“Lourenço
Marques” de Francisco José Viegas
Esta é
a história de um homem que sonhava com Lourenço Marques. Não com a Lourenço
Marques colonial e militar - apenas com «a cidade das acácias, a pérola do
Índico», a cidade onde amou pela primeira vez. Vinte e sete anos depois de ter
saído de Moçambique, ele regressa para procurar uma mulher, Maria de Lurdes
(aliás Sara): de Maputo a Pemba e a Nampula, da Ilha de Moçambique ao Lago
Niassa, essa busca transforma- se num discurso iniciático sobre a nostalgia de
África, o encontro com Deus, a felicidade, a aceitação, o arrependimento, o
amor que se perde e a vida que não se viveu. Ao longo dessa viagem encontra
Domingos Assor, um polícia que investiga o assassinato de Gustavo Madane, um
ex-combatente nacionalista caído em desgraça - e que tem visões, durante as
quais pensa ser um «rabino negro e perguntador», que confunde o monte sagrado
dos macuas, o Namuli, com o Sinai do deserto egípcio. Ouve as palavras do xehe
da mesquita da Ilha de Moçambique, que lhe recita, de trás para a frente, os
versículos do Corão. É tratado pelo último médico branco de Lichinga, no
Niassa, que ali aguarda a chegada da morte depois de ter sido abandonado pela
mulher e de saber que tem cancro. E recorda a Lourenço Marques dos anos setenta
como a metáfora dessa vida interrompida pela guerra e pela felicidade dos
outros.
Disponível
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila
Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an
Bila Rial...
[disponível
também do autor os seguintes títulos: “Morte No Estádio”, “Um Crime Na Exposição”,
“Um Crime Capital”, “Um Céu Demasiado Azul”, “O Coleccionador de Erva”, “As
Duas Águas do Mar”, “Longe de Manaus”, “O Mar Em Casablanca”, “A Poeira Que Cai
Sobre a Terra e outras histórias de Jaime Ramos”; “Liberal à Moda Antiga”,
“Dicionário de Coisas Práticas”; “Metade da Vida”, “Se Me Comovesse o Amor”]
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