segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cantigas de cegos - Galiza e Norte de Portugal



“Cantares da Cega do Covelo – Lucía da Conceição Fernándes” por Xosé Lois Foxo
estudio etnográfico: Xosé Rodríguez Cruz
correción lingüistica: Mário Correia
livro + cd

reúne 50 melodias inéditas galaico-portuguesas, muitas delas de cariz medieval e que podem vir a contribuir para a diversificação do reportório das bandas de gaitas

«O livro descreve a vida dos cegos que davam cantigas em troca de esmolas “Cantares da Cega do Covelo” é uma homenagem a Lucía da Conceição Fernándes, uma cantora e música, cega de nascença, que percorreu o norte de Portugal e a Galiza espalhando um tipo de cultura popular hoje praticamente extinta. Apresentado em Aveiro, o livro “Cantares da Cega do Covelo”, complementado por um cd com alguns desses mesmos cantares, é um importante trabalho de investigação e divulgação de um património etno-cultural quase extinto, em que, para além do tributo a Lúcia Fernándes, o autor, Xosé Lois Foxo, descreve a vida dos cegos que percorriam aldeias para pedirem esmola, em troca das cantigas com que alegravam esses “povos”, e inventaria muitas das letras e músicas dessas cantigas populares. “Foram precisamente estes músicos anónimos de carácter popular que guardaram e difundiram a música da Galiza e do Norte de Portugal, servindo de ligação entre o passado e o presente”, escreve Pedro Silva, vereador da cultura da autarquia aveirense, no prefácio deste livro editado pela Escola Provincial de Gaitas da Deputación de Ourense, com colaboração da Câmara Municipal de Aveiro e do Concello de Ourense. 

Lúcia Fernándes nasceu a 22 de Julho de 1932, em S. Vicente da Raia (concelho de Chaves), onde, muito nova, começou a cantar e a tocar. Quando tinha 22 anos de idade, chegou à sua terra Manuel António Oliveira da Silva, um cantor popular, nascido em Esmoriz (concelho de Ovar), com quem se casou. Ambos cantaram em inúmeras terras do Norte de Portugal, da Galiza, de Leão e das Astúrias. O instrumento que tocavam para acompanhar as suas cantigas era a mandolina napolitana de quatro cordas duplas, um instrumento então muito do agrado dos músicos populares. Actualmente, Lúcia Fernándes reside no lugar de Covelo (concelho de Viana do Bolo). Manuel da Silva faleceu em 2002, com 86 anos de idade. O casal teve duas filhas, Irasí e Irene, cada uma delas com três filhos. C.» [Correio do Vouga]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível do autor: "Os Segredos da Gaita", "Músicas do Caurel - Cantares da Serra" Volume II, "Músicas do Caurel - Cantares da Serra" Volume III, "Cantares da Terra das Frieiras - A Gudiña" Volume I, "Cancioneiro Oencia e Contorna" 3 cd + 1 dvd, "Os Últimos Brindeiros de Forgas", "Cantareira de Barro de Arén - Manuela Cortizo Medal" contén CD e DVD]

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Traga-Mundos em Rock Nordeste




A Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real foi convidada para estar presente com uma banca de livros, e mais algumas coisas e loisas, no Vila Real Urban Market, do Festival Rock Nordeste, a 27 de Junho de 2014, no Parque Côrgo, em Vila Real.


VILA REAL URBAN MARKET
FESTIVAL ROCK NORDESTE


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Aos olhos de Eduardo Teixeira Pinto



“Aos Olhos de Eduardo” – catálogo de exposição

«Exposición del fotógrafo portugués Eduardo Teixeira Pinto en Ourense

A media mañana del sábado, 14 de junio, tendrá lugar en el Museo Municipal de Ourense la inauguración de la exposición “A os olhos de Eduardo. El artista que retrató Amarante”. Esta muestra está organizada conjuntamente por la Fundación Vicente Risco y por la Associaçao para la criação del Museu Eduardo Teixeira Pinto (Amarante) y se desarrollara dentro de los actos de la Capital de la Cultura del Eixo Atlántico.

