“La Magie de Las
Letras” bd de José Ruy, traduçon pa l
mirandês Amadeu Ferreira
“A Magia das
Letras” bd de José Ruy
O álbum de banda
desenhada de José Ruy dedicado à vida e obra de João de Deus chega agora à
estampa traduzido para a língua mirandesa, por Amadeu Ferreira e António
Cangueiro.
Poeta, pedagogo e humanista, João de Deus deu origem a um método de aprendizagem de grande difusão com a sua Cartilha Maternal, tornando-se numa importante, senão a principal, referência pedagógica do século XIX. Actualmente, a obra de João de Deus é detentora de 55 centros educativos, entre eles um museu, uma casa-museu e uma Escola Superior de Educação.
Poeta, pedagogo e humanista, João de Deus deu origem a um método de aprendizagem de grande difusão com a sua Cartilha Maternal, tornando-se numa importante, senão a principal, referência pedagógica do século XIX. Actualmente, a obra de João de Deus é detentora de 55 centros educativos, entre eles um museu, uma casa-museu e uma Escola Superior de Educação.
«Na contracapa
consta um texto da autoria de António de Deus Ramos Ponces de Caravalho sobre o
seu bisavô, João de Deus:
João de Deus foi um dos maiores vultos da
cultura portuguesa do século XIX. O país deve-lhes, nas suas múltiplas facetas
de poeta, pedagogo e humanista, as primeiras missões de alfabetização. O antigo
Presidente da República Jorge Sampaio afirmou em discurso proferido no Museu
João de Deus, em Lisboa, ter sido «o ilustre poeta João de Deus,
autor da Cartilha Maternal, quem deu origem a um método de
aprendizagem de grande difusão e mérito. A obra, associada à coerência
política, tornaram-no a referência pedagógica do século XIX». Antero de
Quental, por seu turno, escrevera, referindo-se ao poeta-pedagogo, ser este «o
poeta mais original do seu tempo que fez da sua vida o seu melhor poema». Em
2013, a obra de João de Deus é detentora de 55 centros educativos, entre eles
um museu, uma casa-museu e uma escola Superior de Educação, e multiplica-se em
projetos de apoio aos mais desfavorecidos, dando seguimento ao perfil humanista
do seu fundador.
A biografia em
banda desenhada pode ser um dos géneros mais difíceis de realizar enquanto obra
da nona arte, em especial se, como é o caso, se dispõe de um número reduzido de
páginas para falar de uma vida, e se a iniciativa provém de terceiros e se
pretende ir ao encontro das suas expectativas. Mas estamos a falar de um
autor com 79 álbuns no currículo, 48 dos quais em banda desenhada, tendo ainda
editado e dirigido a 2.ª série de O Mosquito, bem como colaborado em
diversas publicações de BD, com direito a múltiplas homenagens e 25 prémios
atribuídos. Deste modo, não será de estranhar que o autor ultrapasse com mestria
muitas das armadilhas que uma obra deste género contém.
Com recurso a uma
narrativa nem sempre linear, recorre a analepses com coerente representação
gráfica, a qual se altera ainda para uma terceira versão aquando de episódios
não vividos pelo protagonista mas contados pelo mesmo, como a Guerra de Troia.
Curiosamente, a obra não se limita à vida de João de Deus, continuando a
narrativa após a sua morte, concentrando-se, após o inevitável, nos seus
descendentes e na obra que deixou e permanece viva.
A história de José
Ruy (responsável pelo argumento, guião, desenho, legendação e cores
digitais) cativa o leitor, sem o constante empilhar de datas e factos.
Excetuam-se talvez as últimas vinhetas da página e meia final, dada a
imperiosidade de finalizar a obra e não ser pretendido criar toda uma outra
linha narrativa cativante acerca da neta Maria da Luz Ponces de Carvalho, tão
próximo do final.
Na última folha do
miolo do álbum, José Ruy apresenta a bibliografia consultada, que atinge mais
de um quarteirão de obras, não deixando dúvidas quanto à seriedade da pesquisa
realizada no que toca à vida e obra de João de Deus e a documentação gráfica da
mesma e sua época. [blogue “a bd é”]
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila
Rial...
[também disponível do autor
os seguintes títulos: “Mirandês – história de uma língua e de um povo” e
“Mirandés – stória dua lhéngua i dun pobo”, “Ls Lusíadas” Luís de Camões banda
zenhada José Ruy traduçon para mirandês por Francisco Niebro]
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