quarta-feira, 1 de abril de 2015

João de Araújo Correia: cronista das gentes do Douro


“João de Araújo Correia – Cronista das Gentes do Douro” de Manuel Joaquim Martins de Freitas

«Manuel Joaquim Martins de Freitas aventura-se, neste seu ensaio, a palmilhar minuciosamente os caminhos de reflexão de João de Araújo Coreia, vertida nas suas crónicas, saídas em livro e em jornais, em torno da realidade cultural duriense, com ênfase para a memória, identidade e património. Trata-se  de um percurso que pretende expôr, naquilo que foi o desiderato de uma vida, "o empenhamento do cidadão João de Araújo Correia na salvaguarda do património cultural que (...) ele já entendia como recurso estratégico ou meio de desenvolvimento da região do Douro"; entende também o ensaísta que o seu labor reverterá em favor, pelos durienses, do seu património e preservação da memória cultural da região do Douro.
(...)
Manuel Joaquim Martins de Freitas intervém, com este estudo, na história do Douro ao fazer conhecer melhor o "historiador do Douro", como denomina João de Araújo Correia. E este é-o, verdadeiramente, como o comprova o autor do ensaio, porque é das gentes do Douro que as suas crónicas dão nota, dos problemas e história da vinha e tudo o que lhe está associado - figuras históricas como D. Antónia ou o barão Forrester, os vareiros e galegos que vieram de longe para o Douro, os objetos  associados ao cultivo da vinha, a doença da filoxera e os mortórios, as cantigas, património edificado, etc., tudo constituindo um extenso e valioso património cultural e material que só a criação de um museu do Douro, por que sempre lutou e que só de forma incipiente viu nascer, poderia preservar.
Por estas razões - e poder-se-ia dizer que felizmente - o estudo apresentado por  Manuel Freitas repõe justiça à acção desenvolvida por João de Araújo Correia, nem sempre apreciada com a importância que merece.» Fernando Alberto Torres Moreira, in Prefácio

Natural da freguesia de Sande, onde nasceu em 1951, após a instrução primária que concluiu no Peso da Régua, Martins de Freitas frequentou e completou o ensino liceal em Lamego. No ensino superior obteve os graus de Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e de Mestre em Cultura Portuguesa pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Após o estágio inscreveu-se em 1978 na Ordem dos Advogados, exercendo desde então esta profissão no Peso da Régua. Foi Delegado e depois Presidente (eleito) da Delegação da Ordem dos Advogados da Comarca da Régua em três mandatos.
Sendo um admirador de João de Araújo Correia e da sua obra, estudou as suas crónicas sobre o Douro, nos campos da memória, da identidade e do património cultural, no âmbito do mestrado em Cultura Portuguesa. Defendeu publicamente, em 2010, a dissertação“Memória e Património Cultural nas Crónicas Durienses de João de Araújo Correia” que mereceu a aprovação unânime do júri com a nota de muito bom.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...

[também disponível os títulos: “Nova Freguesia”, “Contos e Novelas I (Contos Bárbaros, Contos Durienses, Terra Ingrata)”, “Contos e Novelas II (Cinza do Lar, Casa Paterna, Caminho de Consortes, Folhas de Xisto)”, “Sem Método – notas sertanejas”, “Contos Bárbaros” e “O Porto do meu tempo”. “O Homem do Douro nos contos de João de Araújo Correia” de Altino Moreira Cardoso e “à conversa com João de Araújo Correia” de José Braga-Amaral. Letras Com Vida – literatura, cultura e arte, n.º 2, 2.º semestre de 2010 dossiê escritor “João de Araújo Correia” coordenação de António José Borges. Revista “Geia” n.º 1 (Dezembro 2009), n.º 2 (Dezembro 2011) e n.º 3 (Setembro 2013), edição da Tertúlia de João de Araújo Correia – recordamos que também disponibilizamos a ficha de adesão à Tertúlia de João de Araújo Correia]

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