domingo, 31 de janeiro de 2016

ervas aromáticas


ervas aromáticas
das artes da cooperativa Rupestris

ideal para: cheirar | comer | beber | ferver | temperar | cuidar | repelir | decorar

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...


sábado, 30 de janeiro de 2016

Passo a passo, tiro a tiro - médico e caçador


“Passo a Passo, Tiro a Tiro” de Ângelo Sequeira

«Trata-se da primeira obra editada pela mil@ editores (Prosas e Tradições, Lda.) e é da autoria do Dr. Ângelo Maria Cardoso Sequeira, ilustre médico ginecologista e exímio caçador.

Começou a caçar ainda adolescente, com o seu pai, irmãos e primos. As suas histórias de caça, os episódios pitorescos relatados numa linguagem acessível, divertida e fundamentalmente humana, fazem deste livro um autêntico "oásis" para os caçadores (e não só), permitindo-lhes até esquecer a escassez de caça, nos nossos dias.
Uma obra a não perder.» Gualter Furtado, blog Santo Huberto

«Trata-se de uma obra de leitura obrigatória pela forma genuína como um Médico e Caçador nascido em Trás-os-Montes descreve a sua paixão pela caça.

É importante que relatos como este sejam publicados, para que os mais novos e a nossa sociedade compreendem que a caça quando praticada com amizade, amor pelos nossos companheiros cães, respeito pelas espécies cinegéticas e meio ambiente, é uma arte nobre e que vale a pena viver.

O Dr. Ângelo Sequeira tem hoje uma das maiores Bibliotecas de Cinegética do País e atrevo-me a dizer do Mundo, o que diz bem da forma como viveu e vive a Caça.

Obrigado pois, por mais este contributo para a defesa da Caça.» Gualter Furtado, blog Santo Huberto

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[também disponível do autor o título: “Toneco”]

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Miguel Torga - poeta pintor


“Miguel Torga – O Poeta Pintor” de Maria Fernanda do Amaral Soares

" [...] Neste seu ensaio, Maria Fernanda Soares quis pontuar a sua reflexão em 6 etapas a partir de 12 poemas de Miguel Torga, privilegiando a dimensão telúrica da obra como um grito (mas também um suspiro, uma exclamação ou uma prece) saídos das entranhas mais fundas do ser poético de Miguel Torga,
Por aqui perpassa ao mundo, as estações do ano, as etapas com que a natureza vai vestindo ou despindo a paisagem. Perpassam pintores – Falcão Trigoso, Frederico, Aires, Silva Porto, Emílio de Paula Campos, José Malhoa, Raimundo Machado da Luz, António Melo – recantos da nossa terra em gestos e afectos de quem trabalha a (nossa) terra - a vindima, o gesto do semeador, a terra lavrada, a seara, o quadro outonal, a planura do Alentejo, a serra transmontana, o bosque, o ninho –, momentos únicos de cor e de luz, de uma alvorada em que o contorno do vida começa a despontar ou de um entardecer que a embala e adormece.
Não caiu a autora na tentação de apenas aproximar a superfície (estilística) dos poemas da mera textura plástica de telas famosas, de tão-só procurar similitudes que se exprimem na superfície de um desenho, de uma forma, de uma matéria ou de uma cor. O seu desejo foi tocar a sintonia de sensibilidades e de emoções que a natureza acorda em almas destinadas a olhar e a ver o mundo por dentro. Na imagem captada pelo pintor como na expressão sensível com que o poeta a diz se ultrapassa pois a coisa vista, o mero e aparente espectáculo do mundo que se oferece a um olhar que vê ou a uma mão que escreve: aqui, é o próprio mundo que, no tangível ou no intangível da vida, na exuberância ou na tristeza, na sensualidade ou na nostalgia, está fenomenologicamente perante nós, tão pudico e frágil quanto palpitante de desejo.
E é neste diálogo das musas, neste cruzamento de duas formas de escrever o mundo, de o fixar em representação que o tornam tão perene e tão único na essência do que foi quanto mutável e múltiplo na substância do que é – que cada um de nós se atreve a inscrever-se (como se sujeito dele fosse), emprestando-lhe o nosso próprio engenho e emoção, a nossa própria história carregada de todas as (nossas próprias) palavras e imagens em busca de sentidos. Palavras e imagens livres, talvez se calhar até resistentes ao sentido, não por ausência mas por excesso. Hieróglifos espirituais que não se oferecem a uma qualquer (insensível ou mecânica) explicação ou decifração.

Miguel Torga, o poeta pintor é um ensaio feito com a inteligência do coração. Cuidadosamente escrito e composto, nele a autora encontra não um Torga solitário e ensimesmado, mas um Torga aberto ao mundo e sensível à beleza e à força de uma natureza de que se sente irmão. Um Torga que se encanta e se emociona, que vibra e respira ao ritmo da vibração e da respiração do mundo.[...]» Cristina Robalo Cordeiro, em apresentação

