“João de Araújo
Correia – Cronista das Gentes do Douro” de Manuel Joaquim Martins de Freitas
«Manuel Joaquim
Martins de Freitas aventura-se, neste seu ensaio, a palmilhar minuciosamente os
caminhos de reflexão de João de Araújo Coreia, vertida nas suas crónicas,
saídas em livro e em jornais, em torno da realidade cultural duriense, com
ênfase para a memória, identidade e património. Trata-se de um percurso
que pretende expôr, naquilo que foi o desiderato de uma vida, "o
empenhamento do cidadão João de Araújo Correia na salvaguarda do património
cultural que (...) ele já entendia como recurso estratégico ou meio de
desenvolvimento da região do Douro"; entende também o ensaísta que o seu
labor reverterá em favor, pelos durienses, do seu património e preservação da
memória cultural da região do Douro.
(...)
Manuel Joaquim
Martins de Freitas intervém, com este estudo, na história do Douro ao fazer
conhecer melhor o "historiador do Douro", como denomina João de
Araújo Correia. E este é-o, verdadeiramente, como o comprova o autor do ensaio,
porque é das gentes do Douro que as suas crónicas dão nota, dos problemas e
história da vinha e tudo o que lhe está associado - figuras históricas como D.
Antónia ou o barão Forrester, os vareiros e galegos que vieram de longe para o
Douro, os objetos associados ao cultivo da vinha, a doença da filoxera e
os mortórios, as cantigas, património edificado, etc., tudo constituindo um
extenso e valioso património cultural e material que só a criação de um museu
do Douro, por que sempre lutou e que só de forma incipiente viu nascer, poderia
preservar.
Por estas razões -
e poder-se-ia dizer que felizmente - o estudo apresentado por Manuel
Freitas repõe justiça à acção desenvolvida por João de Araújo Correia, nem
sempre apreciada com a importância que merece.» Fernando Alberto Torres Moreira,
in Prefácio
Natural da
freguesia de Sande, onde nasceu em 1951, após a instrução primária que concluiu
no Peso da Régua, Martins de Freitas frequentou e completou o ensino liceal em
Lamego. No ensino superior obteve os graus de Licenciado em Direito pela
Universidade de Coimbra e de Mestre em Cultura Portuguesa pela Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro. Após o estágio inscreveu-se em 1978 na Ordem dos
Advogados, exercendo desde então esta profissão no Peso da Régua. Foi Delegado
e depois Presidente (eleito) da Delegação da Ordem dos Advogados da Comarca da
Régua em três mandatos.
Sendo um admirador
de João de Araújo Correia e da sua obra, estudou as suas crónicas sobre o
Douro, nos campos da memória, da identidade e do património cultural, no âmbito
do mestrado em Cultura Portuguesa. Defendeu publicamente, em 2010, a
dissertação“Memória e Património Cultural nas Crónicas Durienses de João de
Araújo Correia” que mereceu a aprovação unânime do júri com a nota de
muito bom.
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila
Rial...
[também disponível
os títulos: “Nova Freguesia”, “Contos e Novelas I (Contos Bárbaros, Contos
Durienses, Terra Ingrata)”, “Contos e Novelas II (Cinza do Lar, Casa Paterna,
Caminho de Consortes, Folhas de Xisto)”, “Sem Método – notas sertanejas”,
“Contos Bárbaros” e “O Porto do meu tempo”. “O Homem do Douro nos contos de
João de Araújo Correia” de Altino Moreira Cardoso e “à conversa com João de
Araújo Correia” de José Braga-Amaral. Letras Com Vida – literatura, cultura e
arte, n.º 2, 2.º semestre de 2010 dossiê escritor “João de Araújo Correia”
coordenação de António José Borges. Revista “Geia” n.º 1 (Dezembro 2009), n.º 2
(Dezembro 2011) e n.º 3 (Setembro 2013), edição da Tertúlia de João de Araújo
Correia – recordamos que também disponibilizamos a ficha de adesão à Tertúlia
de João de Araújo Correia]
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