“Castas” de Marília
Miranda Lopes
Dão –me estas
gentes forças, suportes de vendavais. Dão-me do resto dos seus sonhos um
límpido céu sem constrangimento… e eu sigo sozinha neste paraíso, a colher os
bagos, episódios de impressões que descubro e saboreio com os meus versos
sincopados. Dados vos são a provar, sem total entendimento.
Região do Douro, Ano da Graça & da Desgraça de 2012
Região do Douro, Ano da Graça & da Desgraça de 2012
ENXERTA
Enxerta o meu
coração
em letargia
Em Quarto Crescente
com tesoura
canivete
ráfia
Desbasta-o na copa
Deixa que receba
luz
Um pouco de barro molhado
para que não sangre
esta Dor
em letargia
Em Quarto Crescente
com tesoura
canivete
ráfia
Desbasta-o na copa
Deixa que receba
luz
Um pouco de barro molhado
para que não sangre
esta Dor
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também da autora os títulos:
“Templo” e “Duendoro – Era uma vez um rio...” com ilustração de Manuela
Bacelar]
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