segunda-feira, 4 de março de 2013

Diabo em etnoficção


“O Diabo Veio Ao Enterro” de A.M. Pires Cabral

Este livro é inegavelmente uma obra de contos – uns tirados da imaginação do autor, outros recolhidos da tradição popular nordestina.
Pode ver-se também como uma colectânea de crónicas do quotidiano de uma aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros (Grijó, mais precisamente) em pleno Verão.
Finalmente é possível encarar este trabalho como o resultado de uma actividade de captação não só de elementos da etnoficção trasmontana (como já ficou assinalado acima), mas principalmente da linguagem popular que hoje já só vemos usada, e pouco, pelos idosos que vão sobrevivendo aos ventos do presente e resistindo à normalização imposta pela televisão
e demais órgãos de comunicação de massas.
Resumindo: conto, crónica, recolha – tudo misturado numa obra compósita que pretende ser o retrato comovido (embora bem-disposto) de um mundo em extinção: o mundo rural do Nordeste português. Para que se saiba como foi.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também do autor os títulos: “O Cónego”e “A Loba e o Rouxinol” (romance); “O Diabo Veio Ao Enterro”, “O Porco de Erimanto” e “Os Anjos Nús” (contos); “Que Comboio É Este”, “Arado”, “Antes Que O Rio Seque” e “Cobra-D’Água” (poesia); “Trocas e Baldrocas ou com a natureza não se brinca” com ilustrações de Paulo Araújo (infanto-juvenil); “Páginas de Caça na Literatura de Trás-os-Montes” (selecção de textos e organização, antologia); “Aqui e Agora Assumir o Nordeste” (antologia) selecção e organização de Isabel Alves e Hercília Agarez; “As Águas do Douro” coordenação Gaspar Martins Pereira]

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