Durante el acto inaugural tendrá lugar la firma de un protocolo de colaboración entre ambas instituciones.

Se trata de una selección de fotografías representativas del trabajo de Eduardo Teixeira (1933-2009), uno de los mejores y más galardonados fotógrafos portugueses del siglo XX. Los temas principales que trata son la naturaleza y la figura humana.

Esta exposición podrá visitarse hasta el próximo 30 de septiembre.» [Eixo Atlântico do Nordeste Peninsular]
 

«UM HOMEM NA NÉVOA

O século passado foi o século da imagem. Um tempo em que percorremos o caminho da magia e da desconfiança em direção ao prestígio e à arte. Foram décadas de pesquisa, de documentarismo, de experimentação, de vanguarda e transgressões, de pioneiros que percorreram o mundo ao encontro de uma realidade que se esvaía e arriscados criadores que alicerçaram as bases para os profissionais, as escolas e os grandes movimentos artísticos. E também de espaço para a partilha, para o diálogo com outras artes e com inúmeras formas de expressão.


A par de tudo isso, num mesmo tempo e compartilhando afetos, dúvidas e inquieta­ções, desenvolveram o seu trabalho os grandes fotógrafos num mesmo tempo. Au­todidatas na maioria das vezes, e outras vezes herdeiros de uma tradição familiar, os mestres da luz percorreram todos os caminhos e habitaram todos os géneros: da reportagem social à vida política ou desportiva, dos ofícios e costumes (que se iam perdendo) às festas, dos desastres naturais ao bucolismo das paisagens.

Eduardo Teixeira Pinto foi um desses mestres, um artista que fez de Amarante o seu universo e do Rio Tâmega um objeto de desejo — o amigo e companheiro com quem dialogou toda a sua vida. O homem que caminhava entre a névoa para a água, na busca dessa luz que transmutava o rio, as gentes, as edificações e a natureza em cenas mágicas, em imagens que nos resgatavam um paraíso perdido. A fotografia converteu-se em história pela sua mão.

O que dizem os homens que conversam à noite, acovilhados pelos fantasmas sob a sombra do mosteiro, os Amarantinos que carregam as pipas e os barris pelas ruas, os bois que se perdem por esse mar de pedra, as crianças que jogam, as roupas a soalhar, os moinantes, as festas tradicionais, os ciganos, a vida dos bairros pobres e os galãs nos dias de lazer. E para além das verdades líquidas que nascem do Tâme­ga — esse rio que marca a vida de Amarante e do seu fotógrafo — o espaço de trabalho, da pesca, dos jogos, de amores e de tragédias.

Eduardo foi, num só, todos os fotógrafos do século, e Amarante o seu cenário de de­leitação. O seu olhar e mestria geraram uma obra que é parte fundamental da história do seu povo e que, na sua essência, o coloca ao lado dos grandes fotógrafos que foram fiéis a um princípio imortal da imagem: o de fixar uma realidade que começa a ser passado no exato momento de fotografar.»

Xosé Manoel Rodríguez, jornalista de La Voz de Galícia

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Rostos transmontanos



“Rostos Transmontanos” de Paulo Patoleia

Trata-se um livro de retratos, selecionadas pelo autor e legendados pelos autores a seguir indicados, que escrevem em Português, Mirandês e Castelhano.

A. M. Pires Cabral; Alfredo Cameirão; Amadeu Ferreira; Antero Neto; António Afonso; Antonio Gómez; António Júlio Andrade; António Luís Pereira; António Pimenta de Castro; António Sá Gué; António Tiza; Arnaldo Silva; Artur Salgado; Assunção Anes Morais; Augusto Bordalo Ferreira; Bernardino Henriques; Berta Nunes; Carlos Carvalheira; Carlos d’Abreu; Carlos Pedro; Carlos Sambade; Chus & José Ballesteros; Emilio Rivas Calvo; Ernesto Rodrigues; Fernanda Guimarães; Fernando Mascarenhas; Henrique Pedro; Isabel Mateus; Isabel Matos; J. Rentes de Carvalho; João Farias; Jorge Abreu Vale; Jorge Cordeiro; Júlia Ribeiro; Lara de León; Leandro Vale; Leonel Brito; M. Hercília Agarez; Manuel Ambrosio Sánchez Sánchez; Maria de São Miguel; Miguel Pires Cabral; Paula Martins Machado; Renato Roque; Rogério Rodrigues; Rosa Sánchez; Teresa Leonardo Fernandes; Tiago Patrício; Virgínia do Carmo; Vitor da Rocha.

