terça-feira, 8 de julho de 2014

A VOZ, única, da Rádio: Fernando Alves





Foi há alguns anos que deixei de ter um televisor em casa...
Na altura, aderi a uma campanha que nos incentivava a desligar o televisor por uma noite e (re)descobrir o prazer de fazer outras coisas: ler, estar com amigos, caminhar, contar uma estória a uma criança, escrever uma carta, etc...
Coincidiu mudar de casa, de Messejana para Entradas, no Baixo Alentejo. Teria que subir ao telhado para montar uma antena. Chegando tarde do trabalho a casa, à noite não o poderia fazer. Foram passando dias. Ao fim-de-semana foram sempre aparecendo outros afazeres, mais prementes e interessantes. Foram passando semanas, um mês, dois meses, etc. Até descobrir que um televisor não me fazia falta nenhuma!
Continuei a mudar de casas. De lugares e países – Kiel, Norddeutchland, Cantchungo, Guiné-Bissau. Um televisor continuou a não fazer parte da minha habitação.
Há cerca de 13 anos que não vejo televisão...

A Rádio, pelo contrário, sempre foi para mim uma presença importante em cada casa. A música, os programas, os jornalistas e apresentadores, a sonoplastia, as suas vozes.
Em Portugal, há uma personagem da rádio, um jornalista, um cidadão, sobretudo uma voz, que sempre se destacou: FERNANDO ALVES. Neste momento, nos últimos anos, ouvir diariamente o seu espaço “Sinais” é um pequeno grande prazer de que não prescindo. É iniciar os dias com o alento de alguém que sabe olhar, sentir, reflectir, encantar, analisar Portugal e o Mundo – que sobretudo o sabe contar, dizê-lo: é uma VOZ, única...

Ontem, tive o imenso prazer de acolher Fernando Alves na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real, onde iniciou uma reportagem sobre Trás-os-Montes e Alto Douro. O imenso privilégio de conhecer a pessoa da VOZ.

[fotos de Alexandre Parafita] 
 

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