quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Diário duriense


“O Rio da Amargura (Diário de Mercedes)” de Eurico Figueiredo

«No momento em que inicia uma nova fase da sua vida, Mercedes sente a necessidade de escrever um diário. Prestes a embarcar na aventura de gerir a sua própria quinta no Douro, ela sabe que tem muito para aprender. O diário serve-lhe de registo às suas experiências, não só no crescimento a nível profissional, mas também na sua vida pessoal e numa investigação em que decide embarcar. O resultado é uma visão pessoal de muitas histórias que não a sua, e também o retrato de uma mulher com uma visão muito clara da evolução do Douro através do tempo.
Várias histórias se cruzam ao longo deste romance, o que, desde logo, surpreende, tendo em conta a brevidade da narrativa. Mais que a história de Mercedes, O Rio da Amargura serve como base para uma análise da situação do Douro em termos políticos e económicos, bem como para o desenrolar de múltiplas pequenas histórias relativas aos que rodeiam a protagonista. E nestas histórias há de tudo um pouco, desde o estranho julgamento do caso Carta e a história do papel que este homem terá desempenhado, aos pequenos mistérios da vida pessoal do marido de Mercedes, com as características da sua doença a terem um papel fundamental nas motivações para a investigação sobre Carta. Há, até, um toque de sobrenatural na influência exercida pela bruxa de Vermiosa, primeiro na vida de Rui, depois, em menor grau, na de Mercedes. Muitos elementos cruzados, portanto, e todos narrados na primeira pessoa por uma protagonista forte, determinada e com uma curiosidade insaciável.»
[Carla Ribeiro, blogue As Leituras do Corvo]
Repleto dos sons, sabores, cores e paisagens do Douro, O Rio da Amargura prende-nos do princípio ao fim. Acompanhamos as aventuras e desventuras de Mercedes com a mesma intensidade com que a protagonista as viveu, da sua paixão pelo Douro, das suas descobertas das pequenas e grandes histórias que fizeram a região, até aos seus amores mais ou menos felizes, passando pela sua luta, como produtora do Douro, com as hilariantes e penosas burocracias tão genuinamente portuguesas.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos: “A Agave Só Floresce Uma Vez – Ciclo Duriense 1”, “No Reino de Xantum – Os Jovens e o Conflito de Gerações” e “Pátria Utópica – O Grupo de Genebra revisitado” com António Barreto, Ana Benavente, José Medeiros Ferreira, Valentim Alexandre]

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