«Já tinha escrito neste blog que: "Paulo Augusto Patoleia deambula pelas nossa terras de máquina fotográfica em punho roubando a alma às criaturas que se lhe atravessam pela frente, desnudando a essência de um Povo. Bem haja pelas magníficas fotos."
Agora, a obra de Paulo Patoleia ganha espaço através da edição deste livro. Tive o privilégio de ser convidado a redigir legendas para duas das fotos constantes da obra. Vale a pena adquirir este magnífico legado do fotógrafo que logrou captar com a sua objectiva o âmago das existências rudes e sofridas das nossas gentes, conferindo-lhes a merecida eternidade. Mais uma vez, bem haja Paulo Patoleia!» [Antero Neto]

Paulo Augusto Patoleia nasceu em 1959, na Açoreira, estudou em Torre de Moncorvo, onde fez o curso geral de Administração e Comércio. Rumou ao estrangeiro em 1982. Viveu em França, Suiça e Alemanha onde esteve ligado à pintura e escultura. Voltou a Portugal em 1987 e criou no Felgar, aldeia do Concelho de Torre de Moncorvo, um atelier para artistas plásticos, promovendo com regularidade intercâmbios culturais, com artistas nacionais e estrangeiros, nomeadamente com a cidade de Mainz, Alemanha, e onde passaram nomes como: Betina Dosch, Inca Stole, António Ferro.
Dedicou-se à fotografia a partir de 2004, na categoria retratos, dedicação essa que culminou em Fevereiro de 2009 com uma exposição intitulada «Rostos Transmontanos», em Torre de Moncorvo. Em setembro do mesmo ano a exposição rumou a Lisboa, estando patente no museu da Republica e Resistência. No ano seguinte esteve no festival de Arte de Vanguarda e Morille-Salamanca, seguindo-se uma tournée pelas Beiras e Trás-os-Montes, mais concretamente nos municípios de Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Guarda, Mêda e Foz Côa.

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terça-feira, 24 de junho de 2014

Património Mundial da UNESCO: Alto Douro vinhateiro - aliança entre Ciência e Cultura




A Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real foi convidada para estar presente com uma banca de livros, e mais algumas coisas e loisas, no seminário “Património Mundial da UNESCO: Alto Douro vinhateiro – aliança entre Ciência e Cultura, que irá decorrer nos dias 25 e 26 de Junho de 2014, na UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, organizado pela Comissão Nacional da UNESCO e a UTAD.


«Subordinado ao tema “Património Mundial da UNESCO: Alto Douro vinhateiro – aliança entre Ciência e Cultura”, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Comissão Nacional da UNESCO realizam nos dias 25 e 26 de junho, um Seminário de reflexão que reunirá as mais diversas entidades com responsabilidades nesta temática.

Este Seminário pretende demonstrar a importância e valor da aliança entre ciência e cultura para um território que conta com duas chancelas UNESCO, o Alto Douro Vinhateiro e o Parque Arqueológico do Côa, e conta com intervenções de representantes da Comissão Nacional da UNESCO, da UTAD, da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCDR-N), da Fundação Côa Parque - Museu do Côa, do Museu do Douro, da Real Companhia Velha, da Porto Cruz, da Douro Azul, entre outros.

