terça-feira, 25 de outubro de 2016

Passos Coelho - uma biografia...


“Passos Coelho – Um Homem Invulgar” de Felícia Cabrita

Do pai herdou a tenacidade e a teimosia. Da mãe a coragem, a resistência e a paciência. É desta fibra que é feito Pedro Passos Coelho, o líder do PSD que quer ser primeiro-ministro de Portugal. A jornalista Felícia Cabrita traça-lhe o retrato. Da infância no Caramulo, aos tempos de liberdade vividos em Angola, passando pelos suspiros que o rapaz de cabelo loiro e olhos claros despertava nas raparigas de liceu, numa altura em que resolve percorrer o caminho do Marxismo. O rapaz solitário, tímido, que devora livros e testa a voz de barítono, cedo descobre que não é esse o seu caminho e volta-se para a JSD, onde vai ganhando espaço e destaque graças à sua determinação e às suas ideias claras. Quem o conhece garante que não aceita meias verdades, que gosta de surpreender os adversários, que é um líder frio e determinado, que só faz aquilo em que acredita e, quando não gosta do que tem à sua volta, afasta-se. Já o fez no passado. Em 1990 chega finalmente o seu tempo. Torna-se líder da JSD. Uma voz crítica ao governo de Cavaco Silva, leal sempre que foi preciso sair à rua em campanha. Mas ainda não era o seu tempo. Esperou paciente pela sua oportunidade, não sem antes ganhar alguns inimigos dentro e fora do partido. Finalmente a 26 de Março de 2010 é eleito, o mais jovem presidente do PSD.»


«Como alguns na elite do PSD - Durão Barroso, por exemplo -, Passos também passou pela extrema-esquerda. Não foi no MRPP, como Durão; foi no PCP.
Na ressaca do 25 de Abril, era a época da "luta contra as desigualdades sociais" para Passos Coelho, que ficou fascinado por Álvaro Cunhal num congresso da UEC, antecessora da JCP. Nem que para isso tenha mentido aos pais, ambos sociais-democratas, dizendo-lhes que ia para as vindimas. O fascínio por Cunhal é assim descrito pelo próprio: "Era uma pessoa carismática e havia uma devoção por aquilo que dizia. Foi um momento quase mágico."
Passadas quase três décadas, e agora à frente do PSD, Passos olha para trás e explica a militância comunista por motivações políticas, mas também como um acto de "rebeldia": "Fui atraído por aquele sentimento de que a esquerda tem de estar na "grande marcha", sentir que se faz parte de uma coisa muito grande que muda o mundo. Foi também um gesto de rebeldia em relação a uma sociedade muito limitada como era, à época, Vila Real."» Nuno Simas, “Público”

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial…


Sem comentários:

Enviar um comentário