“Horizontes da Literatura – Pessoa em Saramago” de João Cabrita
Estudar Literatura
é no essencial ler textos. Ler é interpretar, conhecer o que está escrito. Ler,
escrever e conhecer a língua são três vértices de um triângulo que se deseja
sabido, a cuja área ou perímetro chegamos, graças a um trabalho que se vai
desenvolvendo ao longo do quotidiano.
Sabemos que a
língua é um dos símbolos da Pátria. Ninguém fala melhor a língua portuguesa que
nós. Pergunta-se: quantos a falam bem? Quantos a lêem bem? Quantos a escrevem
bem? A resposta não fica adiada. Se o professor gosta de ler, de escrever e de
conhecer, por inerência de funções ou não, como ensinar Literatura? Como fazer
gostar do que ele gosta?
Se a primeira
grande dificuldade do aluno é a sua competência linguística, é de primordial
importância a leitura/compreensão de textos literários na aula, e por que não
seguir o conselho de Saramago: “Um homem deve ler de tudo, um pouco ou o que
puder, não se lhe exija mais do que tanto, vista a certeza das vidas e a
prolixidade do mundo. Começará por aqueles títulos que a ninguém deveriam
escapar, os livros de estudo, assim vulgarmente chamados, como se todos o não
fossem.”
E foi a visão de
Saramago, a partir de um dos heterónimos de Pessoa, que nos conduziu à feitura
de um livro, onde as categorias da narrativa se abrem a uma leitura, que torna
mais fácil a lisibilidade do texto e a compreensão da escrita saramaguiana.
João Cabrita é
licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade
Clássica de Lisboa, Mestre em Didáctica da Língua e Literatura Portuguesas,
pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Doutorado em Filologia
Portuguesa pela Universidade de Salamanca. Foi docente do ensino secundário e
superior.
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila
Rial...
[disponível também do autor
os seguintes títulos: “O Liceu Nacional de Bragança e o Seu Patrono: Uma
história por contar...” e “Trindade Coelho – um homem na encruzilhada do seu
tempo”]
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