“Rio
Homem” de André Gago
«Em
plena Guerra Civil de Espanha, Rogelio - um jovem galego de ideais republicanos
- e alguns dos seus companheiros de guerrilha entram em Portugal
clandestinamente com o propósito de apanhar, na cidade do Porto, um navio que
os leve aos Estados Unidos e os liberte para sempre da ameaça do fuzilamento e
da prisão. Porém, no momento em que Rogelio se afasta do grupo para testar a
segurança da próxima etapa da viagem, desconhece que virou do avesso o próprio
destino: doravante completamente só num país que desconhece, o jovem sofrerá
uma experiência próxima da morte que, paradoxalmente, o fará renascer como
homem no seio de uma comunidade algo visionária, visitada e admirada por
grandes intelectuais - a aldeia de Vilarinho da Furna. Aí encontrará o amor, de
muitas maneiras. Exaustivamente investigado, narrado com mestria e beleza e com
uma galeria de personagens admiráveis (entre as quais não podemos deixar de
reconhecer, por exemplo, Miguel Torga), Rio Homem cruza duas histórias
magistrais - a de um refugiado que perdeu todas as suas referências e a da
aldeia comunitária que o acolheu e que hoje jaz submersa na albufeira de uma
barragem.»
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