domingo, 19 de fevereiro de 2017

DiVersos - poesia e tradução 25


“DiVersos – Poesia e Tradução” n.º 25

Neste número, datado de dezembro de 1996 mas em circulação a partir do início de 2017, completa-se e encerra-se a evocação do vigésimo aniversário da criação da DiVersos – Poesia e Tradução.

Poemas de um poeta grego moderno, como é o caso de Kostís Palamás traduzido por Maria da Piedade Faria Maniatoglou, prosseguem a quase constante presença de poetas gregos nas nossas páginas.

Federico García Lorca, poeta galego? É nessa língua que surge neste número um dos maiores poetas de sempre de língua castelhana. E como se verá adiante, justificadamente. Com ele aprofundamos o nosso interesse pela poesia de língua galega e ao mesmo tempo prestamos homenagem ao grande poeta andaluz no 80.º aniversário do seu assassinato.

Com o escritor norueguês Henrik Ibsen, autor dramático mas também poeta – faceta menos conhecida fora da Escandinávia -, e à semelhança do que aconteceu no n.º 23 com o tema «Poesia e Natureza», iniciamos uma nova etiqueta, «Poesia e Música», há muito acalentada mas que só agora foi possível iniciar. À poesia de Ibsen associa-se a alusão à música de Edvard Grieg, um dos maiores compositores românticos e o mais reputado compositor norueguês.

Traduzidos do inglês, apresentamos alguns poemas de Charles Simic, em tradução de Francisco José Craveiro de Carvalho, e de Seamus Heaney, em tradução de José Lima.

Do castelhano, poesia de Miguel Losada, confrade editor da publicação La Revista Áurea e ele próprio poeta, traduzido para português por Verónica Aranda, poetisa espanhola que mais adiante surge selecionada e traduzida a si própria para português em poemas inspirados no ambiente de Lisboa.

Quanto a poesia originariamente escrita em português, duas miniantologias de dois dos fundadores da DiVersos, Carlos Leite e Manuel Resende; alguns poemas de um dos mais importantes intérpretes do surrealismo português, Cruzeiro Seixas, aqui presentes graças aos bons ofícios de António Cândido Franco. Inês Fonseca Santos, poetisa com vários livros publicados, surge pela primeira vez nas páginas da DiVersos, tal como Júlio Henriques, que enquadrámos na etiqueta «Poesia e Natureza», embora esse não seja, de longe, o único tema da sua poesia. Nuno Félix da Costa, já anteriormente publicado na DiVersos, está aqui de novo connosco. Três poetas brasileiros, Helio Neri e Mariana Ianelli, que chegam até nós pela mão amiga de Elisa Andrade Buzzo, e Tere Tavares, que nos foi apresentada por Nuno Rebocho, completam as quase duas dezenas de poetas deste número 25. Vinte e cinco números em vinte anos – não é muito, esperamos no entanto que se revele como algo mais que uma simples teimosia.

Carlos Leite nasceu em Vila Real em 1949. É tradutor profissional. Vive actualmente em Atenas. Publicou, de poesia: O Pesquisador de Ouro, Lisboa, 1981, A Máquina Vaporosa, Lisboa, 1983; O Brilho do Residual, Lisboa, 1985; O Desflashar dos Espaços, Lisboa, 1987, todos em Quatro Elementos Editores. E Ostende, Lisboa, 1997, na Black Sun; e ainda este foi sempre o nosso ponto de embarque para a lua preferido, em colaboração com Filipa Eça, Matosinhos 1999, Contemporânea Editora. Colaborou em diversas publicações colectivas, nomeadamente Arco Íris, Mar, Peste, Nuvens, Eldorado e Bumerangue. Um dos quatro fundadores da DiVersos, em 1996, onde colaborou com poesia própria e com traduções. Entre outros, traduziu, editados por Livros Cotovia, os livros de poesia Trabalhar Cansa, de Cesare Pavese, e Paisagem com Inundação, de Iosif Brodskii. A antologia que se insere a seguir foi realizada pelo editor da DiVersos e é de sua responsabilidade, tendo no entanto sido revista pelo autor.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível: “DiVersos” n.º 24]


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