sábado, 31 de agosto de 2019

TL - tertúlia de leituras #20


[cartaz pelas artes de Gil Machado]

        TL – Tertúlia de Leituras #20
dia 05 de Setembro de 2019, quinta-feira, pelas 21h00
na livraria Traga-Mundos, Vila Real, Portugal

tertúlia de leituras traga_mundos
evento periódico, a repetir-se em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês

[S. Martinho de Anta, 24 de Setembro de 1940 – Vindima. Um cesto de uvas, ao todo! O míldio, a chuva e a geada reduziram oito pipas a meio almude. Meu Pai fala nisto, e fica branco. Mas estejam os elementos e os micróbios certos do seguinte: é que o velho se vai atirar à tesoura, à poda, à erguida, à cava, à redra, ao enxofre e ao sulfato como se as vinhas tivessem dado vinho para as bodas de Caná. Quando se é lavrador como o meu Pai é, o corpo acaba por cavar, quer a razão queira, quer não. Miguel Torga, “Diário I”]


pretende-se um encontro informal de partilha do que andamos a ler: um jornal, um romance, um livro de poesia, uma revista, um trabalho de ciências, um blogue, uma tese de mestrado, uma edição de autor, um álbum de fotografia, uma obra antiga, etc.

não há livros recomendados, só partilhados, e não têm de vir preparados (não é uma apresentação)

aparece – e traz um@ amig@ também...

antónio alberto alves
traga_mundos
na primeira quinta-feira de cada mês



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Ler é bom demais! Trocar ideias uns com os outros sobre o que estamos a ler, então…

Desde 7 de Março, a GATAfunho alinha com a Traga-Mundos numa Tertúlia de Leituras deliciosa!

Todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, às 21h, encontramo-nos na livraria GATAfunho, em Oeiras para partilhar o que andamos a ler: um romance, um artigo interessante de jornal ou revista, um livro de poesia ou de boas receitas, um artigo científico, aquele texto de que gostamos num blogue, uma carta que encontramos, velhas histórias em álbuns de fotografias, quem sabe um página de um diário esquecido…

Um encontro sem nenhum tema definido, sem nada preparado, só o prazer da partilha, da conversa à volta da leitura de cada um. Em simultâneo, todos os meses, na GATAfunho em Oeiras e na Traga-Mundos em Vila Real.

E assim se constroem pontes, se encurtam distâncias, se tecem os tecidos da cultura, da palavra e do encontro!

Vem, convida os amigos, ajuda a divulgar!

“Read, read, read. Read everything -- trash, classics, good and bad, and see how they do it. Just like a carpenter who works as an apprentice and studies the master. Read! You'll absorb it.
Then write. If it's good, you'll find out. If it's not, throw it out of the window.”
― William Faulkner

Parceria GATAfunho, Traga-Mundos e Contabandistas de Histórias


António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00

Próximos eventos:
- Agosto e Setembro: exposição “Somnium” de Beatriz Fidalgo, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal;
- dia 24 de Agosto de 2019, sábado, pelas 16h30: participação com uma banca de livros, e mais algumas coisas e loisas, no Mercadinho da Capella, no âmbito do Projeto Capella, em Arroios, Vila Real;
- dia 5 de Setembro de 2019, quinta-feira, pelas 21h00: TL – tertúlia de leituras #20, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal; [evento periódico, a repetir-se em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês]
- de 6 a 22 de Setembro de 2019: participação com stand na Feira do Livro do Porto 2019, nos jardins do Palácio de Cristal, no Porto;
- dia 3 de Outubro de 2019, quinta-feira, pelas 21h00: TL – tertúlia de leituras #21, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal; [evento periódico, a repetir-se em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês]
- dia 4 de Outubro de 2019: entrega do Prémio Antón Risco de Literatura Fantástica, Allariz, Galiza;
- dias 11, 12 e 13 de Outubro de 2019: participação com uma banca de livros de poesia no VI Poemagosto – Festival Internacional de Poesía en Allariz, Galiza;
- dia 14 de Outubro de 2019, pelas 21h00: “Vem e Vê – cinema” #1, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal; [evento periódico, a repetir-se em todas segundas (2.ª) segundas-feiras de cada mês]
- 5 de Novembro de 2019: 8.º aniversário da Livraria Traga-Mundos, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal;
- dia 7 de Novembro de 2019, quinta-feira, pelas 21h00: TL – tertúlia de leituras #22, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal; [evento periódico, a repetir-se em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês]
- dia 11 de Novembro de 2019, pelas 21h00: “Vem e Vê – cinema” #2, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal; [evento periódico, a repetir-se em todas segundas (2.ª) segundas-feiras de cada mês]
- dias 29, 30 de Novembro e 1 de Dezembro de 2019: participação com uma banca de livros na Culturgal – Feira das Industrias Culturais da Galiza, no Pazo da Cultura de Pontevedra, Galiza;
- dia 5 de Dezembro de 2019, quinta-feira, pelas 21h00: TL – tertúlia de leituras #23, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal; [evento periódico, a repetir-se em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês]
- dia 9 de Dezembro de 2019, pelas 21h00: “Vem e Vê – cinema” #3, na Traga-Mundos, Vila Real, Portugal; [evento periódico, a repetir-se em todas segundas (2.ª) segundas-feiras de cada mês]
- e até ao final de 2019 haverá mais, sempre muito mais...

