“Vidas na Raia –
Prostituição feminina em regiões de fronteira” de Manuela Ribeiro, Manuel
Carlos Silva, Johanna Schouten, Fernando B. Ribeiro, Octávio Sacramento
Vidas na Raia é um estudo sobre o campo social da
prostituição nas zonas fronteiriças do Norte de Portugal (Minho, Trás-os-Montes
e Beira Interior), ao longo do qual, contextualizados os espaços, se reflecte
sobre as origens, os trajectos e as expectativas de vida, assim como sobre as
razões da entrada e permanência das mulheres que trabalham na prostituição.
Mereceu especial atenção a análise das diversas facetas dos seus quotidianos de
vida e algumas reflexões sobre os actores sociais envolvidos (clientes e
proprietários dos bordéis).
«Um grupo de
investigadores de várias universidades portuguesas, coordenado por Manuela
Ribeiro, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), acaba de
publicar uma obra que promete grande reflexão na sociedade contemporânea.
Chama-se “Vidas na Raia – prostituição feminina em regiões de fronteira” e tem
a chancela das Edições Afrontamento.
Os
investigadores (Manuela Ribeiro, Manuel Carlos Silva, Johanna Schouten,
Fernando Bessa Ribeiro e Octávio Sacramento), da UTAD, da Universidade da Beira
Interior e da Universidade do Minho, debruçaram-se nos últimos anos sobre este
fenómeno social através de um ousado e rigoroso trabalho de campo nas regiões
de fronteira, procurando conhecê-lo e estudá-lo, quer nas casas de alterne,
quer ao longo das estradas nas zonas fronteiriças do Norte de Portugal e
Espanha.Como compreender e explicar o recorrente fenómeno histórico da prostituição? Quais as causas para a sua emergência nas sociedades modernas e em especial na região transfronteiriça entre o Norte de Portugal e Galiza-Castela-Leão (só na zona raiana transmontana foram detectados 39 estabelecimentos)? Como se organizam os promotores deste “negócio” nas zonas fronteiriças? Até que ponto é possível, desejável e exequível a abolição desta prática social? Estas são algumas das muitas questões para as quais o livro procurou respostas.» [Notícias do Douro, Dezembro de 2008]
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