quinta-feira, 5 de novembro de 2015

"Humanus" poesias de José Pinto


Apresentação da obra “Humanus” poesias de José Pinto
por Henrique Morgado, com a presença do autor
dia 7 de Novembro de 2015 (sábado), pelas 21h00
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real


MOMENTOS DA APRESENTAÇÃO DO LIVRO HUMANUS

A sessão abrirá com poesia do autor cantada por Olinda Coutinho, à guitarra. A apresentação do livro ficará a cargo do professor Henrique Morgado. Haverá declamação e interpretação por Ricardo Röseler, ator, e a sessão seguirá com a performance de Inês Sampaio, que cantará poesia, ao piano. José Pinto encerrará a sessão e será servido um porto de honra.


BIOGRAFIA

Nascido em Vila Real, n’O Reino Maravilhoso de Miguel Torga, a 3 de dezembro de 1988, filho de professores, cedo começou a ganhar a noção do rigor da escrita com o pai. Mais tarde, com a mãe, angolana, bebeu o prazer de escrever e o primeiro ato de escrita foi despoletado pela incomportável necessidade de se expressar para lá dos limites da linguagem falada. Aos dezassete anos tornou-se íntimo do papel e da caneta, levando prosa e poesia na mochila sempre que viaja. Fascinado pelo espírito humano e pela infinda riqueza do mundo, é psicólogo e espera em breve voltar a ver o pôr-do-sol na Guiné-Bissau. É editado o seu primeiro livro em fevereiro do ano corrente.


2 POEMAS DO AUTOR


SAUDADE (UMA APROXIMAÇÃO)

Devagar se anuncia,
como esta tempestade tropical,
no cheiro do ar
no aperto da pele às veias
na rarefacção dos bronquíolos.

Deglutir é heróico
degusta-se a custo
disfruta-se incompletamente
inteiro é-se sem longitude.

Falta do passado
no futuro,
reminiscência ávida
e estar lá basta.

Pode lá haver silêncio
pode estar tudo igual
pode haver um abraço
pode ouvir-se o trinco da porta a abrir.


OUTUBRO

Tivesse eu uma voz
certeira e segura. Palavras
iluminadas que enchessem
os espaços cinzentos
do mundo e amansassem
os gritos mudos das almas.
Soubesse eu falar do que é
amplo e belo. E visse
como mais ninguém
as paisagens divinas
para lá das montanhas
e do nevoeiro. Formasse eu
exata descrição da visão,
tirar ao céu o que é terreno.
Aprendesse a dividir depois
com quanto ser me cruzasse.

O chão entre as folhas. Estrelas
que cintilam para o Universo.
Festival que anima
os dias chuvosos e minguantes.
Incubadora que evoca a flor
a soltar-se da amendoeira.

A grande roda da vida.
A pouca paciência que temos.


António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com


Próximos eventos:
- 1 a 30 de Novembro: exposição da colecção de arte da Traga-Mundos, na Traga-Mundos em Vila Real;
- dia 5 de Novembro de 2015, quinta-feira: 4.º aniversário de porta aberta da Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro na Rua Miguel Bombarda 24 – 26 – 28 em Vila Real;
- dia 7 e 8 Novembro de 2015: participação com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, na XX Feira de Outono de Allariz, em Allariz, Galiza;
- dia 21 de Novembro de 2015, sábado: formação e 4.ª sessão de Traga-Contos, com o contador transmontano Vítor Fernandes, na Traga-Mundos em Vila Real;
- dia 28 de Novembro de 2015, sábado: apresentação do manifesto “Calhau”, colectivo de poetas, na Traga-Mundos em Vila Real;
- de 1 de Dezembro de 2015 a 6 de Janeiro de 2016: Bazar de Natal e dos Reis da Traga-Mundos, na Traga-Mundos em Vila Real;
- de 1 de Dezembro de 2015 a 6 de Janeiro de 2016: exposição “Presé-pios” por João Pinto Vieira da Costa, na Traga-Mundos em Vila Real;
- dias 4, 5 e 6 de Dezembro de 2015: participação com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, na Culturgal, Pontevedra, Galiza;
- dia 13 de Dezembro de 2015, domingo, pelas 14h30: participação no “Passeio pedestre por Terras de Maria Boa – do neolítico aos dias de hoje”, organizado pela Ad Justes – Associação para o Desenvolvimento de Justes, em Justes.

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