“Por Longos Dias,
Longos Anos, Fui Silêncio – Uma Breve Antologia de Autoras Transmontanas”
organização de Hercília Agarez e Isabel Alves
«Em suma, esta
antologia serve sobretudo para nos regozijarmos com Fui Silencio a reunião
destas vozes. Que, em conjunto, elas possam contrariar a história que
caracterizou as vidas de tantas das mulheres transmontanas, essa que
Fracisco Niebro traduz nos seguintes versos: “ – não precisavam as
mulheres de aprender a ler,/ pois os livros não tiravam a fome, não
ganhavam/ jeira, nem levavam irmãos mais novos às/ cavalitas; (…) / –
escola era aprender a cavar, a lavrar, a mondar,/ a ceifar, a cozer pão, a
fiar, a fazer meia, ir em/ busca de lenha pelo monte...”
A referência a
Amadeu Ferreira (1950-2015), aqui sob o pseudónimo de Fracisco Niebro,
torna-se imperiosa, pois foi ele quem, num primeiro momento, mais desejou
esta antologia. Também uma palavra de especial carinho a Graça Morais que
prontamente cedeu uma imagem para a capa – a representação de uma mulher –
que, e parafraseando a artista, bem pode ser a figuração de uma árvore
forte, cheia de raízes e dotada de uma grande energia. Que o grande
silêncio de que fala o título desta antologia se transforme em amplo som –
reverberação das vozes que aqui vos apresentamos.» Hercília Agarez e
Isabel Alves, da Introdução
«Com este projecto,
a Academia pretende ir ao encontro da literatura transmontana, da poesia, da
arte e da investigação (neste caso, produzidas por mulheres); estamos a
prosseguir as finalidades que presidiram à criação da nossa instituição: a
valorização e a promoção das duas línguas do nosso País porque uma delas, o
Mirandês, é no território transmontano que vive e floresce agora, mais do que
nunca. Este desígnio ficou formalmente expresso na Introdução da obra, pelas
suas coordenadoras: “embora se apresente como uma antologia ligada a uma região
concreta de Portugal — Trás-os-Montes e Alto Douro—, tentou cultivar-se um
olhar abrangente do ponto de vista geográfico, cultural e linguístico. Daí, por
exemplo, alguns dos textos surgirem em mirandês” – a prova provada da nossa riqueza
linguística e literária» António Tiza, Prefácio.
As autoras: Adelaide
Monteiro, Alcina Pires, Ana da Conceição Bernardo — pseudónimo Ana Bárbara
de Santo António, Ana Ribeiro, Bina Cangueiro ye Piçporra i Ribeirinha, Cremilde
da Conceição Esteves Alonso, Eduarda Chiote, Graça Morais, Guida Nunes, Isabel
M Fernandes Alves, Isabel Mateus, Lara de Leon, Laura Mónica Bessa-Luís, Lucília
da Glória Verdelho da Costa Ladoucette, Luísa Dacosta, Maria da Assunção Anes
Morais, Maria da Assunção F. Morais, Maria da Conceição Martins Pacheco, Maria
Hercília Agarez de Campos Marques, Maria José Corrêa Pinto, Maria José Quintela
Claro da Fonseca, Maria Júlia Ferreira Barros Guarda Ribeiro, Marília Miranda
Lopes, Paula Salema, Raquel Serejo Martins, Regina dos Santos Sousa Gouveia, Teresa
Almeida Subtil, Virgínia do Carmo.
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível as
seguintes antologias transmontanas: “A Terra de Duas Línguas II – Antologia de
Autores Transmontanos” coordenação Ernesto Rodrigues e Amadeu Ferreira, “Vozes
do Douro – Antologia de Textos Durienses”, “Palavras Que o Douro Tece –
antologia de textos durienses contemporâneos” organização e coordenação José
Braga-Amaral, “Vozes do Douro – Tomo II – Antologia de Textos Durienses”]
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