quinta-feira, 19 de julho de 2012

A poesia é um jogo...


“A Tentação de Santo Antão” de António Cabral
Prémio Nacional de Poesia Fernão de Magalhães Gonçalves, em 2007

POSFÁCIO
A poesia é um jogo e os poetas sentem-no bem, quando efectuam sobre o abismo que ela nos abre, um salto mortal.

Um riso de vogal a subir a uma consoante exemplifica o jogo como alegria.

Entre a ciência e a poesia há pelo menos esta diferença abissal: a ciência fica do lado de cá e a poesia do lado de lá, sobre as árvores.

Ver ondular os trigais no pão que se come.
*
Levas para a cama o que resta de cada dia, semelhante a uma ponta de cigarro, e deixa-lo ainda a fumegar na concha da mesa-de-cabeceira. É por isso que no dia seguinte a concha continua vazia. Até o filtro ardeu. Arde tudo. O que é que não arde, estas palavras culpáveis inclusive?

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também “Entre o Azul e a Circunstância”, “Ouve-se Um Rumor + Entre Quem É”, “Antologia dos Poemas Durienses”, “O Riu Que Perdeu As Margens” e “Bodas Selvagens”]

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