“DiVersos –
Poesia e Tradução” n.º 25
Neste
número, datado de dezembro de 1996 mas em circulação a partir do início de
2017, completa-se e encerra-se a evocação do vigésimo aniversário da criação da
DiVersos – Poesia e Tradução.
Poemas de um
poeta grego moderno, como é o caso de Kostís Palamás traduzido por Maria da
Piedade Faria Maniatoglou, prosseguem a quase constante presença de poetas
gregos nas nossas páginas.
Federico
García Lorca, poeta galego? É nessa língua que surge neste número um dos
maiores poetas de sempre de língua castelhana. E como se verá adiante,
justificadamente. Com ele aprofundamos o nosso interesse pela poesia de língua
galega e ao mesmo tempo prestamos homenagem ao grande poeta andaluz no 80.º
aniversário do seu assassinato.
Com o
escritor norueguês Henrik Ibsen, autor dramático mas também poeta – faceta
menos conhecida fora da Escandinávia -, e à semelhança do que aconteceu no n.º
23 com o tema «Poesia e Natureza», iniciamos uma nova etiqueta, «Poesia e Música»,
há muito acalentada mas que só agora foi possível iniciar. À poesia de Ibsen
associa-se a alusão à música de Edvard Grieg, um dos maiores compositores
românticos e o mais reputado compositor norueguês.
Traduzidos
do inglês, apresentamos alguns poemas de Charles Simic, em tradução de
Francisco José Craveiro de Carvalho, e de Seamus Heaney, em tradução de José
Lima.
Do
castelhano, poesia de Miguel Losada, confrade editor da publicação La Revista
Áurea e ele próprio poeta, traduzido para português por Verónica Aranda,
poetisa espanhola que mais adiante surge selecionada e traduzida a si própria
para português em poemas inspirados no ambiente de Lisboa.
Quanto a
poesia originariamente escrita em português, duas miniantologias de dois dos
fundadores da DiVersos, Carlos Leite e Manuel Resende; alguns poemas de um dos
mais importantes intérpretes do surrealismo português, Cruzeiro Seixas, aqui
presentes graças aos bons ofícios de António Cândido Franco. Inês Fonseca
Santos, poetisa com vários livros publicados, surge pela primeira vez nas
páginas da DiVersos, tal como Júlio Henriques, que enquadrámos na etiqueta
«Poesia e Natureza», embora esse não seja, de longe, o único tema da sua
poesia. Nuno Félix da Costa, já anteriormente publicado na DiVersos, está aqui
de novo connosco. Três poetas brasileiros, Helio Neri e Mariana Ianelli, que
chegam até nós pela mão amiga de Elisa Andrade Buzzo, e Tere Tavares, que nos
foi apresentada por Nuno Rebocho, completam as quase duas dezenas de poetas
deste número 25. Vinte e cinco números em vinte anos – não é muito, esperamos
no entanto que se revele como algo mais que uma simples teimosia.
Carlos Leite
nasceu em Vila Real em 1949. É tradutor profissional. Vive actualmente em
Atenas. Publicou, de poesia: O Pesquisador de Ouro, Lisboa, 1981, A Máquina
Vaporosa, Lisboa, 1983; O Brilho do Residual, Lisboa, 1985; O Desflashar dos
Espaços, Lisboa, 1987, todos em Quatro Elementos Editores. E Ostende, Lisboa,
1997, na Black Sun; e ainda este foi sempre o nosso ponto de embarque para a
lua preferido, em colaboração com Filipa Eça, Matosinhos 1999, Contemporânea
Editora. Colaborou em diversas publicações colectivas, nomeadamente Arco Íris,
Mar, Peste, Nuvens, Eldorado e Bumerangue. Um dos quatro fundadores da
DiVersos, em 1996, onde colaborou com poesia própria e com traduções. Entre
outros, traduziu, editados por Livros Cotovia, os livros de poesia Trabalhar
Cansa, de Cesare Pavese, e Paisagem com Inundação, de Iosif Brodskii. A
antologia que se insere a seguir foi realizada pelo editor da DiVersos e é de
sua responsabilidade, tendo no entanto sido revista pelo autor.
Disponível
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila
Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an
Bila Rial...
[também disponível: “DiVersos”
n.º 24]
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