quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

As artes em flora de brincadeiras



 “Flora de Brincadeiras”
com João Pinto Vieira da Costa
dia 15 de Dezembro de 2012 (sábado), pelas 21h00
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real

João Pinto Vieira da Costa estará na Traga-Mundos para proporcionar uma apresentação e visita guiada há exposição “Presé-pios” de sua autoria, no próximo dia 15 de Dezembro de 2012 (sábado), pelas 21h00.
Será também ocasião para partilhar um pouco mais sobre a sua obra “Flora de Brincadeiras”, que está na base das suas produções posteriores, como os pássaros-pinha, os roncalhos, as arraiocas e os brincos e colares de “Joãolharia natural”, de diversos materiais da natureza de Trás-os-Montes (caroço de soveira, semente de tamarindo, casca de amêndoa, semente de giesta – piorneira, fruto de camélia, caroço de azeitona, pena de ave, semente de dragoeiro, caroço de pêssego, semente de alfarroba, vieiras, etc.).


[recordamos que a exposição “Presé-pios”, iniciada a 1 de Dezembro de 2012, estará patente na Traga-Mundos até 6 de Janeiro de 2013]

«Aos brinquedos industriais, mecânicos e eletrónicos, que nas décadas recentes invadiram o quotidiano infantil, contrasta Vieira da Costa (como moderação, antídoto ou alternativa), brincadeiras e passatempos feitos à base de plantas. Recolhidas no espaço de Trás-os-Montes e também na sua aldeia natal de Alpendorada e Matos, no concelho de Marco de Canaveses, o autor acredita que muitos desses brinquedos, dos cerca de cem que descreve, estarão certamente disseminados pelo país. As plantas utilizadas são apresentadas por ordem alfabética e acompanhadas de fotografias, quer da planta quer dos brinquedos ou passatempos a que deram origem. Vieira da Costa aponta a importância do universo vasto de sensações e conhecimentos, de cores, cheiros, árvores e frutos que se entranham nos objetos e na memória daqueles que os construíram, completados pela imaginação infantil. Uma riqueza que o brinquedo moderno não pode inteiramente substituir nem fazer esquecer.» [Texto: Campo Aberto]

«Razão teve o inesquecível António Cabral que destas coisas percebia como pou­cos, ao referir, no prefácio do livro "Flora de Brincadeiras", iniciando-o, que "O regresso à Natureza começa a ter-se como um regresso ao Para­íso. Felizmente, digo, com a certeza de que quanto mais o homem se afasta do seu meio natural menos possibilidades tem de se encontrar a si pró­prio, como alguns pós-mo­dernistas já perceberam, de­siludidos com o optimismo da civilização industrial, embora também eles, avessos a siste­mas doutrinais, tenham caído num certo desnorte, vivendo a errância intelectual, numa or­fandade de valores, alguns dos quais foram, porventura, fácil e impensavelmente configura­dos. Que o regresso à Nature­za não seja apenas uma fuga, mas uma necessidade, como as crianças nos ensinam, se lhes dermos condições para isso".E a verdade é que, reconhe­cidamente, "a necessidade faz o engenho". Foi por essa ne­cessidade que já se brincou com aquilo que, de forma gra­tuita e fantástica, a Natureza nos dá. E que João Pinto Vieira da Costa nos faz (re)descobrir, de maneira tão bela como des­concertante. Esta exposição é um espan­to.» [Agostinho Chaves, in Mensagens Aguiarenses, 9/12/2008]






Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

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