“Douro & Duríades – Memórias de uma região e das suas gentes” de Robert Manners Moura
Súmula: Este livro, numa perspectiva literária e através da saga de uma família multinacional duriense, apresenta uma certa visão do Douro, em geral, e do Alto Douro, em particular. Revela uma parte do mundo físico e anímico do autor, através de uma «viagem» pela sua terra de adopção. Contudo, depois de muitos anos dedicados à Pesquisa e à Pedagogia, este trabalho contém, igualmente, um acervo de informações, ligadas não só à inevitável temática vitivinícola, como também à Paisagem, ao Ordenamento do Território, à Conservação da Natureza, à Sociologia, à História, à Política, etc.
«Este livro é o romance do Douro, principalmente do Alto Douro, e das suas gentes, perpassando pelas suas páginas não só o testemunho de uma paisagem e de algumas épocas como uma galeria de personagens, reais e imaginárias, de grande riqueza.
Várias famílias e personagens, de diversas origens e em diferentes épocas, convergiram para o Alto Douro. Destas, algumas fixaram-se em Bagaúste, ou, antes, nos seus «bastidores», pois atrás da pequena e modesta estação de caminhos-de-ferro de outrora, edificada na encosta do contraforte da grande barragem que foi construída posteriormente, oculta-se um «covão» fisiográfico, difícil de detectar por quem viaja pelo vale abrupto que contém o Rio Douro e que é, simultaneamente, um canal de comunicação para quem viaja por estrada, pelo caminho-de-ferro ou por barco, entre a Régua e o Pinhão ou vice-versa.
Esta fisiografia especial é quase um «ninho», preenchido por duas quintas Durienses, chamadas neste romance de Quinta do Vale Torto e de Quinta dos Zambujeiros. É aqui que se desenvolve a saga de uma família multinacional, num enredo que começa com as origens da família, romanescamente ligadas a várias figuras históricas.
Entre a vida quotidiana de uma quinta Duriense típica, começam os mistérios e as tentativas de os resolver: será que o ouro do Brasileiro é um mito ou uma realidade? Porque existe a Cova da Pequena Estrela, no mais improvável dos lugares? Quem a fez ou o que a fez? Quem construiu a Torre de Abades? É ela um antro de espectros ou, antes, uma «janela» para tentar perceber o próximo e o longínquo? Pertenceu a Quinta dos Zambujeiros ao célebre Barão de Forrester? Estariam as cartas descobertas na quinta relacionadas com o Barão? Está a família ligada aos Távoras e à sua história pombalina de infortúnio e mistério?
Que o Alto Douro tem a contar em termos da política, pretérita e presente, e qual a sua hipotética participação na «Revolução dos Cravos», depois de um passado de actos clandestinos, aquando da Guerra Civil de Espanha? Terá o Douro e o Alto Douro soluções para os problemas agrícolas, ambientais, económicos e tecnológicos, numa época de transição para uma globalização imparável e concorrencial, numa Europa em transes de união?
Por que razão Abel José, a personagem que é o fio unificador da trama deste romance, se apaixonou por Erica, a menina de cabelos rubros que a II Guerra Mundial trouxe da Áustria? Por que motivo uma passada paixão de praia veio complicar este romance?
Conseguirá resposta para as suas interrogações telúricas, cósmicas, filosóficas e até religiosas?»
Quem é o autor Robert Manners Moura?
Robert Manners Moura nasceu em Moçambique e cresceu no Alto Douro, mais precisamente na Régua e em duas quintas dos seus arredores. Na verdade, ele só emprestou a mão ao real autor, que é o contexto cultural em que viveu e ao qual tudo deve.
Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real.. .
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