terça-feira, 18 de junho de 2013

Do vinho de missa de Cister ao Vinho do Porto



“Do Vinho de Missa de Cister ao Vinho do Porto – a ‘magna karta’ de 1132” de Altino Moreira Cardoso

«Em confirmação do interesse suscitado pelo meu estudo da História do Vinho do Porto (inicialmente destinado à revista da APHVIN), está em publicação uma segunda edição, muito melhorada, agora com 232 páginas (em vez de 54), com abundante ilustração e referências bibliográficas.

Contendo dados novos, terá um um título actualizado:
DO VINHO DE MISSA DE CISTER AO VINHO DO PORTO–A MAGNA KARTA DE 1132

A investigação do autor incide sobre a história da vitivinicultura no Douro, desde a “fonte do milho“ dos Romanos (séc. V.DC), a que sucedem os Suevos, os Visigodos e os “mortórios“ muçulmanos (séc. VIII-XII), cuja crença proibia o consumo de vinho (neste mundo, não no paraiso, note-se).
Com o início da Nacionalidade e da Dinastia borgonhesa de D. Afonso Henriques (criado em Lamego com Egas Moniz), os frades de Cister (também da Borgonha) marcaram aqui presença com nada menos do que 4 mosteiros.
Para prover de vinho sacramental as numerosas missas, Cister elaborou um projecto de prospecção e compra de terrenos adequados, para onde importou de Borgonha as varas de plantação (o “pé-posto”, anterior a filoxera).
A primeira das várias compras sistemáticas de Cister em Cambres / Lamego foi a dos Varais / Cambres), em 1132 (e não 1142) – onde os frades de Cister plantaram as primeiras varas trazidas da Borgonha (dando esse nome ao lugar).
A escritura (“karta“ de 1132) dos Varais marca a primeira plantação do “vinho de missa”, o licoroso chamado “cheirante de Lamego”, mais tarde chamado ‘vinho do porto‘ por uma questão de exportação, meramente geográfica.
O vinho de missa VLQPRD tem, por lei, um grau de 16-18º de álcool – que a exportação elevou para os 19- 21º do vinho do Porto. Ainda há pouco apareceu um novo vinho de missa licoroso, denominado “Sé de Braga“.
Este estudo da origem do Vinho do Porto vem esclarecer uma lacuna inadmissível na História do Douro e da própria Fundação do Reino.


Sintra, 27 de Maio de 2013
Altino Moreira Cardoso»

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