No primeiro dia, o Seminário decorre na Aula Magna da UTAD, com a sessão de abertura às 9h30 e integra os painéis “A cultura na afirmação da região” e “O conhecimento científico como motor de desenvolvimento regional”, que terminam com uma mesa redonda, para discussão dos desafios futuros para a Região. No segundo dia, será realizada uma visita guiada ao Vale do Douro e a Foz Côa. No decurso desta visita, da responsabilidade do Comité Português para o Programa Internacional de Geociências da UNESCO serão abordados diversos aspetos relacionados com a Ciência e Cultura desta Região.

Este seminário é aberto ao público, mas sujeito a inscrição. O valor da excursão inclui almoço e entradas nos museus do Douro e do Côa.»


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sardinha - receitas



Cozinha Portuguesa – Sardinha – texto em português
Cocina Portuguesa – Sardina – texto en español
Portuguese Cuisine – Sardines – english text
Cuisine Portugaise – La Sardine – texte en français


[livros de receitas]


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domingo, 22 de junho de 2014

A Magia dos Sonhos



Apresentação do livro “A Magia dos Sonhos” pelos autores
contos de Fernando Azevedo, ilustrações de Isaura Sousa
dia 28 de Junho de 2014 (sábado), pelas 21h00
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real


«A “Magia dos Sonhos” é um livro de contos infanto-juvenil ligado também à cultura popular pelos contos que apresenta. As crianças e jovens podem ficar a conhecer algumas coisas que nos dias de hoje deixaram de ser tão habituais ou mesmo os adultos podem recordar situações ligadas à sua infância. Um dos contos “O Galo Pedrês”, o galináceo preferido da capoeira é para muitas crianças totalmente desconhecido ou diferenciado das outras espécies, sendo esta uma raça forte e de grande resistência, tendo estado mesmo à beira da extinção.

O autor dos contos, Fernando Azevedo, trasmontano com a sua vida profissional ligada à educação habituado a lidar com crianças e às populações rurais, com determinação e espírito imaginativo reuniu alguns contos que decidiu partilhar com o público. Esta partilha estendeu-se à ilustradora Isaura Sousa, transmontana ligada também à educação e particularmente às artes. Os dois autores conduziram assim uma parceria que acreditam ser de extrema importância, nomeadamente conciliar o texto com a imagem.

 A Livraria Traga – Mundos, como em muitas situações faz mais uma apresentação de um livro, criando um evento no seu espaço confortável e acolhedor, onde tudo que se liga à cultura em geral acontece, proporcionado oportunidade de divulgar autores de diferentes áreas culturais da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Fernando Azevedo, transmontano, é professor do 1º C.E.B. Frequentou o 4º ano de Psicopedagogia. e tem a licenciatura em Gestão e Administração Escolar. Em 1988  foi professor de Língua e Cultura Portuguesa em França e colaborou na tradução da obra de Fernando Pessoa "O Príncipe e o Marinheiro", que foi nesse mesmo ano representado no festival de Avignon em França..Publicou em 2013 "Igor, Histórias de ontem e de hoje. Atualmente leciona no Agrupamento de escolas Dr. Júlio Martins em Chaves.

Isaura Sousa, transmontana, desde sempre revelou o gosto do desenho e da pintura. Juntando o útil ao agradável a sua opção de carreira foi a licenciatura em Educação Visual e Educação Tecnológica, seguindo o ensino como opção. Continuando o percurso académico fez o Mestrado em Cultura Portuguesa, nomeadamente com o desenvolvimento da sua dissertação na área da pintura, tendo como objeto de estudo o artista Almada Negreiros. Atualmente é doutoranda em Ciências da Cultura na UTAD sendo que o seu interesse na investigação continua a ser a pintura, tendo o estilo naturalista como especifico e o pintor José Malhoa como objeto de estudo, no desenvolvimento da tese. A par do ensino a pintura é uma atividade constante e presente na sua vida. A ilustração é outro desafio que gosta de fazer e este livro é mais uma oportunidade criativa.»


