“Palco Interior” de Carlos Alves
“Palco Interior” parte
de um processo de pesquisa sobre os efeitos da interioridade nas vivências
artísticas numa região do Interior do país, neste caso a região transmontana de
Vila Real.
Este
livro é um registo desse processo; fala de experimentalismo em artes
performativas, apresenta elementos de escrita diarística sobre o período em que
decorreu esta investigação e inclui a versão integral de um texto para cena,
composto a partir da pesquisa então realizada.
“Palco
Interior” é um documento único, até ao momento, sobre o período
actual e a história recente do teatro em Vila Real.
Este trabalho é complementado com um documentário, realizado
em Vila Real, entre Julho de 2022 e Agosto de 2023, o qual pode ser visto
através de um QR code incluído no livro.
1ª
edição - Agosto de 2023
"Segue-se
uma viagem de impressões pela realidade teatral do interior transmontano, em
particular da região vilarrealense, onde Trás-os-Montes naturalmente não se
esgota. Digo viagem de impressões porque me preocupei mais em escrever sobre o
que pude pensar ao longo deste tempo, sozinho e com os outros, do que em marcar
conclusões definitivas em folhas de papel. Nada é definitivo, nem as conclusões
nem o papel. Foi bom estar um ano a trabalhar nisto, porque o espaço de doze
meses permite verificar o dinamismo e acompanhar o que está em mudança, o que
está a acontecer. Com menos tempo também se escrevia um livro mas a actualidade
passava-lhe por baixo. Donde a realidade também". (excerto da Introdução)
Biografia
do autor:
Carlos
Alves é Mestre em Teatro - especialização em Artes Performativas, pela Escola
Superior de Teatro e Cinema. Iniciou o percurso profissional no Teatro em 2006.
Concluiu a Licenciatura em Comunicação Social, em 2008. Integrou a Companhia do
Teatro Ibérico entre 2008 e 2010. Mantém um trabalho regular de criação
teatral, entre escrita, encenação, interpretação e produção. Recebeu a Bolsa de
Criação Literária da DGLAB em 2020. Em 2021, com o texto 13 de Maio recebeu o
Prémio PLATTA de teatro breve, tendo o texto sido traduzido para Galego e
Castelhano.
É
autor do projecto de investigação “Artistas da Emergência – um arquivo da
memória presente sobre as novas gerações do Teatro português”, com o apoio da
DG Artes.
Trabalha
como professor de Teatro na Escola Secundária de Camões, em Lisboa.
Para
o Centro Cultural de Belém criou, em 2019 e em colaboração com outros artistas,
os espectáculos "Romeu e Julieta Sem Destino" e "Entre Flores e
Batalhas". Também nesse ano levou a cabo as primeiras apresentações do
espectáculo "Suriya". Ainda em 2019, encenou "Uma Questão de
Tempo", peça de Jaime Salazar Sampaio.
No
final de 2023, criou e estreou o monólogo "Para Acabar de Vez com o
Humor", na Escola do Largo, em Lisboa.
Das
criações anteriores destacam-se "A Última Peça de Simon Smith" (com
Bárbara Água), "Carolina", "Os Nossos Vizinhos Dormem Cá em
Casa", "Caídas em Desgraça", "Romeu e Julieta – A
Revolta" e "Direito ao Assunto" (espectáculo criado para o
extinto Teatro Rápido, em Lisboa). "Camarim", em co-autoria com Ana
Campaniço, foi o seu primeiro texto levado a cena, bem como a sua estreia na
encenação, em 2014. Estes espectáculos tiveram apresentações em Lisboa, em
grande parte no Teatro Turim, e noutros locais do país, como São Miguel, Ponte
de Lima e Setúbal.
Do seu percurso como actor, assinalam-se as participações nos espetáculos "El Quijote", com encenação de Célia Figueira; "O Frio que Faz na Cama" de António Manuel Revez; "Assim Que Passem Cinco Anos" e "Amor de D. Perlimplim com Belisa em Seu Jardim" de Federico Garcia Lorca; "A Relíquia" de Eça de Queirós, adaptação de Filomena Oliveira; "Pluft, O Fantasminha" de Maria Clara Machado; "O Rei Está a Morrer" de Eugène Ionesco; "Tomai Lá do O' Neill" de Filomena Oliveira; "Na Boca da Noite" de Onivaldo Dutra; e "Hoje Durmo em Berlim" de A. Branco.»
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