segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Contos durienses, João de Araújo Correia


“Contos Durienses” de João de Araújo Correia

«Toda a obra de João de Araújo Correia é verídico testemunho, porque toda ela é o resultado de escrupulosa atenção à realidade humana e à realidade telúrica. O autor de “Contos Durienses” não se deita a fantasiar, no sentido pejorativo deste verbo. Faz, decerto, obra de imaginação, mas a matéria-prima com que a sua imaginação trabalha é colhida in loco e in fragrante. Os contos criados pela sua imaginação respiram verosimilhança, parecem a crespa realidade pela sumária razão de que o autor não se situa perante a realidade – humana ou paisagística, subjectiva ou objectiva –, na atitude do cão de loiça. Muito assimilou, muito viu, muito ouviu, muito sentiu, e por isso mesmo, chegado ao momento de fabular o seu conto, não lhe faltam verídicos materiais para o arquitectar. Não faz cópias, congemina uma realidade verosímil, feita de pedaços de variadas vivências que a memória lhe arquivou. Já alguém chamou à prosa de João de Araújo Correia gostosa e rescendente a pão rústico saído do forno, atrevida e aguda como agulha dos vinhos naturais. E chamou bem. A prosa dele é sempre assim, não só pela bossa temperamental do autor, mas ainda pela sua intimidade com a fala popular, que ele conhece como os dedos das suas próprias mãos. Não embarca em modas. Inclina-se para aquilo que parece ter nascido no signo da perenidade. Tem muito daquele engenheiro que aparece na “História de uma criada velha”, dos “Contos Durienses”: odeia a Moda, se for feia. Para ele não há antigo nem moderno – há o bom e o belo.» Cruz Malpique

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[também disponível os títulos: “Pátria Pequena”, “Palavras Fora da Boca”, “Pontos Finais”, “Nova Freguesia”, “Depoimento de João Semana Sobre a Vida Clínica de Aldeia”; “Contos e Novelas I (Contos Bárbaros, Contos Durienses, Terra Ingrata)”, “Contos e Novelas II (Cinza do Lar, Casa Paterna, Caminho de Consortes, Folhas de Xisto)”, “Sem Método – notas sertanejas”, “Contos Bárbaros”, “O Porto do meu tempo”, “Manta de Farrapos”. “Perfil Literário de João de Araújo Correia” de Cruz Malpique; “O Homem do Douro nos contos de João de Araújo Correia” e “Manuel do Mundo – Drama Duriense” de Altino Moreira Cardoso; “João de Araújo Correia – Cronista das Gentes do Douro” de Manuel Joaquim Martins de Freitas (vencedor do Prémio Literário A. Lopes de Oliveira / CMF). “à conversa com João de Araújo Correia” de José Braga-Amaral. “Papagaios de Papel – Leitura de um conto de João de Araújo Correia” de Maria da Assunção Anes Morais. “Letras Com Vida – literatura, cultura e arte”, n.º 2, 2.º semestre de 2010 dossiê escritor “João de Araújo Correia” coordenação de António José Borges. Revista “Geia” n.º 1 (Dezembro 2009), n.º 2 (Dezembro 2011), n.º 3 (Setembro 2013), n.º 4 (Outubro 2015) edição da Tertúlia de João de Araújo Correia – recordamos que também disponibilizamos a ficha de adesão à Tertúlia de João de Araújo Correia]

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