António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- de 2 a 30 de Junho de 2014: exposição “A Criança sob o olhar de Eduardo Teixeira Pinto” fotografias a preto-e-branco de Eduardo Teixeira Pinto;
- dia 25 de Junho de 2014 (quarta-feira), das 09h30 às 18h00: participação com banca de livros, mais algumas coisas e loisas, no seminário “Património Mundial da UNESCO – Alto Douro Vinheteiro – Aliança entre Ciência e Cultura”, na Aula Magna da UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;
- dia 27 de Junho de 2014 (sexta-feira), das 17h00 às 24h00: participação com banca de livros, mais algumas coisas e loisas, no Vila Real Urban Market, do Festival Rock Nordeste, no Parque Côrgo;
- dia 5 de Julho de 2014 (sábado): participação na “Mostra de Saberes e Culturas em Vila Real”, em Justes (Nossa Senhora de Lurdes), organização da “AdJustes – Associação para o Desenvolvimento Local de Justes” e GT nº7 do Fórum de Vila Real do Projeto 40º Aniversário 25Abril da UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Nos meses de Maio, Junho e Julho a Traga-Mundos irá acolher três diversas exposições de fotografias a preto-e-branco de Eduardo Teixeira Pinto (1933-2009), insigne fotógrafo nascido em Amarante e detentor de diversos «prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960), na época, uma das mais altas distinções a nível nacional».

sábado, 21 de junho de 2014

Vila Real: Feira de Santo António



“Villa Real Alegre – A Feira de Santo António” de Ribeiro Aires

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[também disponível do autor: “História das Freguesias do Concelho de Vila Real”, “A República no Distrito de Vila Real (1873-1933)”, “Vila Real – Conspirações, Rebeliões e Revoluções”, “Villa Real – Invasões Francesas: Figuras e Factos”]

sexta-feira, 20 de junho de 2014

da_vide

Arte e Desenvolvimento Tecnológico com resíduos da vinha

O projecto Da_Vide é um projecto de Investigação e Desenvolvimento que tem por objectivo encontrar aplicações para as milhares de toneladas de vides que resultam todos os anos após a poda. Estão a ser desenvolvidas soluções em diversas áreas como produção energética, componentes e acessórios industriais, design, moda, decoração e artesanato. 

esferográfica em vide
esferográfica em gavinha
pulseira em gavinha

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Cidadão do mundo, sefardita e transmontano



“Jacob (Francisco) Rodrigues Pereira. Cidadão do mundo, Sefardita e Transmontano” de António Júlio Andrade e Maria Fernanda Guimarães

«Aproxima-se a passagem do 3º centenário sobre a morte de Jacob Rodrigues Pereira, o inventor de um método inovador de educação dos surdos-mudos. Casualmente nascido em Espanha quando seus pais iam fugidos da inquisição de Portugal, ele e seus familiares sempre se consideraram portugueses.
Seus ascendentes eram todos trasmontanos e por isso pensamos que devemos ser nós os trasmontanos a promover uma celebração digna de tal efeméride, pois que Jacob Rodrigues Pereira será, porventura, o homem trasmontano mais conhecido no estrangeiro.
Pensamos, por outro lado, que a melhor forma de celebrar o centenário do nascimento de Jacob Rodrigues Pereira é ir ao encontro da nossa própria história onde os marranos e os judeus desempenharam um papel de extrema importância. Também eles ajudaram a moldar o Homem Trasmontano que, ontem como hoje, sempre soube afirmar-se como cidadão do mundo, na boa tradição sefardita. Como escreveu Jorge Luís Borges, também ele descendente orgulhoso de Trasmontanos, nas veias de todos nós corre uma gota de sangue judeu.
Foi a pensar em tudo isto que escrevemos este livro tentando fazer reviver a ambiência marrana em Trás-os-Montes ao tempo do nascimento de Francisco Rodrigues Pereira. Escrevemo-lo com a consciência de que temos de acertar contas com a história e de orgulhosamente dizer quem somos: - Nós trasmontanos, sefarditas e marranos.» [Os autores]