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recordamos que temos o compromisso de sempre disponibilizar a obra completa de Miguel Torga: poesias, diários, teatro, contos, romance, ensaios e discursos; também os títulos “Dar Mundos Ao Coração – Estudos sobre Miguel Torga” organização de Carlos Mendes de Sousa, “Miguel Torga – o simbolismo do espaço telúrico e humanista nos Contos” de Vítor José Gomes Lousada, “A Obrigação, a Devoção e a Maceração (O Diário de Miguel Torga)” e “O essencial sobre Miguel Torga”de Isabel Vaz Ponce de Leão; “Miguel Torga – A Força das Raízes (Um itinerário transmontano)” e “Dois Homens num só Rosto – Temas Torguianos” de M. Hercília Agarez, “Uma longa viagem com Miguel Torga” de João Céu e Silva, “Miguel Torga: O Lavrador das Letras – Um Percurso Partilhado” de Cristovão de Aguiar, “A Viagem de Miguel Torga” de Isabel Maria Fidalgo Mateus, “Miguel Torga – o drama de existir” de Armindo Augusto, “Ser e Ler Miguel Torga” de Fernão de Magalhães Gonçalves; também os álbuns de Graça Morais (“Um Reino Maravilhoso”) e de José Manuel Rodrigues (“Portugal”); “O meu primeiro Miguel Torga” escreveu João Pedro Mésseder, Inês Oliveira ilustrou; “Entre Quem É! – Tradições de Trás-os-Montes e Alto Douro no Diário de Miguel Torga” e “Negrilho – Homenagem a Miguel Torga” de Maria da Assunção Anes Morais; “Miguel Torga – O Simbolismo do Espaço Telúrico e Humanista nos Contos” e “Viajar com... Miguel Torga” de Vítor José Gomes Lousada; “Miguel Torga e a Pide – A Repressão e os Escritores no Estado Novo” de Renato Nunes; “Casticismo em Unamuno e Torga” de Carlos Carranca]

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

revista Colégio Campos Monteiro


Revista “Colégio Campos Monteiro – Espaço de Cultura e Memória”

«A revista é dedicada a temas culturais, histórico-patrimoniais e sociais de Torre de Moncorvo e da Região, nela participando as pessoas que entenderem dever contribuir para a disseminação do que, meritoriamente, deve ser do conhecimento público. Com esta componente, pretende-se divulgar textos de nível técnico-científico com reconhecido interesse geral, sendo exigíveis critérios de
publicação de nível académico reconhecido.
Outra área de intervenção pretende versar, por imperativo relacionado com a história dos muitos jovens que passaram pelo Colégio Campos Monteiro, ou que mantiveram ou ainda se envolvem no espaço social da Vila e da Região, vivências pessoais e colectivas, no sentido de rememorar momentos de fraternidade, e divulgar aspectos lúdicos e noticiosos que, manifestamente,
despertem curiosidade.» In: Editorial

Autores que participam: Adelaide Moreira, Alberto Areosa, Álvaro Leonardo Teixeira, Ana Amália Horta, António César Mota, António Júlio Andrade, António Manuel Monteiro, António Sá Gué, Arnaldo Silva, Aurélio Ferreira, Branca Neto Parra, Carlos d’Abreu, Carlos Carvalheira, Carlos Prada de Oliveira, Carlos Sambade, Celeste Castro, César Rodrigues, Conceição Salgado, Cristina Den Ouden Salgado, Emilio Rivas Calvo, Júlia Barros Guarda Ribeiro, Júlio Filipe Seixas da Rocha, Manuel Serapicos, Maria Barroca Gil Lopes, Maria Otília Pereira Lage, Paulo Patoleia, Ramiro Manuel Salgado, Virgílio Monteiro, Zelda Simões.

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[também disponível o título: Revista Colégio Campos Monteiro – “Ensino e República”, Outubro 2010]


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

(Trans)Figurações do Eu em Camilo Castelo Branco


“As (Trans)Figurações do Eu nos Romances de Camilo Castelo Branco (1850-1870)” de David Frier

«Centrando a sua interpretação da obra camiliana em nove romances publicados entre 1850 e 1870 — Anátema, Onde Está a Felicidade?, Um Homem de Brios, Carlota Ângela, Amor de Perdição, O Romance de um Homem Rico, Amor de Salvação, A Queda de um Anjo e O Retrato de Ricardina —, o autor do presente estudo procura demonstrar que Camilo, sendo um sentimental, que partilha com muitas das maiores figuras da literatura moderna uma preocupação profunda pelas questões de desempenho e identidade pessoais, no entanto, não a exterioriza de um modo que os leitores modernos possam reconhecer facilmente, nos seus romances, a sua própria experiência de vida, preferindo sacrificar essa perspectiva ao desenvolvimento da intriga. Não obstante, o ensaio pretende também mostrar, intencional e claramente, que os reptos com que as criações ficcionais camilianas se defrontam prefiguram, de certo modo, o processo de projecção externa que viria a ser mais explicitamente desenvolvido por Fernando Pessoa.
David Frier é professor na Universidade de Leeds, no Reino Unido.». In Editorial


Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível os títulos: “Amor de Perdição”, “O Regicida”, “O Demónio do Ouro”, “Livro Negro de Padre Dinis”, “Livro de Consolação”, “Memórias do Cárcere”, “O Regicida”, “Theatro (Patologia do Casamento, O Morgado de Fafe em Lisboa, O Condenado)”, “O Vinho do Porto – Processo de uma Bestialidade Inglesa”, “A Queda Dum Anjo”, “Novelas do Minho – Um Retrato de Portugal”, “Mistérios de Lisboa” Vol. I, II e III, “A Vingança”, “Maria Moisés”, “O Bem e o Mal” fixação do texto por Manuel Celestino Martins Neves; “Eu, Camilo” de António Trabulo, “O Penitente (Camilo Castelo Branco)” de Teixeira de Pascoaes, “A Guerrilha Literária: Eça de Queiroz / Camilo Castelo Branco” de A. Campos Matos, “Ana, a Lúcida (1831-1895) – Biografia de Ana Plácido – a mulher fatal de Camilo” de Maria Amélia Campos, “Camilo – Génio e Figura” de Agustina Bessa-Luís, “Camilo – Quando Jovem Escritor” de Francisco Martins; “Camilo Castelo Branco por Terras de Barroso e Outros Lugares” de Bento da Cruz, “O essencial sobre Camilo” de João Bigotte Chorão, “Viajar com... Camilo Castelo Branco” de Aníbal Pinto de Cstro e José Manuel de Oliveira, “Chamo-me... Camilo Castelo Branco” de Sara Figueiredo Costa, ilustração de Alexandra Agostinho, “Memórias Fotobiográficas (1825-1890)” e “Camilo Castelo Branco e o garfo” de José Viale Moutinho; “A Freira No Subterrâneo” com o português de Camilo Castelo Branco]


