Hoje a Traga-Mundos teve a honra de acolher a obra de mais uma grande autora do Douro: Graça Pina de Morais.
Na província duriense viveu parte da infância, havendo a sublinhar que a sua obra novelística, de inspiração memorial, é motivada por temas da família, da infância rural, para além de aspectos sociais. Viveu depois em França, com os pais, voltando ao país com a idade de seis anos, em 1935. Obteve a licenciatura em Medicina na Universidade do Porto (1951) radicando-se depois em Lisboa, exercendo, como radiologista, funções nos Hospitais Civis, e como professora no Instituto de Orientação profissional. Foi muito das relações do dramaturgo Bernardo Santareno, chegando Manuel Yoppe, nas suas Memórias, a admitir que ambos tivessem vivido uma paixão frustrada.» [Pinharanda Gomes, in III volume do “Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses”]
Apesar de uma estreia romancística aclamada pela crítica, com “A Origem” (1958), e de ter sido galardoada em 1969 com o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências – para a melhor obra de ficção do ano – e o Grande Prémio Nacional de Novelística pelo romance “Jerónimo e Eulália” (1969), a sua obra encontra-se hoje em dia praticamente esquecida.
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