sábado, 30 de agosto de 2014

traga_mundos na Feira do Livro do Porto 2014

traga_mundos na Feira do Livro do Porto 2014
stand n.º 35
de 05 a 21 de Setembro de 2014
abertura: 2ª a 6ª feira – 16h00 | sábados e domingos – 12h00
encerramento: domingo a 5ª feira – 22h00 | 6ªs feiras e sábados – 23h00
nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto


A livraria Traga-Mundos de Vila Real estará PRESENTE na Feira do Livro do Porto 2014 – stand n.º 35 –, levando o mundo literário e cultural de Trás-os-Montes e Alto Douro, de 5 a 21 de Setembro de 2014, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.

Recordamos que a Traga-Mundos é uma livraria especializada na temática de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Onde estão presentes os autores locais e regionais, grande parte com projecção nacional e universal – Agustina Bessa-Luís, Alexandre Parafita, Altino Moreira Cardoso, Alves Redol, A.M. Pires Cabral, Amadeu Ferreira (Fracisco Niebro), Antero Neto, António Barreto, António Borges Coelho, António Cabral, António Fontes, António Fortuna, António Júlio Andrade, António Modesto Navarro, António Pena Gil, António Sá Gué, A. Passos Coelho, Armando Sena, Barroso da Fonte, Bento da Cruz, Camilo Castelo Branco, Camilo de Araújo Correia, Damas da Silva, Dias Vieira, Domingos Monteiro, Dulce Maria Cardoso, Emílio Miranda, Ernesto Rodrigues, Eurico Figueiredo, Fernão de Magalhães Gonçalves, Francisco José Viegas, Gaspar Martins Pereira, Graça Pina de Morais, Guerra Junqueiro, Isabel Mateus, Joaquim de Barros Ferreira, João de Araújo Correia, João Bigotte Chorão, João Cabrita, João de Deus Rodrigues, João Domingos Gomes Sanches, João Parente, João Pinto Vieira da Costa, Jorge Lage, José Braga-Amaral, J. Rentes de Carvalho, Luísa Dacosta, Manuel Cardoso, Manuel Vaz de Carvalho, Manuela Morais, Maria da Assunção Anes Morais, Maria Fernanda Guimarães, Maria Olinda Rodrigues Santana, Marília Miranda Lopes, Mário Correia, Mário Mendes, M. Hercília Agarez, Miguel Torga, Nadir Afonso, Natália Fauvrelle, Otílio Figueiredo, Paula Godinho, Rául Rêgo, Ribeiro Aires, Rui Pires Cabral, Sílvia Alves, Tiago Patrício, Teixeira de Pascoaes, Vergílio Taborda, Virgínia do Carmo, Vítor Nogueira, etc...

Obras em prosa ou poesia; romances, novelas e contos; livros técnicos e revistas temáticas; álbuns infanto-juvenis e de banda-desenhada; de edições de bolso a álbuns de fotografia; de guias turísticos a cd’s e dvd’s; de edições de autor a edições de associações e outras instituições; em português e an mirandés; num esforço para se reunir e apresentar num mesmo local a riqueza cultural e literária da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Visitem(-nos)...



António Alberto Alves
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro
Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real
2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00
259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:
- de 20 de Agosto a 30 Setembro de 2014: exposição 5 cartazes originais das Corridas de Vila Real (1967, 1968, 1970, 1972, 1973);
- 27 e 28 de Setembro de 2014: presença com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, no Festival Aldeias Vinhateiras, em Provesende;
- dia 4 de Outubro de 2014 (quinta-feira): presença com uma banca de livros, mais algumas coisas e loisas, no VI Encontro de Didática do Português da DPG - Associação de Professores de Português na Galiza.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Portugal - A Flor e a Foice

“Portugal – A Flor e a Foice” de J. Rentes de Carvalho

Publicado em 1975 na Holanda, Portugal, a Flor e a Foice nunca tinha sido editado em Portugal. No ano em que se assinala o 40º aniversário da Revolução dos Cravos, este olhar heterodoxo sobre o período revolucionário está a cativar os leitores portugueses.