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

testemunho: de uma visita...

«Um pedaço ENORME de Trás-os-Montes

Tragamundos - Livros e Vinhos, Coisas e Loisas do Douro

UM REINO MARAVILHOSO

Ali em Vila Real, se descermos da igreja de São Pedro para a rua Miguel Bombarda, guiados e, com certeza, aconselhados, bem aconselhados, pelo santo pescador, descobrimos a TRAGAMUNDOS - LIVROS E VINHOS, COISAS E LOISAS DO DOURO, espreitando para o Corgo e alongando o olhar sobre a Universidade. 

Logo num primeiro reparo adivinhamos tratar-se dum espaço muito especial. A carta de visita no exterior chama-nos a atenção e aguça-nos a curiosidade. Uma loja de artesanato!? Uma livraria!? A montra apresentasse-nos replecta de livros, salpicada de artesanato e produtos regionais. Uma livraria, fundamentalmente, deduz-se. Deduz-se e acerta-se. A grande missão do espaço são os livros. São os livros sim, mas não quaisquer livros, percebe-se num olhar mais atento. Livros especiais, muito especiais, livros sobre Trás-os-Montes e Alto Douro ou autores da região. Mas as amostras de artesanato e productos regionais fazem também nascer água na boca. 

O impulso é irresistível! É, de facto. Passem, olhem e depois digam alguma coisa. Pois é, entraram, eu sei que sim! Entraram e, irresistivelmente, como que atraídos por um íman, pousaram os olhos numa mesa redonda logo à entrada. E lá estava o Padre Fontes na capa de um livro com os seus conjuros.

Não, os livros não estão arrumadinhos numa estante, onde mal se veem, nem tão pouco apilhados em lotes certinhos, nada apelativos, numa mesa sisuda. Estão ali naquela mesinha, misturados, enganadoramente desarrumados, uns debaixo dos outros, mas todos eles espreitando pelo canto do olho, aguçando-nos o apetite. E, de repente, descobrimos um Bento da Cruz. Pegamos-lhe, damos uma vista d´olhos e já a vista embateu num A. M. Pires Cabral. E, sem dar por ela, tropeçou até mesmo no “Vidas ilegais sem pecado”, vejam só.

Claro, folhearam o “Língua-Charra” com algumas dezenas de milhar de regionalismos e deliciaram-se. Já estou a imaginar: - Olha, “arrebunhar”! Na minha terra “tamém” se diz assim! Pois é, tudo ali nos faz mergulhar neste saboroso saudosismo transmontano-duriense!
Desconfio que, com um livrinho na mão para comprar, estenderam o olhar pela livraria e…, ops…, ali estava o tal REINO MARAVILHOSO que Torga tão bem descreveu! Sim, é verdade, olha-se e sente-se no ar o cheiro desse “nunca acabar de terra grossa, fragosa, bravia”. E lá estão as fragas e os penedos que por aquelas bandas falam. E ali falam com a rudez e sem a rudez, mas sempre com beleza, a beleza ímpar da terra grossa, fragosa e bravia, em forma de livros. Em forma de livros de e sobre transmontanos e Trás-os-Montes, durienses e o Douro.
Pois, eu sei, estavam ainda entalados entre os penedios falantes que vos absorviam a atenção e já o olhar arrebatado se escapulia, espalhando-se pelo artesanato…, e pelo azeite…, e pelos licores…, e pelo mel…, e pelas compotas…, e pelos vinhos…! Enfim, rios dessa saborosa rudeza que fariam ougar e encher de inveja o próprio Douro, e o Tua, e o Corgo, e o Tâmega!
Mas os vinhos! Oh (!), os vinhos…! Alguns, velhos como a Pedra Bolideira! As garrafas aparecem-nos ilusoriamente forradas a teias de aranha e envelhecidas de cento e tal anos. Sim, não me recordo exactamente, mas pode-se encontrar ali néctar dos Deuses com mais de cem anos, sim, cem, não é lapso. O preço!? Bom, o preço tem a ver com o ano da producção! Imaginem, mil oitocentos e qualquer coisinha! Eu, bem…, eu fiquei-me pela vontade.

E a desvendar-nos todo este nunca acabar de pedaços das terras de aquém Douro, o António Alberto Alves, anfitrião empenhado na arte de bem receber que um dia resolveu regressar às origens e dedicar-se à promoção desta terra e das suas gentes, criando a TRAGA – MUNDOS, VINHOS E LIVROS, COISAS E LOISAS DO DOURO. O gosto pelo que faz percebe-se à medida que vai falando de cada livro enquanto dissemina o saboroso néctar dos vinhos e dos licores no nosso imaginário ougante ou nos conta uma deliciosa estória acerca da produção de uma compota ou de uma peça de artesanato! Com a Traga-Mundos, organiza tertúlias, apresentação de livros, encontros de poesia, exposições e percorre as feiras literárias, levando o tal Reino Maravilhoso por aí fora, mesmo até à Galiza.

