“Sabores Judaicos
Trás-os-Montes” de Graça Sá-Fernandes e Naomi Calvão, fotografias de Valter
Vinagre
«Na recolha de
material sobre a tradição oral, ainda mantida pelos cripto-judeus, em
Trás-os-Montes, deparámos com várias orações, práticas religiosas, alimentares
e outras.
Estes costumes
eram, e são, transmitidos essencialmente pelas mulheres.
Com perigo, até da
própria vida, os cripto-judeus transmontanos tiveram que, ao longo do tempo,
esconder, e mesmo evitar, todos os costumes e preceitos que os comprometiam.
São disso exemplo o
abandono sucessivo da Circuncisão, da Festa das Cabanas, da Delegação Ritual,
da Preparação do Vinho, do Uso dos Livros Sagrados e utensílios pertencentes ao
culto.
Por outro lado, é
muito interessante ver como, passados cinco séculos, persistiu a consciência
religiosa em vários campos e como conseguiram, disfarçadamente, continuar com a
prática do culto judaico, iludindo a vigilância inquisicional.
Podemos, ao longo
deste livro, tomar contacto com alguns desses hábitos.
A alimentação foi,
desde sempre, como em todas as comunidades judaicas, um dos traços mais fortes
da sua tradição e simbologia características.
Usámos uma
cronologia litúrgica para facilitar a leitura das receitas.»
Quando se come uma
alheira, estamos a comer comida de marranos. E que boas que são.
Um leitor (Anónimo)
Um leitor (Anónimo)
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos "Os Judeus no Noroeste da Península
Ibérica" João Domingos Gomes Sanches e “Cozinha Transmontana” de Alfredo
Saramago, colaboração António Monteiro, fotografias Inês Gonçalves]
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