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

a vida antes da Traga-Mundos


Retrato António Alberto Alves

A vida antes da Traga Mundos

António Alves, nascido em Loureço Marques (atual Maputo) [Moçambique], é conhecido como o proprietário da livraria Traga Mundos e como alguém que gosta de partilhar as suas paixões. De entre elas destaca-se o voluntariado durante cinco anos na Guiné-Bissau. Tudo começou quando o livreiro decidiu ir fazer o seu doutoramento para a Alemanha. Uma vez lá, após não ter obtido uma bolsa, abriu uma pequena loja em que, entre outras coisas, promovia o voluntariado por ser uma área de que, até na atualidade, gosta e da qual tem uma definição própria. “O voluntariado, para mim, não é trabalhar de forma gratuita, é um projeto que permite ajudar as pessoas a perceberem se encontraram a área certa na sua carreira profissional”, explicou.

Informou-se relativamente a essa “área mágica”, como lhe chama, e aí descobriu uma das suas vertentes: a cooperação, um mecanismo voluntário através do qual os voluntários são incluídos num quadro estruturado para utilizar os seus conhecimentos com o objetivo de a criar e aplicar projetos que correspondam às necessidades das organizações parceiras.

António Alves candidatou-se e, uns tempos depois, foi para Guiné Bissau onde, segundo ele, viveu uma experiência que lhe mostrou a vida sob outro ângulo.

Tendo-se fixado no norte, sem eletricidade, implementou um, projeto de gestão e administração escolar, nas escolas públicas de iniciativa comunitária, que visava a criação de um regulamento interno.

Mais tarde, no âmbito da promoção da língua portuguesa, criou um programa na rádio comunitária “Uler a baand” (A hora chega) em conjunto com um amigo [guineense] professor de português. “Havia uma rádio comunitária de que eu gostava muito. Eu costumava ir lá para carregar o telemóvel, porque um dos únicos sítios em que havia eletricidade, e, no âmbito da promoção da língua portuguesa, surgiu a ideia de criar um programa de rádio”, contou, acrescentando que “lá a rádio comunitária tinha uma função enorme porque, como não há eletricidade, as rádios são a coisa mais ouvida. São criadas ‘bancadas’ onde as quotas servem para pagar o rádio e a pilha”.

O projeto piloto avançou com uma programação preparada para meia hora em horário nobre, pois os dois locutores só podiam lançar o programa à noite, uma vez que, devido aos equipamentos reduzidos, teria de ser feito em direto. “Ao outro dia, após uma reunião, fui ao encontro do Marcolino [Elias Vasconcelos] e, quanto passeava pela avenida principal, ia-me cruzando com pessoas que me iam dizendo que me tinham ouvido e que o programa tinha sido fantástico”, explicou António Alves, mencionando que o feedback foi tão bom que o projeto seguiu, acabando por formar pessoas para continuar a lançar o programa no ar sem a sua presença.