Pois é, estamos a sair e, olhando de soslaio por cima do ombro, já nos dá vontade de reentrar, tentados por mais um vinho que nos ficou atravancado, e pelo “Vidas ilegais sem pecado” que, afinal, nos apetece descobrir!

Bem haja, António! Bem haja, TRAGA-MUNDOS, LIVROS E VINHOS, COISAS E LOISAS DO DOURO, um nunca mais acabar do Reino Maravilhoso!»

Venâncio Gonçalves

domingo, 24 de janeiro de 2016

O Menino Invisível


“O Menino Invisível” texto Paulo Pontes, ilustração Joana de Rosa

Esta é a história de um menino invisível, muito feliz, até ao dia em que a sua amiga lhe quis ver o rosto.
Mas afinal...
Se queres saber o que aconteceu terás que ler toda a história.

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[também disponível o título: “A Pedra Mágica” ilustração de Joana de Rosa]


sábado, 23 de janeiro de 2016

Abade de Baçal - vida e obra


“Abade de Baçal – Vida e Obra” de Adérito Branco

«Reitor de Baçal, Antigo Vereador da Câmara Municipal de Bragança, Antigo Vogal à Junta Geral do Distrito do mesmo nome, Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos, do Instituto de Coimbra, da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Etnológico da Beira, do Instituto Histórico do Minho, Presidente Honorário do Instituto Científico-Literário de Trás os Montes, Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de S. Tiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, em atenção às suas qualidades de escritor reveladas na obra "Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", distinguido pelo Clero Bragançano com a oferta dum cálix de valor artístico, com uma pena de ouro e um tinteiro no mesmo metal de alto valor artístico por oferta do Distrito de Bragança em reconhecimento dos seus trabalhos de investigação histórica em prol do mesmo, pedaço de asno se acredita que estas honrarias douram a sua muita ignorância, e ainda, ultimamente, Director-Conservador do Museu Regional de Bragança.» “Memórias arqueológicas-históricas do distrito de Bragança” (1909-1947), volume 5
 

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[também disponível o título: “A vida e a obra do Abade de Baçal em banda desenhada” textos e desenhos de José Rodrigues (Da Fonte)]

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Homenagem a António Cabral


A Traga-Mundos foi convidada a participar com uma banca de livros do autor, na sessão de homenagem a António Cabral, organizada pela Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal de Vila Real, pelo seu 4.º aniversário, incluindo a leitura de poemas pelo actor Fernando Soares, dia 27 de Janeiro de 2016, quinta-feira, pelas 21h00, no Centro Cultural de Vila Real.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O Douro Português, de Paradela a S. João da Foz


“O Douro Português – De Paradela a S. João da Foz, com passagem pela nascente” de Inácio Nuno Pignatelli, fotografias Fernando Ventura de Sousa

«Assiste-se nos livros de Inácio Pignatelli sobre o Douro a um constante diálogo entre dois seres que se amam, se respeitam e se completam. Porque, como diz Mestre Júlio Resende, em entrevista neste livro, o «Douro é um ser que respira. Que reflecte uma espécie de sentimento humano em tal dinâmica, que transmite o alegre e o trágico, a inocência e o presságio. Espelho do céu e do inferno. O seu trajecto iria impor uma enorme determinação vencendo obstáculos sem fim aos quais, afinal, o homem, respondeu num esforço hercúleo, para a sua sobrevivência». E são cerca de novecentos quilómetros desde o mistério do nascer entre meia dúzia de pedrinhas, no meio de uma pocinha de areia húmida, entre tufos de musgo, como uma pequena e tosca cruz de ferro a assinalar o lugar.» Júlio Couto, prefácio

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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

compotas: doces e geleias


compotas de Ad Justes
pelas artes da Associação para o Desenvolvimento de Justes

nova imagem | novas embalagens
inovação e sabores com a qualidade de sempre!

doce de tomate com maçã | doce de maça com canela | doce de maçã com hortelã | doce de maçã com laranja | doce de courgete | doce de pêra | doce de amora silvestre | doce de castanha com jeropiga | geleia de alecrim | geleia de hortelã pimenta | geleia de poejo | geleia de marmelo

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Neste cais, para sempre


“Neste Cais, Para Sempre” de Ernesto Salgado Areias

Os amores desencontrados dos irmãos Valentino e Mariana por Esperança e Damião marcam o percurso de toda a obra, desenvolvendo-se a narrativa num amplo espaço geográfico que se estende de Chaves a Lisboa e de Luanda a Paris.

Desde os encontros amorosos na aldeia de Vale do Monte em Barroso passando pelo cosmopolitismo de Paris e pala Luanda efervescente dos anos 60 as personagens deambulam pelo dédalo das suas vidas num tempo histórico concreto constrangidas por perseguições e prisões de que ao longo de duas décadas foram sendo vitimas.

Marca ainda presença o ambiente de delação, as torturas e humilhações vividas nas prisões políticas do Estado Novo, sobretudo nas “Gavetas do Aljube” e em Caxias.

Destaca-se também o ambiente psicológico de um tempo que veio a condicionar por muitas décadas o espirito do português conformado, pequeno avesso à inovação e mudança incapaz de rasgos de afirmação numa pátria secular feita a ferro e fogo pela ousadia dos nossos avoengos.

