A Traga-Mundos e a
Biblioteca Escolar do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Mondim de Basto,
com o apoio da editora Opera Omnia, promovem a apresentação dos livros “Histórias,
Memórias e Contos Tontos” e “Brincalendo” de Maria do Céu Nogueira, com
ilustrações de Esmeralda Duarte, junto do público escolar ao longo do dia
de 29 de Maio de 2012.
«Maria do Céu
Nogueira nasceu em
Escariz São Marinho , do concelho de Vila Verde, mas a sua
actividade pedagógica realiza-se, sobretudo, na Biblioteca Lúcio Craveiro da
Silva, em Braga, onde criou a Hora do Conto, para os utentes mais novos.
Tive já oportunidade de lhe elogiar a fantasia e o sonho que preza na sua
escrita. Agora, folheio o seu mais recente livro da modalidade, com um título
feliz: “Brincalendo” (...) O volume é constituído por três textos. No primeiro, Alhos
e Bugalhos, a escrita tem a ideia original de reunir, no mesmo enredo, contos
tradicionais, como A Branca de neve, A Carochinha, A
Cabacinha, O Coelhinho Branco, Os Três Porquinhos, O Capuchinho
Vermelho e a Cabrinha Branca. Talvez por excesso de personagens, o
resultado tornou-se algo confuso, não sem manter as virtudes literárias da
autora: sonho e fantasia. O terceiro conto é-nos dado em prosa rimada, tão
erradamente posta de parte pelas nossas obras destinadas às crianças, ensinança
de ritmo e beleza. Maria do Céu Nogueira usa um vocabulário rico, variado,
(perspicaz, macambúzio, trouxe-mouxe) que tem o mérito de obrigar o pequeno
leitor ao manejo do dicionário bem como termos ingleses, hoje ao alcance do
aluno do ensino básico.
Maria do Céu
Nogueira é autora de uma vasta e notável obra no campo da Literatura
Infanto-Juvenil, a que me aprouve já fazer referência crítica. “Histórias
memórias e contos tontos” é o seu mais recente livro, de excelente aspecto
gráfico e ilustrado por Esmeralda Duarte com surpreendente qualidade artística,
logo reconhecida na concepção da capa, de subido bom-gosto. Maria do Céu
Nogueira oferece-nos um texto variado e original, onde se distingue a sabedoria
da pedagogia. Os trabalhos recolhidos são inspirados por contos tradicionais
populares portugueses, como a história da formiguinha perguntadeira.
Inclui o livro algumas lenga-lengas e trava-línguas, também da nossa tradição
popular, muitas delas já esquecidas, cheias de graça e singularidade. Mas,
quanto a mim, os textos mais importantes aqui inseridos são o teatrinho
das vogais, o teatrinho das consoantes e vamos contar até vinte,
material admirável para a escola, de que todos os professores das primeiras
letras deviam deitar mão para um ensino de língua e da aritmética, eficaz e
divertido. Bastam estes textos para justificar a existência desta obra, aliás,
toda ela encantadora.
António Couto
Viana, leitur@ gulbenkian
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