«Os cravos simbolizaram a esperança, mas a foice que os cortou não foi, como por um instante se temeu, ou fingiu temer, a do papão comunista, sim a dos lobos que a traziam escondida sob o disfarce de cordeiros.» J. Rentes de Carvalho

«De início, não houve interesse em publicá-lo porque a minha visão do que se estava a passar era considerada desagradável e incómoda.» Entrevista ao Atual

«As pessoas até aos 40, 50 anos vão ficar tristes ou assustadas com a revelação. Depois, os mais velhos, dos 60 anos para cima, vão-se dividir em duas categorias: aqueles que, contra toda a evidência, continuarão a acreditar que houve uma revolução muito bem feita e muito feliz, e os outros, que se vão dar conta de que nem tudo o que reluz é ouro.» Entrevista ao i

Excerto da entrevista de J. Rentes de Carvalho ao Expresso (Atual).

«Este livro, escrito entre abril de 1974 e outubro de 1975, nunca foi publicado em Portugal. Porquê?
De início, não houve interesse em publicá-lo porque a minha visão do que se estava a passar era considerada desagradável e incómoda. Mesmo na Holanda, teve uma única edição, pequena, e só saiu uma crítica ao livro num jornalzeco belga. Por causa do meu pessimismo, chamaram-me filho da puta, vendido ao capital e mais não sei quê. Demorou trinta anos para que os meus amigos socialistas, que na altura me abandonaram, começassem a dizer: “Olha lá, se calhar tiveste um bocado de razão, só que foi cedo demais.” A verdade é que ao mostrar o manuscrito ao Manso Pinheiro, editor da Estampa, já nos anos 80, ele explicou-me que o livro continuava a não ser publicável, “nem agora, nem daqui a dez anos, nem daqui a vinte”.

E que justificação deu para essa recusa?
Nos anos 80, este assunto ainda era intocável.

O problema era a falta de recuo histórico?
Não. O problema era contrariar as grandes certezas saídas da Revolução dos Cravos. Um sujeito vir dizer estas coisas não caía bem. Não vendia livros. E era até capaz de dar cadeia, sei lá.»

ler mais em [http://tempocontado.blogspot.pt/2014/03/lancamento-de-portugal-flor-e-foice-na.html]


Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponíveis as seguintes obras do autor: “Ernestina”, “O Rebate”, “Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia”, “Mazagran”, “La Coca”, “A Amante Holandesa”, “Com os Holandeses”, “Tempo Contado”, “Mentiras & Diamantes”]

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

saca-rolhas em videira

saca-rolhas em videira
Da_Vide

 

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O retorno - aos desterrados

 
“O Retorno” de Dulce Maria Cardoso

Livro do Ano em Portugal, Prêmio Especial da Crítica 2011.
Plano Nacional de Leitura: livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura. Também recomendado para a Formação de Adultos, como sugestão de leitura - Grau de Dificuldade III.


1975 Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras.
Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa.
Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia.
A adolescência torna­-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança.
África sempre presente mas cada vez mais longe.

«Em 1975, um ano após a Revolução dos Cravos, Portugal perde as suas colônias. Em poucos meses, o país recebe mais de meio milhão de retornados, que de uma hora para a outra precisam abandonar suas casas. É nesse contexto que conhecemos a história do narrador: Rui, um adolescente nascido em Luanda. (…)
Dulce Maria Cardoso alcança, com ´O retorno´, uma linguagem de uma precisão absoluta. Uma linguagem lírica, delicada, mas também áspera e seca, oscilando entre os sentimentos com a habilidade que só os grandes têm.» Tatiana Salem Levy, "O Globo"

«“O Retorno” é um romance que aborda o tema delicado e polémico que foi para Portugal a descolonização, o fim do Império Ultramarino e o conturbado regresso dos Portugueses que habitavam as colónias, após a Revolução de Abril de 1974. (...)
“O Retorno” tem o mérito de explorar as consequências psicológicas da Guerra do Ultramar na mente dos jovens de então, dominados pelo cenário de incerteza e precariedade que caracterizavam a situação de anomia social, vivida durante os anos conturbados da descolonização logo após o 25 de Abril.
Dulce Maria Cardoso traça neste romance o retrato de um tempo situado na história recente de Portugal (...)» Cláudia de Sousa Dias [blogue Há Sempre Um Livro... à nossa espera!]

