“A Casa de
Bragança” de Ernesto Rodrigues
D. Pedro e D. Inês
de Castro casaram em Bragança, onde lhes nasceu o segundo filho, D. João de
Portugal e Castro, calhado para um trono que as vicissitudes da História
entregaram ao meio-irmão D. João I. Essa figura é reabilitada na memória de
amigos que com ele conviveram até às vésperas da morte, em 1398. A casa da
família Roiz triangula a igreja de Santa Maria e a DomusMunicipalis, outras
moradas dentro da vila e cidadela, o que significa contar as origens do burgo,
a construção do castelo e a linhagem dos Rodrigues, num lapso de mil anos.
A narrativa é
organizada por Afonso Roiz, cujo pai tanto pode ser D. João de Castro como o
sobrinho D. Afonso, primogénito do mestre de Avis e primeiro duque de Bragança.
As suas andanças pela Europa, com o futuro regente D. Pedro (1425-1428); a
participação no desastre de Tânger (1437), já companheiro de D. Fernando,
Infante Santo, em Fez (1443); a amizade com o segundo duque, D. Fernando I, e
presença no arraial de Ceuta, donde trouxe carta de foral dirigida à nova
cidade (20 de Fevereiro de 1464) – eis retrato singular de
Quatrocentos.
Essas duas partes
ficaram impressas em fólios que outro Afonso Rodrigues (nado em 1956) colige:
não só acompanha, aos oito anos, as celebrações do quinto centenário do foral
(1964), como, meio século depois, resolve enigmas da sua vida.
Ernesto Rodrigues
(Torre de Dona Chama, 1956) é poeta, ficcionista, crítico e ensaísta, editor
literário, tradutor de húngaro. Professor auxiliar com agregação da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa, preside à direcção da Academia de Letras
de Trás-os-Montes.
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila
Rial...
[disponível também do autor
os seguintes títulos: “Do Movimento Operário e Outras Viagens” (poesia) e
“António José Saraiva e Luísa Dacosta: correspondência” (edição)]
Sem comentários:
Enviar um comentário