sexta-feira, 15 de abril de 2016

Luvuéi – a maior emboscada sofrida pelos Comandos


“Luvuéi – a maior emboscada sofrida pelos Comandos” de Antero Pires

«(...) Quanto à «excelência da ideia», basicamente, o conteúdo do livro, este tem a originalidade de ter sido escrito por um sargento miliciano comando que viveu parte do período final da guerra em Angola. Já tínhamos um contributo de outro sargento miliciano, mas sobre o princípio da guerra. E de outro comando, mas sobre a Guiné. O Autor consegue transmitir o reverso e o anverso da guerra. Por um lado, as baixas, especialmente na pior emboscada sofrida por tropas comandos; por outro, o exemplo de alguns líderes, a solidariedade/camaradagem que cria laços para a vida… E também revela sensibilidade e humildade, demonstrando sentimentos humanos sublinhados na guerra, tal como, oportunamente, o prémio Nobel Albert Camus referiu n’A Peste, ou seja (cito de memória): «as grandes calamidades, incluindo a guerra, revelam o muito de mau que existe no homem, mas também o muito de bom…» Sentimentos bem marcantes, desde o espírito do Natal ao medo, embora controlado, quer da mata, quer da tempestade… o que me recorda Natais em Angola e na Guiné e o grande tornado na Guiné, articulado com um assalto inimigo…» (M. Barão da Cunha da Nota Prévia)

Antero dos Inocentes Pires nasceu em Bragança, em 1951, onde estudou até ao antigo 7.º ano (incompleto). Com 19 anos veio para Lisboa, ingressando no Ministério das Finanças como Aspirante Provisório.
Em 10.10.1972 iniciou o serviço militar obrigatório no RI5 – Caldas da Rainha, onde concluiu o 1.º ciclo do CSM, tendo sido convocado para fazer provas de ingresso no curso de comandos. Em 17.01.1973, ainda soldado miliciano, embarcou para Angola. De 25.01 a 17.05.1973 frequentou o 26.º curso de comandos no CIC – Centro de Instrução de Comandos – Angola, no final do qual recebeu o crachá e foi graduado em furriel miliciano. De 17.05.1973 até 03.01.1975 integrou a 2042.ª companhia de comandos, tendo operado na Zona Militar Norte e na Zona Militar Leste, ambas da Região Militar de Angola, integrando também o recém-formado Batalhão de Comandos 11 – Amadora a partir de 09.08.1974. Foi louvado pelo Exmo. Comandante do CIC em O. S. n.º 170 de 23.07.1974.
Em 07.02.1975 regressou ao Ministério das Finanças, onde exerceu funções até 31.05.2006, data em que passou à situação de aposentação. Coleciona pedras que recolhe na Natureza, valorizando exclusivamente a vertente estética dos exemplares. Sito na aldeia de Montesinho, e aberto ao público em horário sazonal, tem um espaço expositivo onde mostra os mais belos exemplares da sua coleção.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível os títulos de autores transmontanos sobre a Guerra Colonial: “Angola – O Conflito na Frente Leste” de Benjamim Almeida, “A Última Estação do Império” de António Chaves, “Ultrajes na Guerra Colonial” de Leonel Olhero, “Os Heróis e o Medo” de Magalhães Pinto, “De Bragança a Macau” de Isaías Teles; “Angola 1975 – Testemunho de uma Tragédia” de José Manuel Coelho]


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