“Fermento da
Liberdade” de António Sá Gué
Tempos houve, e não
estão muito distantes, em que o regime salazarista continuado pelo caetanismo
se enraizava na sociedade através de dois fortes espigões. A polícia, que se
apelidava de defesa do estado, de longos e sinuosos braços, e por um exército
ufanado por um oco prestígio, adormecido, também ele, à sombra do obscurantismo
do povo, alfobre dessas duas vértebras que o mantinham erecto.
Esses três princípios, força, medo e obscurantismo, que norteavam a sociedade da época, e que este livro tenta personificar, minaram-na, criaram injustiças profundas, apodreceram-na de tal forma que, de repente, a parede assente nesses valores desprezíveis, ruiu. Desmoronou-se no 25 de Abril.
Esses três princípios, força, medo e obscurantismo, que norteavam a sociedade da época, e que este livro tenta personificar, minaram-na, criaram injustiças profundas, apodreceram-na de tal forma que, de repente, a parede assente nesses valores desprezíveis, ruiu. Desmoronou-se no 25 de Abril.
A Marília, a sua filha, devido ao seu feitio revolucionário vê-se envolvida nas
lutas estudantis nos anos 60. É perseguida e refugia-se em França, onde toma
contacto com a resistência organizada em Paris. Volta. É nesse regresso que é presa
pela PIDE e esse é o leitmotiv para a alma do coronel Fontelo que, perante
factos familiares, vai ser tocada pelas injustiças e malvadez do regime e
entrará na porta da democracia que se adivinha.
“Fantasmas de Uma
Revolução” de António Sá Gué
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