Uma particularidade deste programa é o nome: “Andorinha” que surgiu a partir de uma história que o voluntário contara na sua bancada. “Na minha bancada, havia um alpendre e lá havia andorinhas. Então, com saudade, comentei que elas vinham de Portugal. Facto que surpreendeu os guineenses, uma vez que a sua aspiração é emigrar”, disse. Mais tarde, aquando da escolha do nome do programa, para o qual havia propostas medonhas como “Lusíadas” ou “Lusofonia”, esta história voltou à superfície, o que deixou António Alves muito satisfeito.

O nome, tal como o sucesso do programa, espalhou-se, sendo adotado por várias bancadas que queriam participar no programa através do telefone. Uma participação tal que já não havia espaço no programa para todos.

Esta experiência ficou marcada em António Alves que defende ter ido “para um paraíso sem igual”. “A maneira de ser das pessoas e a cultura de partilha, fazem com que os voluntários ganhem mais do que aquilo que dão”, adiantou, confessando que, “se quiser ser feliz” já sabe para onde vai.

Cláudia Richard, “Notícias de Vila Real” n.º 676, 21 de Agosto de 2019


sábado, 10 de agosto de 2019

Cogumelos - produção, transformação e comercialização


“Cogumelos – Produção, Transformação e Comercialização” de Ana Cristina Martins Ramos, Maria Helena Neves Machado, Maria Margarida Ribeiro Lobo Zapata, Maria José Bastidas Quintanilla

Este livro surgiu da necessidade de fornecer, de uma forma integrada, elementos sobre a valorização dos recursos micológicos desde a produção à comercialização.

Os cogumelos tornaram-se num alimento muito apreciado e valorizado em aplicações gastronómicas, devido ao seu valor nutricional e também à divulgação da sua aplicação na dieta mediterrânica.

Esta obra pretende dinamizar a cadeia de produção e de transformação de cogumelos, bem como, contribuir para o incremento do seu consumo.

Os temas abordados passam pela:
- Produção de cogumelos sapróbios, com destaque para a cultura de Pleurotus e Shiitake, descrição das diferentes fases de produção e referência de casos práticos de produção;
- Apresentação de espécies de cogumelos silvestres comestíveis com possibilidade de intensificação da produção em zonas florestais e seu aproveitamento, tendo em consideração normas de colheita e gestão dos espaços produtivos;
- Utilização de metodologias de processamento e de conservação, com aplicação de métodos de estabilização, por forma a obter novos produtos com tempo de vida útil alargado;
- Considerações acerca dos mercados e da comercialização de cogumelos silvestres e de cultura.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível o seguinte título: “Cogumelos” de Francisco Xavier Martins, Cogumelos nas Terras de Miranda – aproveitamento sustentável” Marisa Castro texto, Alexandra Skinner ilustração]


sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Feira do Mel e do Artesanato 2019


- dias 16, 17 e 18 de Agosto de 2019: participação com uma banca de livros, e mais algumas coisas e loisas, na Feira do Mel e do Artesanato, em Pedras Salgadas, Vila Pouca de Aguiar 🐝🐝🐝🐝🐝🐝🐝🐝🐝

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

O Seringador T 2020


“O Seringador T” reportório crítico-jocoso e prognóstico diário para 2020
(e 155.º ano da sua publicação)
1865-2020
fundado por João Manuel Fernandes de Magalhães

3 [futebol]
E após o jogo acabar
Ganhe o clube que ganhar
Gera sempre confusão
E chama-se a isso cultura
Talvez por haver fartura
De murro e de palavrão.

«Almanaque de grande tradição, muito ligado à agricultura e à astrologia na sua vertente relativa às condições climáticas relevantes para as actividades humanas. Muito completo na elencagem das feiras e mercados do país, bem como nas datas associadas a eventos de utilidade  pública. Em jeito de editorial, apresenta o "Juizo do Ano" e termina com o espaço habitual de entrevista bem humorada. De realçar a importância dada à dita "Cultura", com um espaço de poesia logo na capa.
À venda nas boas livrarias»[Coisas Avulso]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...


sexta-feira, 2 de agosto de 2019

foi há 8 anos...