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[também disponível dos autores: “Os Isidros – A Epopeia de uma Família de Cristãos-Novos de Torre de Moncorvo” e “Marranos em Trás-os-Montes – Judeus-Novos na Diáspora: O Caso de Sambade”; “Os Judeus no Noroeste da Península Ibérica” de João Domingos Gomes Sanches, “Marcas Arquitectónicas Judaicas e Vítimas da Inquisição no Concelho de Mogadouro. D. Luis Carvajal y de La Cueva” de Antero Neto]

terça-feira, 17 de junho de 2014

1975, PREC, Trás-os-Montes



“Mil Novecentos e Setenta e Cinco” de Tiago Patrício

Uma viagem improvável a uma aldeia imaginária do nordeste transmontano no ano de viragem de 1975, representada num romance por várias personagens que tentam recuperar formas de vida que estão a desaparecer, em contraste com um novo mundo que se impõe.

É um romance onde cabe tudo: amores tardios, mortes adiadas, fugas e regressos triunfais, infidelidades descobertas dentro de armários, alfaiates e coveiros desempregados, mulheres que lavam no ribeiro e rapazes que as espreitam, ferroviários, comerciantes e todos os deserdados e perseguidos que tentam subir as escadas dos antigos e dos novos proprietários.

Nesta viagem pelas longas paisagens transmontanas, entrecortadas por desvios súbitos e perigosos, tal como as antigas linhas de via estreita da região, o leitor é conduzido pela mão de personagens que insultam e provocam gargalhadas na mesma frase, com um humor contagiante, que varia entre a temperança e a exaltação.

Leitura imperdível, de um autor que é já reconhecido como voz a um tempo regional e universal, no que à essência humana diz respeito.

Excerto
«Cada vez percebo menos, palavra de honra. Então fez-se a Revolução para quê? Agora vós também vos armais em esquisitas? Uma pessoa aqui a fazer-vos as vontades todas, a tratar-vos bem, a levar-vos nas palminhas, sempre simpáticos, a deixar os nossos afazeres para vos satisfazer, a abrir as portas das nossas casas e a oferecer o melhor vinho e a melhor comida e todas as coisas típicas e agora, na hora da verdade, é assim? É que para ti nem era nada de especial e para mim significava muito. Nem imaginas, desde que te vi ao pé da igreja no primeiro dia que ando aqui cheio de vontade e tu nada. Ouve lá, tu se calhar não gostas de homens? É isso, não é? Ouvi dizer que isso era moda nas cidades. Mas olha que eu trato-te bem, tu sabes que eu sei preparar muito bem uma mulher, é uma coisa natural para mim e nunca tenho pressas. Mas se tu não queres aproveitar, lá se vai a oportunidade, mas olha que acho mal. Até estou a sentir-me desprezado e isso é um sentimento negativo, acho que estás a criar mau ambiente sem necessidade.»

Autor
Nasceu no Funchal em 1979 e foi viver para Carviçais com apenas 9 meses. Estudou na telescola, andou em carroças, conduziu carros sem carta, fez corridas de motorizada sem capacete e aos 19 anos ingressou na Escola Naval. Regressou à vida civil para estudar na Faculdade de Farmácia e em 2007 começou a trabalhar como farmacêutico. No mesmo ano venceu o prémio Jovens Escritores e foi seleccionado pelo Clube Português de Artes e Ideias para uma residência em Praga. Escreveu a peça Checoslováquia e o livro Cartas de Praga, apresentado em Skopje em 2009. Depois disso nunca mais conseguiu largar os livros nem o teatro.
Venceu os prémios Daniel Faria e Natércia Freire em poesia e o Prémio Agustina Bessa-Luís em 2011 com o seu romance “Trás-os-Montes”.
Participou em algumas residências literárias: Turquia, Tunísia, EUA, Repúblicas Bálticas e alguns dos seus textos foram publicados no Egipto, Eslovénia, Espanha e República Checa.

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[também disponível do autor: “Trás-os-Montes”]


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Gaiteiros de Galicia



“Músicas do Gaiteiro de Ventosela – Xan Míguez González (1847-1912)” por Marco Foxo

Marco Foxo recupera la música del mítico gaiteiro de Ventosela

Recrea las piezas de uno de los intérpretes más reconocidos del XIX.

