“Memórias da Maria
Castanha” de Jorge Lage
- vocabulário,
variedades de castanhas, expressões, provérbios, receitas tradicionais e outros
saberes etnográficos do castanheiro -
«Num almoço de
Natal, no Centro de Dia da Arrifana, concelho da Guarda, ouvi a um utente as
palavras: «castanhas caniçadas». Estas palavras estranhas e belas para mim foram
o clique para um novo livro, «Memórias da Maria Castanha».
Parecia, de início,
uma tarefa simples e rápida, que acabaram por se tornar num mar de trabalho,
percorrendo mais de 50 municípios, mais de 50 lares de idosos, centros de dia e
de convívio e milhares de quilómetros, desde o Algarve ao Minho, passando por
Trás-os-Montes, Beiras e até às ilhas incluindo.
O livro, em formato
de 17 X 24 cm, com mais de 300 páginas e a capa plastificada, acaba por se
assumir como o completar de uma trilogia, depois da publicação de «A Castanha
Saberes e Sabores» e «Castanea uma dádiva dos deuses». É um livro um pouco
diferente dos dois anteriores, procurando preservar a memória imaterial e
telúrica em torno do castanheiro e da castanha. Tem um índice remissivo por concelho,
sendo mais fácil a consulta, constando, ainda, a dendrotoponímia do castanheiro
e os brasões dos municípios e das freguesias, em 2012, que incorporam
castanheiros, castanhas e ouriços.
No Prefácio, o
escritor, Pires Cabral, diz que o autor, «sentindo que tinha ainda muito que
estudar, investigar e divulgar sobre a castanha, resolveu arredondar aquelas
duas obras numa trilogia, acrescentando-lhes estas Memórias da Maria Castanha –
Vocabulário, variedades de castanhas, expressões, provérbios, receitas
tradicionais e outros saberes etnográficos do castanheiro. (…) Estas Memórias
são uma espécie de vade-mécum da relação do povo com a castanha. (…) Por isso
aconselho a sua leitura pausada, como se tratasse de um romance amável, feita
naqueles momentos em que acorda dentro de nós o apelo da ruralidade, que só se
sacia indo às fontes».
É um trabalho de
investigação que se persegue há cerca de década e meia, em especial nos dois
últimos anos. É mais um livro etnográfico de consulta e uma das grandes
novidades é o inventário das variedades de castanhas em Portugal, que ronda as
200, à semelhança do que investigadores galegos tinham feito na Galiza.» Jorge
Lage
«E agradeço todo o
trabalho etnográfico que estás a fazer, com todo o seu valor que para nós é
imenso, mas pouco reconhecido e ainda menos agradecido» José Posada (última
mensagem trocada com o autor antes de falecer a 14-01-2013, em Ourense, Galiza)
«Jorge Lage
reapareceu com “Memórias da Maria Castanha”, última investigação sobre o tema
que o transformou no mais esclarecido autor sobre a castanha. O vocabulário, a
variedade, as expressões, os provérbios, as receitas tradicionais e outros
saberes etnográficos acerca do castanheiro passam por aqui. Este tema é
sinónimo de riqueza Transmontana e este Autor tem vindo a tratar, com olhos de
quem sabe e quer promover aqueles que desprezam uma riqueza à vista dos olhos.»
Barroso da Fonte
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila
Rial...
[disponível também do autor os seguintes títulos: “Castanea – uma dádiva dos deuses” e “As Maias – Entre
Mitos e Crenças – lendas, castanhas, receitas e provérbios de Maio”]
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