FOI HÁ 8 ANOS...

Foi há oito anos, no dia 2 de Agosto de 2011, que reabri actividade em Portugal, registando nas Finanças de Vila Real a Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro – Património Mundial, tendo como actividade principal a de livraria.

Chegara a 21 de Maio, no seguimento de trabalho voluntário de quase cinco anos na promoção da Língua Portuguesa em Canchungo e na Região de Cacheu, na Guiné-Bissau, e de imediato me vi confrontado com a total ineficácia do Centro de Emprego local. Optei então por fazer avançar um projecto – e sonho – que tinha reservado apenas para o que se designa como “o tempo de reforma”: abrir um espaço multi-cultural de livraria e/ou alfarrabista. Em dois meses, (re)visitei a oferta de livrarias, também em diversas cidades, estudei catálogos de editoras, procurei lojas em Vila Real, iniciei contactos, etc. Sobretudo, dei um nome à iniciativa, criei o logotipo e redigi o seguinte conceito orientador – que se foi apurando:

«queremos construir uma referência quando se pensa na região de Trás-os-Montes, nomeadamente do Alto Douro Vinhateiro, seus autores e cultura, vinhos e tradições, produtos e artesanato...».

A 5 de Novembro de 2011 abri a porta da Traga-Mundos na rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28, na zona histórica da cidade e entre comércio tradicional, no espaço onde durante muitos anos esteve a notável Livraria Setentrião.

Estamos a montar um espaço com diversos nichos de interesse...

Uma livraria especializada na temática do Douro, incluindo álbuns de edição cuidada e guias (turísticos, vinhos, vinhos do porto, quintas, castas, etc)...
Onde estão presentes os autores locais e regionais com projecção nacional e universal –  A.M. Pires Cabral, António Cabral, João de Araújo Correia, Miguel Torga, Otílio Figueiredo, etc...
Obras em prosa ou poesia; romances, novelas e contos; livros técnicos e revistas temáticas; álbuns infanto-juvenis e de banda-desenhada; de edições de bolso a álbuns de fotografia; de guias turísticos a cd’s e dvd’s; de edições de autor a edições de associações e outras instituições; em português e an mirandés; num esforço para se reunir e apresentar num mesmo local a riqueza cultural e literária da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Uma loja de vinhos do Douro, desde o vinho generoso – também denominado do Porto – ao vinho moscatel, com exemplares de aguardentes velhas. Iremos disponibilizar edições de 10, 20, 30 e mais de 40 anos, bem como LBV e Vintage...
Proporcionamos igualmente brancos e tintos, reservas e outras delicadezas, de produtores particulares da região – que não se encontram nos hipermercados...

Uma loja de mercearia fina: de compotas a ervas aromáticas, de chás a licores, de mel a frutos secos, de sabonetes naturais a azeite extra virgem, privilegiando produtos da agricultura local, familiar e tradicional...

Uma loja de artesanato, desde a olaria negra de Bisalhães a cutelaria, das máscaras a instrumentos de manufactura tradicional, da latoaria a outros artefactos...

Um local onde poderá igualmente encontrar informação turística, sobre eventos, romarias, restauração, alojamento, percursos, museus, igrejas e capelas, parques naturais, etc...

Um espaço de galeria de exposições (pintura, fotografia, escultura, cerâmica, artesanato, etc). Um espaço de diversos eventos (apresentações de livros, tertúlias temáticas, workshops, ateliers, oficinas, etc). Cuja porta é local de encontro e partida para um passeio pedestre ou de uma visita pela região. Um espaço onde simplesmente se está bem – por exemplo, confortavelmente no sofá vermelho!»


A todos vocês, amigos e familiares, clientes e produtores, escritores e artesãos, livreiros e editores, o nosso muito muito obrigado pelo apoio e interesse ao longo de todo este tempo – que é o que nos faz continuar, teimar, persistir...

António Alberto Alves
2 de Agosto de 2019

Nota: continuamos sem qualquer apoio das entidades responsáveis pela cultura, turismo, comércio, empresas, imprensa, empreendorismo e afins, na cidade de Vila Real e na região de Trás-os-Montes e Alto Douro.