. Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana e Vereador na Câmara Municipal de Torre de Moncorvo. É Diretor-Adjunto no Instituto Gulbenkian de Ciência, Vice-Presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.

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