“Elogio do
Inacabado” Agustina Bessa-Luís
Cinco inéditos de Agustina Bessa-Luís,
concluídos na segunda metade da década de 60, acabam de ser editados pela
Fundação Calouste Gulbenkian num único volume intitulado Elogio do Inacabado. A publicação
acontece por ocasião do Congresso Internacional Ética e Política na Obra de Agustina Bessa-Luís,
que irá realizar-se a 14 e 15 de outubro, na Fundação Gulbenkian, e no decorrer
do qual será apresentado este livro. O Congresso é organizado pelo Círculo
Literário Agustina Bessa-Luís.
Os cinco manuscritos que integram este volume – Homens e Mulheres; As Grandes Mudanças; Coração-de-Água; O Caçador Nemrod; Os Meninos Flutuantes – são esboços de romances que Agustina Bessa-Luís escreveu durante um interregno editorial que só terminou em 1970 (com a publicação de As Categorias), conta-se na nota de apresentação deste livro.
O prefácio, assinado por Silvina Rodrigues Lopes, relembra: “Os textos não publicados pelo autor, que ficaram inacabados, podem ter sido objeto de abandono, adiamento, ou ser esboços que depois são retomados noutros livros. A sua edição vem cumprir o que neles ficou interrompido, o endereçar-se aos leitores.” A especialista da obra de Agustina Bessa-Luís assegura também no prefácio que os livros da autora “estão entre os instauradores da modernidade literária, que não se confunde com ideias vanguardistas ou de progresso, e onde se afirma que a liberdade não é uma prerrogativa de que se usufrui, mas uma exigência”.
Os cinco manuscritos que integram este volume – Homens e Mulheres; As Grandes Mudanças; Coração-de-Água; O Caçador Nemrod; Os Meninos Flutuantes – são esboços de romances que Agustina Bessa-Luís escreveu durante um interregno editorial que só terminou em 1970 (com a publicação de As Categorias), conta-se na nota de apresentação deste livro.
O prefácio, assinado por Silvina Rodrigues Lopes, relembra: “Os textos não publicados pelo autor, que ficaram inacabados, podem ter sido objeto de abandono, adiamento, ou ser esboços que depois são retomados noutros livros. A sua edição vem cumprir o que neles ficou interrompido, o endereçar-se aos leitores.” A especialista da obra de Agustina Bessa-Luís assegura também no prefácio que os livros da autora “estão entre os instauradores da modernidade literária, que não se confunde com ideias vanguardistas ou de progresso, e onde se afirma que a liberdade não é uma prerrogativa de que se usufrui, mas uma exigência”.
Segundo Mónica Baldaque, filha de Agustina Bessa-Luís, os cinco romances que a Fundação agora publica estão todos incompletos por decisão da autora, à exceção de um. “A minha mãe sempre defendeu o inacabado, foi uma constante ao longo da sua obra”, disse a também diretora do Círculo Literário Agustina Bessa-Luís em declarações à Agência Lusa, em outubro de 2013.
O primeiro livro de Agustina Bessa-Luís, Mundo Fechado, foi editado em 1948. Desde então a escritora publicou ficção, ensaios, teatro, crónicas, memórias, biografias e livros para crianças. Várias obras suas foram adaptadas ao cinema por realizadores como Manoel de Oliveira e João Botelho. O romance A Sibila, que celebra este ano o 60.º aniversário da sua 1.ª edição, valeu-lhe os prémios Delfim Guimarães, em 1953, e Eça de Queiroz, em 1954. Em 2004, a escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com os prémios Camões e Vergílio Ferreira, que se somam a muitos outros galardões. Nos últimos anos, Agustina Bessa-Luís tem estado retirada da vida pública por razões de saúde.
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também os
títulos: “Camilo – Génio e Figura” de Agustina Bessa-Luís, “As Metamorfoses” de
Agustina Bessa-Luís e Graça Morais, “Vida e Obra – Agustina Bessa-Luís” por
Fernando Pinto do Amaral, Inês Pedrosa, João Botelho, José Saramago, Luís
Caetano, Manoel de Oliveira, Maria de Fátima Soares, Maria de Jesus Barroso,
Mónica Baldaque e Urbano Tavares Rodrigues]
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