terça-feira, 21 de janeiro de 2014

História da Indústria das Sedas em Trás-os-Montes

 “História da Indústria das Sedas em Trás-os-Montes” de Fernando de Sousa, Vol. I e II

Para além da história da Indústria das Sedas em Trás-os-Montes propriamente dita e das fontes que se publicam, este trabalho é ainda enriquecido com as biografias das personalidades e técnicos que tiveram uma influência ou papel relevantes na mesma; igualmente se publica uma cronologia respeitante à indústria das sedas em Trás-os-Montes; um glossário da indústria das sedas, para melhor compreensão do vocabulário utilizado ou constante das fontes publicadas; e, finalmente, uma recolha de poesias relativas à amoreira, ao bicho da seda e à referida actividade económica daquela região.

«Segundo ao Abade de Baçal a seda chegou a Trás-os-Montes no século XV: "Em 1475 o duque de Guimarães representou a el-rei que tendo feito contrato com Rui Gonçalves de Portilho e Gabriel Pinello, genovês, para lavramento da seda em Bragança, e não sendo a da terra suficiente, porque era indispensável mais fina, lhe pedia, portanto, que isentasse de direito a que importasse de Almeria e de outras partes de fora do reino, para aquele serviço. D. Afonso V concedeu-lhe a isenção com certas cláusulas. (...) Em 1531 pedia-se ás côrtes que as sedas que se creassem e obrassem em velludos, tafetás, retrozes e outras obras, assim na cidade (de Bragança) como na terra, podessem ir livremente pelo reino vender-se, sem pagarem nenhuns direitos de alfandega, levando certidão do escrivão da Camara."(Abade de Baçal, Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, tomo II, p. 452)
(...)
Mas, foi no século XVIII, no reinado de D.José I, que o marquês de Pombal desenvolveu e protegeu as indústrias portuguesas provocando um surto manufactureiro da seda em Trás-os-Montes. "As suas manufacturas tem muita extracção para todo o reino e foram mesmo para a America, para o que concorre muito a liberdade de extracção, sem pagar direitos, concedida ás manufacturas do reino por D. José I, pelos decretos de 2 de abril de 1757 e 24 de outubro do mesmo anno. Sustenta o dito negociante João Antonio Lopes Fernandes cento e oito teares, sendo o maior numero de tafetás em que consome todos os annos oito mil arrateis de seda, a qual é de Italia quasi toda por ser a da provincia muito mal fiada. A provincia de Traz-os-Montes é tão abundante de seda que colhe regularmente vinte mil arrateis della fina e outro tanto de seda macha e redonda." (Abade de Baçal, tomo II, p.455) (1 arrátel, também chamado de libra, era igual a: 0,459 kg)» [blogue Pereiros de Ansiães]

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