sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Da PERIFÉRICA pena de Rui Ângelo Araújo

“Os Idiotas” de Rui Ângelo Araújo

Eis uma antevisão do que será o livrinho:

Sendo o primeiro a ir ao prelo, 'Os Idiotas' não é o meu primeiro romance. É o terceiro. Avançou em vez dos outros porque houve uma editora catalã que se deixou enganar e porque diz-se que uma parte da obra a torna particularmente adequada à saison.



A editora descreve-o assim:

«O Lúcio, o Luís, o Óscar, o Avelino, o Sérgio e o Vasco foram em tempos pessoas quase normais, projectos individuais de cidadania como outros quaisquer. O que hoje são e aquilo a que se dedicam não se resume tão facilmente, embora possamos tentar encontrar uma tímida explicação na trágica convergência de certos eus e de determinadas circunstâncias. Aos idiotas, ainda por cima, calhou-lhes B
Đào Nha como país, um pedaço de terra que lhes impõe uma visão do mundo apocalíptica e irada, a de um presente desértico a cavalgar para um futuro impossível, estilhaçado pela corrupção e por uma montanha compacta de sobreposições non sense. Os idiotas poderiam ter permanecido assim, em desequilíbrio perfeito, para sempre, mas a chegada de Helen, uma mulher misteriosa e dorida, vem catalisar o inevitável.
Romance futurista? Não... Os idiotas acontece hoje, aqui e agora. Os idiotas acontece-nos. ‘O que quer que sejamos, somo-lo por oposição aos cretinos, que são o resto das pessoas' diz, algures, o Lúcio. E, se calhar, diz bem.»

O AUTOR

Um ex-baixista que depois de ter enterrado duas revistas resolveu pôr-se a escrever romances — e com isso provavelmente cavou a sua própria sepultura.


Rui Ângelo Araújo (Pedras Salgadas, 1968)

Fundou e dirigiu o 'Eito Fora – Jornal de Vilarelho' (1998-2002), uma publicação cultural da região de Trás-os-Montes, mas que não cabia nela. Posteriormente, fundou e dirigiu a revista literária, artística e crítica 'Periférica' (2002-2006), a 'new yorker portuguesa', com distribuição nacional e hipérboles ibéricas (‘la mejor revista cultural lusa se 'cuece' en una aldea remota’, jurava o ‘El Mundo’). Escreveu algumas dezenas de contos e três romances, todos afinal indignos de ‘imprimatur’. Mantém o blogue 'Os Canhões de Navarone', onde verbera o país ou se senta a observar a vida selvagem em volta. Numa era remota tocou viola-baixo. Hoje… Hoje vacila no seu desempenho do Quixote, mas a culpa é da realidade.

NÃO HAVERÁ BORLAS
Agora que o livrito está a sair da tipografia, impõe-se o aviso: atendendo ao meu compromisso com a editora (o de enriquecermos ambos rapidamente), não haverá borlas na distribuição de 'Os Idiotas'. Sendo em parte catalogável como um divertimento, o livro é para ser levado tão a sério quanto os divertimentos de Mozart (embora o leitor possa tossir e, sobretudo, bater palmas a meio dos capítulos). Ninguém precisa de smoking para assistir a 'Os Idiotas' — mas precisa de comprar bilhete.


Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...

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