“Escrever é deixar
ao Mundo uma Suspeita” alberto augusto miranda
X – rasura
tectónica
“Cada axila é um ninho no impulso da
abertura. Os braços soltam aves canoras que ascendem no voo.”
‘spabilanto, fátima vale
Miam-me aos genes
durante a hélice do trovejante. Sussurrada na alvura do osso mineralizado.
Sibila-me nas
escarpas do epicarpo nervoso. Os ódios que te têm. Pelo fluido incerto do seio
primordial.
Mortifica-me com as
veias que não me pulsam.
Afiam-me os bigodes
do sono e a cauda da morte.
Mutila-me a vagina
que me respira debaixo do braço.
Implode-me dentro
do teu ventre.
«Bruno Miguel
Resende começa o seu livro atribuindo à teatralidade um papel capital (põe
precisamente, como Artaud, os mistérios de Elêusis como paradigma do teatro
autêntico). Ele faz daí o “lugar” da emergência do paradoxal. O paradoxo não se
opõe ao verdadeiro mas ao que nos parece ou aquilo que entendemos ser
verdadeiro. O fim do paradoxo é para a filosofia o começo da verdade. O
paradoxo é por isso a condição da possibilidade do pensamento. “Ora a verdade -
como nos diz - escreve-se e enterra-se. Desenterra-se e reescreve-se (…)
Confirma-se algo pela sua descendência” (pág. 13).» Alexandre Teixeira
Mendes
porque não nascemos
para ser cabides
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos
“descravidades” e “esquila divinorum”]
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