A obra recolle cantigas e melodías de homenaxe a este músico galego que modernizou e dignificou a gaita.

«O gaiteiro Marco Foxo di que gravar un CD con músicas inspiradas no gaiteiro máis famoso de Galicia e precursor da modernidade deste instrumento "é unha honra e unha gran responsabilidade". Así o afirmou hoxe na presentación do traballo "Músicas do gaiteiro de Ventosela Xan Míguez González (1847-1912)", un CD no que Marco Foxo, acompañado ao clarinete por Xosé Lois Tielas; ao redobrante por Jonathan Ferreira; ao bombo por Iago Alonso, e coa colaboración das cantareiras da Real Banda de Gaitas da Deputación de Ourense, fai un percorrido por diferentes estilos da música galega, sempre baseado na obra de Xan Míguez.
A presentación tivo lugar na sala de xuntas do Pazo Provincial, e contou coa presenza do gaiteiro Marco Foxo; do vicepresidente da Deputación de Ourense, Rosendo Fernández; do profesor Xesús Alonso Montero; da bisneta de Xan Míguez, Maite Varela; acompañados de Clodomiro Montero e do director da Real Banda, Xosé Lois Foxo, así como de alcaldes e representantes dos concellos ddo Ribeiro: Arnoia, Beade, Castrelo, Cenlle, Cortegada, Leiro, Melón e Ribadavia.
Xosé Lois Foxo explicou que é importante "dignificar o noso e poñer en valor a músicos que tanto fixeron pola cultura galega como foi o gaiteiro de Ventosela, que foi o primeiro en lucir o traxe tradicional galego e en abrir a gaita a outros usos diferentes aos relixiosos e procesionais, dándolle así un carácter de ocio e divertimento que ata ese momento non tiña". Foxo destacou que Ourense é a provincia que máis representacións iconográficas ten de gaiteiros, "e por todo elo, o feito de seguir preservando a nosa cultura musical é unha obriga que temos".
Pola súa banda, Rosendo Fernández destacou "o gran salto á modernidade que supuxo a música do gaiteiro de Ventosela, quen no último treito do século XIX foi que de ampliar o horizonte musical", e loubou o traballo de investigación e estudo de Marco Foxo "convertido en realidade con esta obra musical que nos permite conservar neste CD unha parte importante da historia musical de Ourense".» [Deputación Ourense]

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[também disponível de Marco Foxo: “Gañador Solistas 2009”]

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Livraria Preferida de Portugal - 6.º lugar


A Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real esteve a votos online entre 13 de Maio a 6 de Junho de 2014 no concurso “Livraria Preferida de Portugal” promovida pela APEL. Foram publicados os resultados: a livraria Traga-Mundos ficou em 6.º lugar no ranking das livrarias preferidas a nível nacional – só as cinco primeiras classificadas tiveram direito a ser noticiadas...

A metodologia foi a seguinte: «Escolha da livraria preferida (resposta única) e indicação de 3 razões para a escolha da livraria preferida.»

Na categoria de “Conveniência de Serviços”, ou seja, «quer pelos horários alargados, quer por disponibilizarem serviços úteis para os seus clientes», a livraria Traga-Mundos fica em 4.º lugar, com uma percentagem de 48% – recordamos que o nosso horário é de 2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00 e a Traga-Mundos é também um espaço de galeria de exposições (pintura, fotografia, escultura, cerâmica, artesanato, etc) e um espaço de diversos eventos (apresentações de livros, tertúlias temáticas, workshops, ateliers, oficinas, etc).

Na categoria de “Melhor Ambiente”, ou seja, «por ser acolhedora, confortável, ter o melhor ambiente», a livraria Traga-Mundos fica em 6.º lugar, com uma percentagem de 87%.

Na categoria de “Melhor Atendimento”, ou seja, «por os seus clientes se sentirem muito bem atendidos e quem lá trabalha já saber os gostos dos clientes e fazer sugestões direcionadas aos seus interesses», a livraria Traga-Mundos fica em 10.º lugar, com uma percentagem de 69% – enquanto, por exemplo, a FNAC – Chiado obtém 21% e a FNAC – Colombo 7%...