Ernesto Salgado Areias nasceu em Lebução – Valpaços. Fez o liceu e o curso do Ensino Básico em Chaves em 1980 e a licenciatura em Direito na Universidade Clássica em Lisboa em 1985. Foi professor do ensino básico desde 1980 / 87. Colaborador da rádio e imprensa regionais desenvolvendo intensa actividade no domínio do voluntariado cultural sendo Director fundador da Universidade Sénior de Rotary de Chaves desde a sua fundação em 1999. Foi presidente do Rotary Club de Chaves nos anos de 1997 / 99, deputado municipal e colaborador do Dicionário de Transmontanismos.

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domingo, 17 de janeiro de 2016

Portugal from north to south


“Portugal de Norte a Sul (from north to south)” de João Nunes da Silva
edição bilingue (Português-Inglês)

Portugal de Norte a Sul é um livro pessoal e intimista, que pretende mostrar a beleza e o magnífico património natural que este país alberga. Esta publicação é apenas o princípio para começar a descobrir Portugal – como um dos países da Europa com mais biodiversidade, tendo em conta a sua média dimensão de 92090 km2. Portugal de Norte a Sul mostra-lhe serras, florestas, zonas húmidas, rios e costa.

(Portugal from North to South is a personal and intimate book that intends to show the beauty and magnificent natural heritage that this country hosts. This publication is only the beginning in the start to discovering Portugal, as one of the European countries with more biodiversity, taking into account Portugal’s average dimension of 92090 km2. Portugal from North to South shows you mountains, forests, wetlands, rivers and seashore.)

João Nunes da Silva nasceu em Lisboa. É fotógrafo de natureza freelancer há mais de 20 anos. Autor de quatro livros e de inúmeros artigos para imprensa especializada nacional e estrangeira de natureza e viagens, onde se incluem a National Geographic. Criou o banco de imagens Ilustranatur, especializado em fotografia de natureza, com um arquivo composto por milhares de imagens, não só de Portugal, mas também doutros locais do globo. Paralelamente à sua actividade de fotojornalista, tem efectuado inúmeros levanta- mentos fotográficos sobre património natural e histórico para diversas entidades. As suas fotografias têm igualmente sido utilizadas na promoção da natureza portuguesa em eventos no estrangeiro. Efectua nature photo tours sobre fotografia de natureza em diversas áreas naturais de Portugal.

(João Nunes da Silva was born in Lisbon. He has been a freelance nature photographer for over 20 years. He is the author of four books and numerous articles for national and international trade press on nature and travel, which includes National Geographic. He is the creator of Ilustranatur stock photos, specialized in nature photography, with an archive consisting of thousands of images, not only of Portugal, but also from other places of the globe. Along with his photojournalism activity, he has made numerous photographic surveys on natural and historical heritage for various entities. His photographs have also been used in the promotion of Portuguese nature in events abroad. He has performed nature photo tours on nature photography in several natural areas of Portugal.)

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sábado, 16 de janeiro de 2016

Arreada Belha - noite primeira - poesia e saudade

“Arreada Belha”

noite primeira – poesia e saudade

116 anos. quanto pesa, em gramas de saudade, o poema? Uma fresta na pedra sem luz do lado de lá. a luz está dentro. Ao tom dos copos e das manchas na mesa... Intervalos para os poemas seguintes. promete-se fotografias e outros esclarecimentos. José Pinto & Nuno Paulo Correia Monteiro

Cronópios e Famas & Calhau
dia 22 de Janeiro de 2016, sexta-feira
na taberna Baca Belha, Vila Real

