“Quero Dizer-te,
Amor” de José Braga-Amaral, pinturas de Júlia Fernandes
«Lido “Quero
dizer-te, amor”, o mais recente livro de poesia de José Braga-Amaral,
ocorre-nos que raramente se tem lido na nossa literatura uma tão veemente e
intensa profissão de fé num amor perdido ou ausente ? embora reencontrado e
presente pela memória das horas ácidas da sua vigência.
Comoventes e
violentos, estes versos são uma versão enraivecida pela dor da suave cantiga de
João Roiz Castelo Branco, que começa: “Senhora, partem tão tristes/ Meus olhos
por vós, meu bem”. Tem a mesma força magoada e persuasiva, embora transfigurada
e ampliada pela incapacidade do poeta de aceitar o apartamento.
Amor, amor, amor ?
eis o Leitmotiv do livro. Neste livro, tanto se celebra o amor
físico, que nos queima por fora, como o amor espiritual, que nos queima por
dentro. Às vezes o poeta parece libertar-se da obsessão e sai do seu mundo
interior, devastado pela ausência do amor. Divaga então pelo mundo que o cerca,
mas acaba por regressar sempre, vencido, ao lugar do amor ou usar esse mundo
exterior como metáfora do amor nos seus vários momentos: sedução, consumação,
êxtase.» A. M. Pires Cabral
José
Braga-Amaral é natural de Paranhos, Porto, onde nasceu em 1959. Aos 12
anos fixou residência no Douro, em Peso da Régua, tendo ainda vivido no Porto
durante parte da sua adolescência e juventude por motivos académicos. Para além
disso, viveu em Braga, Cabo Verde e Parada do Bispo. Depois de frequentar os
cursos de engenharia e direito, ter sido professor do ensino preparatório e
secundário, profissional de seguros e formador do ensino profissional, opta
pelo jornalismo profissional, tendo sido colaborador em vários órgãos de
comunicação social como RDP / Alto Douro, O Comércio do Porto, Correio do Minho
e ainda chefe de redação, redator e diretor adjunto da revista Tribuna Douro.
Em simultâneo frequentou a licenciatura científica de Língua Portuguesa e
História de Portugal e concluiu o curso de Técnico Profissional de Arquivos.
Tem 25 anos de vida
literária, com 27 obras publicadas em todos os géneros literários, desde
romance, crónica, teatro, literatura infanto-juvenil e História, das quais dez
títulos são, supostamente, poesia. Está publicado em várias antologias
literárias e revistas, em Portugal, na Galiza e em Cabo Verde. Entretanto foi
ator, encenador e fundador da Tertúlia de João de Araújo Correia.
Atualmente, a viver
em Caldas do Moledo, é formador e criativo em todas as áreas da comunicação e
do marketing, jornalista freelancer e escritor.
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila
Rial...
[disponível também do autor
os seguintes títulos: “à conversa com João de Araújo Correia” “Cinco histórias
num instante”, ilustrações de Helena Lobo; “O Contador de Histórias dos Jardins
Suspensos”, desenhos de Fernando Guichard; “Por Debaixo da Pele do Douro”,
pinturas de Odete Marília; “quartos de lua e folhas de outono”, fotografias do
autor; “lápis, pincel e almas...”, desenhos de Helena Lobo; “na pele do rio”,
óleos de Odete Marília; “palavras que o Douro tece – antologia de textos
durienses contemporâneos” organização e coordenação]
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