Na categoria de “Melhor Catálogo”, ou seja, «por ter a maior oferta/livros que se procura», a livraria Traga-Mundos fica em 14.º lugar, com uma percentagem de 34% – recordamos que somos um espaço temático, especializados em Trás-os-Montes e Alto Douro Vinhateiro, seus autores e cultura, e neste campo, certamente com a maior oferta de livros e produtos.

A todos as livrarias que estiveram a votos, as nossas felicitações. A todos que depositaram a sua escolha e confiança na Traga-Mundos, o nosso muito muito obrigado!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

O amor proibido - na raia

“Consuelo, o amor proibido” de Bernardino Henriques

«A raia foi muito mais que um espaço geográfico. A raia foi um microcosmo, um espaço multicultural, económico e comunitário, um espaço de partilhas que os seus habitantes sempre souberam conciliar, às vezes ignorando a lei, lei essa muitas vezes ao serviço de outros interesses e não os dessa comunidade.
A raia, como se percebe, é o pano de fundo de grande parte dos contos que o autor nos oferece. Essas vivências transfronteiriças surgem-nos num período conturbado da nossa história, num período em que a guerra civil grassava em Portugal e onde, mais uma vez, os ideais eram comuns em ambos os lados da fronteira.
Perante esta realidade histórica, que é um facto, somos obrigados a questionar-nos sobre a física fragilidade da mesma e, quem sabe, a elevar o nosso pensamento para este nosso tempo, este início do século XXI, muito próprio, muito global, mas simultaneamente egocentrista.
Consuelo, o amor proibido, não é uma obra de mera ficção. Estas bem urdidas narrativas de Bernardino Henriques possuem uma dimensão humana que me leva a apostar na sua divulgação. Nelas, há a eterna luta entre a emoção e a razão, seja ela qual for, e que muitas vezes é o resultado de uma época histórica, de uma ética e moral vigentes, e não fruto do desenvolvimento e do progresso humano.
O ser humano é-nos apresentado frágil, cheio de contradições, e nem o estatuto profissional o consegue enobrecer. As emoções, sejam elas de celibatários ou não, acabam sempre por influenciar o nosso comportamento, às vezes extremo, e a questão põe-se mais uma vez: onde acaba a emoção e começa a razão, ou vice-versa?
O autor não nos dá nenhuma resposta, e nem é necessário. Isso é sempre algo que permanecerá na consciência de cada um de nós, e poderá ser sempre avaliado de diferentes perspectivas. Há uma relatividade em tudo o que é profundamente humano, esse relativismo é atávico, faz parte da sua natureza e permanecerá nele, em nós, ao longo da sua existência.»
António Sá Gué, Nota do Editor

Bernardino Henriques nasceu em Fóios, Sabugal, e é licenciado pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e pela Universidade Católica de Lisboa, além de ter frequentado linguística alemã na Universidade de Münster (Alemanha). Trabalhou no Consulado Geral de Portugal em Osnabrück (Alemanha).
Foi diretor de “O Nosso Jornal” (Lagos) e chefe de redação do jornal “Terra Quente” (Mirandela). Além disso, colaborou em outros jornais como “Diálogo do Emigrante” (Münster, Alemanha), “Mensageiro de Bragança” e “Voz do Nordeste” (Bragança), bem como na revista internacional dos portugueses emigrantes “Peregrinação”. Colaborou na obra “A Diáspora em Letra Viva” (Cacilhas, 1998), com o poema "Des (al) armamento)", e em “Leiamos – contoário” (Lisboa, 2006 com o conto "Uma escolha singular") e em “Trás-os-Montes e Alto Douro, Mosaico de Ciência e Cultura” (Lagoaça, 2012).
É autor de várias obras, tanto em prosa como em poesia, e tradutor de dezenas de títulos do francês, italiano e espanhol. Traduziu cerca de duas dezenas de títulos, do francês, espanhol e italiano. Vive em Mirandela.

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