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Murça no Século XX


“Murça no Século XX” de Padre Francisco Fernando de Freitas

«Associação Amigos de Murça homenageou Sacerdote
Nasceu em Murça, em 29 de Setembro de 1912 e faleceu, em 1990, no Convento dos Padres Marianos, em Balsamão, concelho de Macedo de Cavaleiros, onde se recolhera em 1981.
Chamou-se Francisco Fernando de Freitas, frequentou os Seminários de Poiares e de Braga e foi ordenado padre, em 1936. Nesse mesmo ano foi designado pároco da freguesia de Carlão (Alijó), convidando sua Mãe e duas irmãs a acompanhá-lo. Anos depois deixou Carlão e foi, sucessivamente transferido para várias outras paróquias, nomeadamente, Sanfins do Douro, Samaiões, Ribalonga e Favaios.. Manuel Freitas, explica no prefácio o roteiro pastoral do Padre Fernando (seu familiar) e esclarece que o acompanhou em todas as «mudas» de paróquias, ajudando-o no arrumo dos livros e objectos pessoais e de trabalho. Afirma ainda que «era uma pessoa bondosa, simples e humilde, um bom Samaritano que exercia o sacerdócio com exemplar dignidade e dedicação». Lembra uma faceta cultural deste clérigo: «merece referência o seu trabalho Memórias para uma monografia do concelho de Murça» que serviu de apoio aos «autores da obra «O concelho de Murça», editada pela autarquia.
O prefaciador tece nestas quatro páginas iniciais, considerandos que caracterizaram a vida serena, humanitária e simples de um Homem que acabou por desprender-se de alguns bens terrenos, legando-os às paróquias que zelou como bom pastor.
Fundada há três anos a Associação Amigos de Murça tem vindo a preocupar-se com a Vila, com o concelho e com quem aí nasceu e/ou vive. Soube rodear-se de pessoas que voluntariamente contribuíram para que a figura, simples, mas exemplar do Padre Fernando Freitas fosse relembrada por ocasião do I centenário do seu nascimento.
Elaboraram um programa condizente com o homenageado que passou por uma sessão solene no auditório Municipal, presidida pelo Bispo da Diocese, D. Amândio Tomás e com a presença do Presidente da Assembleia Municipal Belmiro Vilela e pelo vereador da Cultura José Maria Costa.
O capitão Manuel Freitas proferiu o elogio fúnebre do homenageado e recordou os actos mais significativos dos três anos de actividade associativa. O Dr. Guilhermino Pires, figura cimeira do associativismo relacionado com os antigos seminaristas, quer a nível nacional quer internacional, apresentou o livro Murça no Século XX, coordenado pela AAM e com textos inéditos do Padre Fernando Freitas. A obra tem 128 páginas, oito das quais a cores, está arquitectada em XIII capítulos a saber: A Pneumónica e a Traulitânia, Igrejas e Capelas, as Feiras, a Confraria das Almas, A qualidade de vida, Outros Costumes e já umas inovações, Cinema. Férias e Caldas, ainda a Rua, Costumes, Usanças e Acontecimentos, a cultura – algumas das suas manifestações, a imprensa local, Porca de Murça, o Passado continuado no presente, Coisas e loisas.
O livro insere ainda um posfácio sobre o «Regresso às minhas Raízes», assinado por António Joaquim Fernandes, ao qual se seguem dez belas fotos, a preto e branco, que retratam ângulos arquitectónicos e espaços públicos da simpática vila da Porca de Murça.
Finalmente reúne sete páginas, com texto inédito do Padre Fernando Freitas ao qual chamou Nobiliário. Para capa escolheram os coordenadores deste oportuno documento uma visão cartográfica da vila e, na contracapa, um bonito desenho que dá uma perspectiva arquitectónica do tipo de casario dos últimos séculos.
É um documento que fica a marcar a passagem por este mundo de um filho desta Terra que não deixando de ser, sempre, um Homem bom e um agente cultural, soube honrar a missão que escolheu e que serviu da melhor maneira nos 78 anos de vida, 45 dos quais como pároco e 9 como bom Samaritano num convento de frades.
Recorde-se que numa altura em que Murça assinala os cem anos do falecimento do Padre Francisco Fernando de Freitas, passam 450 anos do falecimento de outro sacerdote natural da mesma vila Transmontana: Frei Diogo de Murça que ali nasceu nos fins do século XV e faleceu em Cabeceiras de Basto, repousando no Mosteiro de Refojos, desde 1561. Foi das personalidades mais cultas da sua época. Optou pela Ordem de S. Jerónimo, professou em 22/5/1513, doutorando-se em Lovaina em 27 de Maio de 1533. Foi ele que introduziu em Portugal, o método do ensino adoptado em Lovaina. Em 1537 criou no Mosteiro de Santa Marinha da Costa, em Guimarães, esse modelo de ensino superior que veio a funcionar como Universidade (entre 1537 e 1548). Foi tal a fama do seu saber e dinamismo que foi convidado a dirigir a Universidade de Coimbra que renasceu e não mais perdeu o impulso que ele lhe imprimira. O nome do Padre Fernando de Freitas é outra figura cimeira da cultura portuguesa. Por isso a Associação dos Amigos de Murça esteve à altura dos fins para que foi criada.» Por Barroso da Fonte, Dr. [Notícias do Douro]

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O Córgo - vida e obras dum rio


“O Córgo – Vida e Obras Dum Rio” de Sousa Costa

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

traga-poesia: imagem de janeiro 16

imagem de Américo Guedes, janeiro 2016

A partir de Novembro de 2015 até Outubro de 2016, irá estar exposta na livraria Traga-mundos uma imagem diferente cada mês.
Desafiamos os transmontanos a escrever um poema sobre essa imagem ao longo dos meses.

Este desafio foi criado pelo grupo Traga-Artes (secção artística da livraria Traga-Mundos) que é responsável pela criação das imagens (pintura, desenho, fotografia, etc) e que pretende fomentar o gosto pela escrita aliada à imagem.
Os vencedores são conhecidos em Novembro de 2016 e haverá muitas surpresas.
Regulamento:
•         Escrever um poema (no máximo 3) sobre a imagem exposta na livraria Traga-Mundos, que pode também ser vista na página https://www.facebook.com/Traga-Mundos-livros-e-vinhos-coisas-e-loisas-do-Douro-245452008819998 e em www.traga-mundos.blogspot.com.
•         O tema é livre, mas tem de se relacionar de alguma forma com a “imagem de inspiração”.
•         O desafio destina-se a pessoas naturais da zona de Trás-os-Montes ou que residam na mesma.
•         O poema deve ser impresso  em folha A4 devendo cingir-se apenas a uma página, e a sua formatação é livre.
· O participante deve entregar até ao último dia de cada mês o poema (juntamente com os dados necessários à sua inscrição) na livraria Traga-Mundos ou enviar para o endereço de email: traga.mundos1@gmail.com .
· Dados para a inscrição do participante: Nome, idade, telefone, e-mail, título do(s) seu(s) poema(s).


