sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Trás-os-Tempos: tempo temporão, tempo meão, tempo tardão

“Trás-os-Tempos” de Francisco Manuel R. Alves

«A luz de um objeto que avistamos no espaço, luz essa que se libertou há milhões de anos, no momento em que chega até nós estamos a observar o passado, a partir do presente.
É assim este livro: o autor observa «o-seu-tempo» a partir do presente. E não é um tempo absoluto, estático, newtoniano, apesar de o contabilizar. É um tempo pluridimensional, um tempo espacial, um tempo emocional, um «espaço-tempo» que o unifica e que nos unifica. Com ele percebemos a natureza das coisas e de onde provieram, com ele percebemos porque somos como somos.» António Sá Gué


Francisco Manuel Rodrigues Alves, nasceu em 1950, na aldeia de Varge, Bragança, é deficiente visual desde a juventude e  estudou  os primeiros anos nos Seminários de Vinhais e de Bragança, concluindo o ensino secundário no Liceu Camões em Lisboa. Estudou Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa, onde concluiu a Licenciatura em 1981 e o Mestrado em 2003, e foi professor de Filosofia e de Psicologia na Escola Secundária Pedro Alexandrino da Póvoa de St.º Adrião.
Participou ativamente na fusão das Associações de Cegos que levou à criação da ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal) em 1989, tendo sido o Presidente da Comissão Instaladora e o Presidente dos dois primeiros mandatos da Direção Nacional desta Associação.
Foi um dos responsáveis pela organização do desporto para cegos em Portugal e em 1988 foi eleito Presidente da Federação de Desporto para Deficientes, Federação que integra todas as áreas da Deficiência, (Motora, Mental, Paralisia Cerebral, Auditiva e Visual) e na qualidade de Presidente desta Federação integrou as Delegações de Portugal aos Jogos Paraolímpicos de Atlanta de 1996 e de Sidney em 2000.
Em 1995 organizou o I Congresso da ACAPO e o Seminário de Formação Associativa dos Cegos dos Países de Expressão Portuguesa, e fez conferências sobre a temática do associativismo e do desporto para deficientes em Portugal, Macau, Angola e Espanha.
Foi fundador e diretor da revista da ACAPO, "Luís Braille", revista que reflete o associativismo dos cegos e onde criou, entre outras, a rubrica “Humor Cego”, protagonizada pela personagem Jeremias Bengaladas.
Em 1989 ganhou o prémio Branco Rodrigues com o trabalho "Depoimento dum Professor Cego: O meu itinerário intelectual e vivencial e a alegria de viver", publicado na revista “Diálogo” do Ministério da Educação, tendo ainda conquistado o primeiro prémio de um concurso organizado pela Associação de Cegos Luís Braille com o conto “Viagem no Tempo”. , publicado em “Poliedro”, revista editada em braille.

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