“O Manco Entre Deus
e o Diabo” de António Sá Gué
O
Manco é uma figura que procura a sua unidade, enquanto ser humano, entre a dura
realidade em que sobrevive e a busca de uma religiosidade que parece não lhe
trazer respostas. Uma figura que se busca entre o seu mundo interior e
exterior. O Manco - Entre Deus e o Diabo é um grito em silêncio de
uma revolta contida.
Prefácio
de Ernesto Rodrigues, Presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes
Deixou-se
ir naquele enlevo doentio da dor, cavalgou no dorso do rugir do leão, trepou as
paredes como animal demoníaco, desafiou a gravidade e suspendeu-se no tecto da
sua gruta recôndita como morcego hematófago e, imóvel, ali ficou a alimentar-se
do seu sofrimento, a deixar crescer dentro dele aquele animal que lhe rasgava o
peito e o devorava a partir de dentro. Ali ficou a olhar-se do alto, a
sentir-se, a perscrutar os movimentos do bisturi, a observar-se mutilado mas
ainda a sentir a dores fantasmas de uma parte de si já inexistente.»
Disponível
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila
Real...
[também do autor os títulos:
“Ultreia – Caminho Sem Bermas”, ”Na Intuição do Tempo”, “As Duas Faces da
Moeda”, “Fermento da Liberdade”, “Fantasmas de Uma Revolução”, “Contos dos
Montes Ermos”, “Quadros da Transmontaneidade”]
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