António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- Janeiro e Fevereiro de 2016: “Tons de Vermelho” por Greeny, exposição de pintura, na Traga-Mundos, em Vila Real;
- dia 20 de Fevereiro de 2016 (sábado), pelas 21h00: apresentação do livro “Neste Cais, Para Sempre” de Ernesto Salgado Areias, na Traga-Mundos, em Vila Real;
- dia 28 de Fevereiro de 2016 (domingo), pelas 15h00: V Encontro Livreiro de Trás-os-Montes e Alto Douro, na Papelaria Aguiarense, em Vila Pouca de Aguiar;
- dia 13 de Março de 2016, pelas 15h00: Encontro Livreiro da Galiza, na Fundación Vicente Risco, Allariz, Galiza;
- dia 23 de Abril de 2016 (sábado): comemorações do 25 de Abril – almoço português, banca de livros portugueses, concertos (Terra Morena e outros), na A Arca da Noé, Vilar de Santos, Galiza;
- dia 24, 25 e 26 de Maio de 2016: participação com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, no III Seminário “Alimentos e Manifestações Culturais Tradicionais” e II Simpósio Internacional “Alimentação e Cultura: Tradição e Inovação na Produção e Consumo de Alimentos”, na UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real;
- Maio de 2016: “Actos da Cultura Galego-Portuguesa”, Cultura Que Une, Vila Real;
- Junho de 2016: “Actos da Cultura Galego-Portuguesa”, Cultura Que Une, Pontevedra, Galiza;
- dia 1 de Outubro de 2016: palestra “Guiné-Bissau, terra sabi!” por António Alberto Alves, na Fundación Vicente Risco, Allariz, Galiza.
- e ao longo de 2016 haverá mais, muito mais...

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A Indústria das Sedas em Trás-os-Montes (1835-1870)


“A Indústria das Sedas em Trás-os-Montes (1835-1870)” de Fernando de Sousa

«Sabiam que durante séculos o Nordeste Transmontano foi o mais importante centro industrial sericícola de Portugal? Pensa-se que a criação do bicho-da-seda, nesta região, já existia no século XIII; foi, todavia, no século XV, que a sericultura e a decorrente produção têxtil começou a assumir maior importância; atingiu o seu apogeu no século XVIII, em consequência das medidas desenvolvimentistas do Período Pombalino, perdurando até finais do século XIX. Bragança foi o núcleo principal, mas outras localidades -- como Freixo de Espada à Cinta, Vinhais, Chacim, etc. -- benificiaram desta lucrativa indústria. Hoje em dia, persiste ainda alguma actividade sericícola artesanal, em Freixo de Espada à Cinta. Para mais informação sobre este assunto, desconhecido pela maior parte das pessoas, consultar a obra do Professor Fernando de Sousa (Universidade do Porto) intitulada "A Indústria da Seda em Trás-os-Montes Durante o Regime Antigo", bem como a obra do padre Francisco Manuel Alves (o famoso transmontano mais conhecido por ABADE DE BAÇAL) intitulada "Memórias Arqueológicas-Históricas do Distrito de Bragança").» [Manuel de Barroso]


"A família italiana dos Arnauds, perita na indústria das sedas, vinda para Portugal em 1786-1788, acaba por se instalar em Trás-os-Montes, na localidade de Chacim, onde, sob a sua orientação, é construída uma Fábrica de Fiação e Tecelagem das Sedas, que se encontra concluída em 1790. A partir de então, os Arnauds promovem a criação de escolas de fiação pelo método piemontês nalgumas localidades de Trás-os-Montes e passam a fornecer seda torcida pelo referido método, de qualidade, às fábricas de Bragança. E esta cidade, por seu lado, irá atravessar uma das épocas de maior prosperidade da sua história. (...) Em 1790-1791, Freixo de Espada à Cinta, em obediência a uma longa tradição vinda seguramente do século XVI, se não mais cedo, continua a fabricar os panos de peneiras, tafetás, fumos e gravatas, trabalho este executado por mulheres, 38, que, em igual número de teares, pertencentes a 4 empresários, registam uma produção global de 975 peças de panos de peneiras, 38 gravatas e 6 280 côvados de tafetás e fumos" (Fernando de Sousa, A Indústria das Sedas em Trás-os-Montes (1790-1820), p. 66) (1 côvado era igual a 52,4cm)

"Mas era em Bragança, então a maior e mais rica cidade transmontana, desde sempre o mais importante centro desta indústria no Portugal do interior, que se registava uma animação invejável, de tal modo que a vida económica da cidade assentava fundamentalmente em tal actividade. As suas fábricas, com 232 teares e 9 tornos, em 1794, empregavam 915 pessoas – 407 fabricantes de seda e 508 mulheres –, além de 11 torcedores de seda, e 24 tintureiros, isto é, mais de 18% da sua população total. Nos seus tornos, eram preparados 4 500 arráteis de seda ao ano. E as suas cinco tinturarias, com excepção de uma modesta tinturaria em Chacim, as únicas existentes em toda a província de Trás-os-Montes, encontravam-se reputadas a nível nacional." Fernando de Sousa, op.cit.p.72

"A escassez de capitais, quer em Chacim, quer em Bragança, onde – apesar de malograda tentativa efectuada pela Real Companhia das Sedas –, nunca surgiu um projecto endógeno, aglutinador, que congregasse efectivamente os Arnauds e os negociantes e fabricantes de sedas da região, revelou-se dramática para a indústria das sedas em Trás-os-Montes. Para continuar, as sedas trasmontanas necessitavam de mercados garantidos e de aperfeiçoamentos contínuos. Só que as invasões francesas e a extinção do regime de monopólio do mercado brasileiro destruíram aqueles e impediram estes. Após 1813-1814, os esforços dos Arnauds para arrumarem e disciplinarem a casa trasmontana quanto à criação do bicho da seda, produção de casulo e fiação, revelam-se infrutíferos, os fabricantes de Bragança debatem-se com dificuldades crescentes quanto à venda dos seus tecidos, e o Estado mostra-se cada vez mais renitente em intervir, abandonando a indústria das sedas daquela região à sua sorte." Fernando de Sousa, op.cit.p.97

