“Amor
de Perdição” de Camilo Castelo Branco
«Faz-me tristeza
pensar eu que floresci nesta futilidade da novela…», escreveu Camilo
referindo-se em 1879 ao Amor de Perdição. O que porém ali floresce é a arte de
Camilo, sobretudo o que faz a sua grandeza: a liberdade do romancista diante da
novela. Abel Barros Baptista
A Imprensa
Nacional-Casa da Moeda (INCM) publicou, com edição crítica do investigador Ivo
Castro, o romance "Amor de Perdição", de Camilo Castelo Branco,
editado pela primeira vez há 150 anos.
Em declarações à
Lusa, fonte da INCM afirmou que "este é o primeiro título de uma série de
obras do escritor, que se vão publicar".
"Não iremos
publicar toda a imensa obra de Camilo, mas alguns títulos escolhidos. O próximo
será 'O Regicida'", adiantou a mesma fonte, sem avançar uma data.
A edição da INCM
segue a edição de 1879, revista por Camilo Castelo Branco que a prefaciou, e
foi publicada pela Livraria Moré.
A edição da INCM
inclui ainda o prefácio à segunda edição do romance, em 1863, e uma carta que
Camilo escreveu ao então ministro António Fontes Pereira de Mello, redigida a
partir da cadeia da Relação do Porto, em setembro de 1861.
Na missiva, Castelo
Branco afirma que "muita gente está persuadida que ministros de Estado não
leem novelas", mas "é um engano", remata o escritor que, de
forma irónica, acrescenta que ouviu certa vez um governante discorrer sobre os
caminhos-de-ferro. [Ricardo Simões Ferreira, Diário de Notícias]
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos: “Livro
Negro de Padre Dinis”, “Livro de Consolação”, “Memórias do Cárcere”, “O
Regicida”, “Theatro (Patologia do Casamento, O Morgado de Fafe em Lisboa, O
Condenado)”, “O Vinho do Porto – Processo de uma Bestialidade Inglesa”; “Eu,
Camilo” de António Trabulo, “A Guerrilha Literária: Eça de Queiroz / Camilo Castelo
Branco” de A. Campos Matos, “Ana, a Lúcida (1831-1895) – Biografia de Ana
Plácido – a mulher fatal de Camilo” de Maria Amélia Campos, “Camilo – Génio e
Figura” de Agustina Bessa-Luís, “Camilo – Quando Jovem Escritor” de Francisco
Martins; “Camilo Castelo Branco por Terras de Barroso e Outros Lugares” de
Bento da Cruz, “O essencial sobre Camilo” de João Bigotte Chorão, “Chamo-me...
Camilo Castelo Branco” de Sara Figueiredo Costa, ilustração de Alexandra
Agostinho, “Memórias Fotobiográficas (1825-1890) de José Viale Moutinho]
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