“A
Loba e o Rouxinol” de A.M. Pires Cabral
O
romance A Loba e o Rouxinol tem por cenário o mundo fechado de uma pequena vila
transmontana, nos anos 60 do século passado. A história é contada na primeira
pessoa por um filho da personagem central, após a morte deste. Trata-se de um
comerciante à moda antiga, hirto numa certa concepção de dignidade profissional
e incapaz de se modernizar, o que leva a loja a uma progressiva decadência.
Para além disso, desenvolveu um processo psicopático de identificação com a
casa onde vivia com a família e da qual foi forçado a mudar-se.
Repercutem, nesta história e neste cenário, diversas referências fundamentais que fizeram a história dos anos 60 em Portugal, como a emigração, a guerra colonial, a ditadura e a consequente dialéctica situação/oposição, filtrado tudo pela visão conservadora e provinciana da vilória, que o narrador, estudante em Coimbra durante a crise académica de 62, procura pôr a nu.
Repercutem, nesta história e neste cenário, diversas referências fundamentais que fizeram a história dos anos 60 em Portugal, como a emigração, a guerra colonial, a ditadura e a consequente dialéctica situação/oposição, filtrado tudo pela visão conservadora e provinciana da vilória, que o narrador, estudante em Coimbra durante a crise académica de 62, procura pôr a nu.
"Pires
Cabral organiza a elegia, agora, de uma época do pequeno comércio e da palavra
honrada, em fundo de guerra colonial e de nascente pato-bravismo na construção imobiliária,
que vai alterar a fisionomia das praças. "A Loba e o Rouxinol" lê-se
em quatro horas de puro gozo narrativo e vocabular; a composição das figuras,
sobretudo de família ligada ao espírito do lugar, fixa um quadro exemplar
também a desagregar-se nos idos anos 60." Ernesto Rodrigues, in Expresso,
Actual
Disponível
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila
Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an
Bila Rial...
[também disponível do autor
os seguintes títulos: “O Cónego” (romance); “O Diabo
Veio Ao Enterro”, “O Porco de Erimanto”, “Os Anjos Nús” e "A Navalha de
Palaçoulo" (contos); “Como Se Boch Tivesse Enlouquecido”, O Livro dos
Lugares e outros Poemas”, “Que Comboio É Este”, “Arado”, “Antes Que O Rio
Seque”, “Cobra-D’Água”, “Gaveta do Fundo” e “A Noite Em Que A Noite
Ardeu” (poesia); “Trocas e Baldrocas ou com a natureza não se brinca” com
ilustrações de Paulo Araújo (infanto-juvenil); “Língua Charra – Regionalismos
de Trás-os-Montes e Alto Douro” Volume I – A-E, 568 p. e Volume II – F-Z, 606
p.; “Páginas de Caça na Literatura de Trás-os-Montes” (selecção de textos e
organização, antologia); “Aqui e Agora Assumir o Nordeste” (antologia) selecção
e organização de Isabel Alves e Hercília Agarez; “As Águas do Douro”
coordenação Gaspar Martins Pereira; “Telhados de Vidro” n.º 3, n.º 6, n.º 9,
n.º 11, n.º 18, n.º 20, n.º 21; “Guerra Junqueiro: A Musa Dual” (antologia)
introdução, selecção de textos e organização de A.M. Pires Cabral]
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