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[também disponível do autor o título: “História da Indústria das Sedas em Trás-os-Montes” Vol. I e II]



segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A Origem do Ódio - crónica de um retiro sentimental


“A Origem do Ódio – Crónica de um Retiro Sentimental” de Rui Ângelo Araújo

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível do autor o título: “Os Idiotas”]


domingo, 10 de janeiro de 2016

MultiTerritorialidades


Apresentação do livro “MultiTerritorialidades I – Temas e Problemas de Governança e Desenvolvimento Territoriais”
de António Covas e Maria das Mercês Covas
dia 16 de Janeiro de 2016 (sábado), pelas 21h00
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real


Sinopse:
Os territórios são espaços construídos. São espacialidades inscritas no movimento perpétuo de desconstrução e reconstrução do espaço. Como tal, estes espaços construídos têm um tempo de vida útil, estão em constante movimento e em processo simultâneo de desterritorialização e reterritorialização. Nos anos mais recentes temos tido a oportunidade única de participar em várias iniciativas e experiências de desenvolvimento e governança territoriais, isto é, na formação de múltiplas territorialidades e outros tantos espaços de significação. A colectânea de textos que escolhemos é um espelho desta diversidade de circunstâncias, condições e oportunidades e é o primeiro volume de uma nova série com o título genérico “Multiterritorialidades”. Neste primeiro volume a maioria dos textos diz respeito a intervenções públicas entre 2013 e 2015. A colectânea está organizada por ordem cronológica. Dadas as circunstâncias em que foram produzidos e divulgados, não surpreenderá que existam algumas repetições nos mesmos textos. Por esse facto, os nossos pedidos de desculpa aos leitores.

Índice:
Nota prévia

Lista de Abreviaturas, acrónimos e siglas

Introdução: multiterritorialidades, uma multiplicidade de espaços de significação

I. O movimento da 2.ª ruralidade, declaração de princípios

II. Entre a primeira e a segunda ruralidade

III. Os territórios de baixa densidade e o próximo período de programação

IV. A construção social dos territórios e os processos de governança territorial

V. A pluralidade e diversidade no espaço rural, seis reflexões a propósito

VI. O Projecto Barril, uma iniciativa de microgeoeconomia territorial

VII. Uma estratégia para os espaços rurais em estado de necessidade

VIII. Querença, um ensaio de micro desenvolvimento territorial

IX. A reforma do Estado-administração e o desenvolvimento territorial

X. A agricultura familiar algarvia e a gestão do espaço rural

XI. A sociedade e o território algarvios, passado, presente e futuro

XII. Da microgeoeconomia territorial aos territórios-rede

XIII. A inteligência territorial e a construção social dos territórios-rede (I)

XIV. A inteligência territorial e os territórios em movimento (II)

XV. A inteligência territorial e a sociedade do conhecimento (III)

XVI. Interioríssimo, O Grande País do Interior

XVII. Dieta Mediterrânica, agricultura familiar e desenvolvimento
rural

XVIII. Os territórios, as redes colaborativas e a “Sociedade CO”

XIX. Horizontes do Futuro, a nova gestão do poder local

XX. A centralidade do nível NUTS II e as Comunidades Intermunicipais

XXI. Em busca do lado virtuoso da baixa densidade dos territórios

XXII. Sociedade do conhecimento, escalas de governo e governança

Notas Finais

Bibliografia consultada


OS AUTORES:

ANTÓNIO COVAS é doutorado em assuntos europeus pela Universidade de Bruxelas e actualmente é professor catedrático pela Universidade do Algarve e investigador do CIEO. Na área dos assuntos do território é co-autor da série RURALIDADES em cinco volumes, I (2007), II (2007), III (2008), IV (2009) e V (2010) e, ainda, da trilogia A Grande Transição (2011), A caminho da 2.ª Ruralidade (2012) e Os territórios-rede (2014).

MARIA DAS MERCÊS COVAS é doutorada em Sociologia da População e dos Recursos humanos pela Universidade de Evora, professora associada aposentada pela Uni¬versidade do Algarve e investigadora do CIEO. Na área dos assuntos do território é co-autora da série RURALIDADES em cinco volumes, I (2007), II (2007), III (2008), IV (2009) e V (2010) e, ainda, da trilogia A Grande Transição (2011), A caminho da 2.ª Ruralidade (2012) e Os territórios-rede (2014).


António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- dia 28 de Fevereiro de 2016 (domingo), pelas 15h00: V Encontro Livreiro de Trás-os-Montes e Alto Douro, na Papelaria Aguiarense, em Vila Pouca de Aguiar;
- dia 24, 25 e 26 de Maio de 2016: participação com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, no III Seminário “Alimentos e Manifestações Culturais Tradicionais” e II Simpósio Internacional “Alimentação e Cultura: Tradição e Inovação na Produção e Consumo de Alimentos”, na UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real;
- Maio de 2016: “Actos da Cultura Galego-Portuguesa”, Cultura Que Une, Vila Real;
- Junho de 2016: “Actos da Cultura Galego-Portuguesa”, Cultura Que Une, Pontevedra, Galiza;
- dia 1 de Outubro de 2016: palestra “Guiné-Bissau, terra sabi!” por António Alberto Alves, na Fundación Vicente Risco, Allariz, Galiza.
- e ao longo de 2016 haverá mais, muito mais...