quinta-feira, 12 de julho de 2012

linha do tucum (Amazônia, Brasil)


“Linha do Tucum – artesanato da amazônia – Projeto socio ambiental no vale do Rio Juruá”
coordenação editorial Vera Frões Fernandes
Na sequência da participação da Traga-Mundos no VIII CITURDES – Congresso Internacional sobre Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentável – “Turismo Rural em tempo de neoruralidades”, nos dias 25, 26 e 27 de Junho de 2012, no Pólo da UTAD em Chaves (Portugal), Gabriel Domingues, pesquisador do IECAM (Brasil), teve a amabilidade de nos deixar esta obra belíssima, descrevendo e ilustrando a riqueza deste projecto.

«A montagem da oficina-escola de artesanato foi realizada em conjunto com os artesãos e outros moradores do seringal, que em muito contribuíram para a sua realização. Foram levantadas três estruturas, uma oficina de montagem, uma oficina de máquinas para o beneficiamento das sementes, e uma pequena casa para abrigar os motores de luz e água, adquiridos com recursos do projeto.
O início das oficinas de beneficiamento deu-se no mês de dezembro de 2008, quando foram concluídas as obras da oficina das máquinas com a instalação do maquinário e da oficina de montagem. Os artesãos receberam capacitação na instalação, funcionamento e manutenção de todo o equipamento.
Os alunos-artesãos começaram a receber instruções sobre serragem, polimento e furo das sementes. No mês de janeiro cerca de 45kg de sementes que começaram a ser furadas e polidas já estavam catalogadas e dispostas na estufa. Delas destacam-se: patoá, sabão de macaco, mulungu, pxiubinha, pxiubão, tucumã, mucunã e açaí. Além das sementes estavam sendo trabalhados rodelas de tucumã, bambu e corrimboque.»

«As oficinas de educação agroflorestal seguiram no intuito de estimular o manejo ecológico das espécies arbustivas e arbóreas de interesse da comunidade, principalmente as utilizadas no artesanato. Durante a permanência da equipe no final de janeiro e início de fevereiro foram realizadas quatro oficinas de agrofloresta, durante as quais houve o semeio de açaí, tucumã e coco uricuri e o plantio de andiroba, sororoca e castanha elétrica ao redor da oficina. Também foram transplantadas algumas mudas das plantas que foram semeadas durante a primeira expedição em outubro. Houve aulas sobre o intercâmbio de sementes realizado com a comunidade Vila Céu do Mapiá no rio Purus, em que foi explicada a importância dessa atividade para a diversificação das espécies arbóreas que possuem interesse para as duas comunidades. Os biólogos Alexandre Quinet, Marcus Athaydes e Nina Lys também ministraram aula sobre alguns procedimentos de coleta de plantas para serem catalogadas em herbário.»

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real (Portugal)...


Sem comentários:

Enviar um comentário