«Dulce Maria Cardoso encontra o registo certo em todas as cenas, emocionado e seco, triste e orgulhoso, cheio de culpa e incerteza, de palavras africanas que eram o português angolano, de recordações epocais, como fotonovelas ou marcas de uísque. É essa história visivelmente vivida, sem demagogia nem rasuras, que faz de O Retorno um romance há muito aguardado.»
Pedro Mexia, Expresso, 4 estrelas

Dulce Maria Cardoso é originária de Trás-os-Montes, mas passou a infância em Angola, tal como os dois jovens protagonistas de O Retorno. De regresso a Portugal, licenciou-se em Direito vivendo, actualmente, em Lisboa.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível da autora os títulos: “O Chão dos Pardais”, “Tudo São Histórias de Amor”, “A Bíblia de Lôá – Lôá e a Véspera do Primeiro Dia” ilustrações Vera Tavares, “A Bíblia de Lôá – Lôá Perdida No Paraíso” ilustrações Vera Tavares]

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Caramulo e os tísicos

“Caramulo – Crónica Romanceada” de A. Passos Coelho

Este livro só podia ter sido escrito por um tísico da velha-guarda ou por um médico tisiologista da mesma época. Infelizmente no primeiro caso, felizmente no segundo, o autor satisfaz as duas condições. O ex-tísico oferece-o a seus irmãos que, durante tantos anos, com abnegação e sacrifício se responsabilizaram pelas despesas do doente. O tisiologista dedica-o humildemente à memória dos colegas cuja vida se processou entre os tísicos e para os tísicos. E a estes envia-lhes para a eternidade a comovida lembrança da vivência comum de alegrias, frustrações, sofrimentos e despedidas.


«Trata-se da reedição da obra que aborda a vida e os sentimentos dos doentes que ocuparam aquela que outrora foi a maior estância de tratamento de doenças pulmonares do país. (...)
A estância sanatorial do Caramulo foi criada nos anos 20, pelo Dr. Jerónimo de Lacerda, para combater um dos maiores flagelos da sociedade europeia de então, a tuberculose, uma doença infeciosa também conhecida como “tísica pulmonar”, ”peste cinzenta” ou “doença do peito”. Esta foi uma das mais importantes estâncias da Europa, chegando a receber, por ano, perto de 2000 doentes, dando emprego, direta ou indiretamente, a grande parte dos habitantes da região.
Conhecido sobretudo como médico pneumotisiologista, o Dr. Passos Coelho dedicou também tempo à actividade política e à escrita. No plano político, exerceu funções de Presidente da Assembleia Municipal de Vila Real. No plano literário, além de colaboração episódica e dispersa em algumas revistas, conferências e comunicações, publicou dois livros de contos, um livro de poesia e um romance.
Os livros de contos, “Gente da Minha Terra” e “Histórias Selvagens”, saíram em primeira edição em 1960 e 1963, respectivamente. O livro de poesia, intitulado “Material Humano”, saiu em 1997. O romance “Caramulo”, teve a sua primeira edição em 2006. [UTAD]

«O Caramulo é um nome por demais conhecido como local de internamento de doenças pulmonares, no caso, a tuberculose que, há décadas “foi uma desgraça muito grande no século XX”. Pela qualidade dos tratamentos aí efectuados, o Caramulo ganhou fama e prestígio, uma e outro extensivos aos médicos que aí trabalhavam.
Aí funcionavam vários serviços de especialidade: radiologia, pneumologia, cirurgia pulmonar e outras. Era no Caramulo que muitos médico estagiavam, indo do Porto, de Lisboa e de Coimbra. Era no Caramulo que estavam os melhores médicos nesta área. Era, pois, «pena» que todo o historial médico e humano caísse no esquecimento. E isso o dr. Passo Coelho nunca quis que acontecesse, porque ele, que foi para o Caramulo para ser tratado, a ele está “ligado pela vida biológica, profissional e familiar”.» [Notícias de Vila Real]

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[também do autor os títulos: “Gente da Minha Terra” (contos), “Histórias Selvagens” (contos), “Zélia” (romance), “Mais Gente da minha Terra” (contos), “Memórias de Céu e Inferno”]


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Azeitoneira em grés


Azeitoneira em Puro Grés
isento de chumbo, selénio e cádmio

Pure Stoneware Starter Plate
free of lead, selenium and cadmium


6 motivos, by Objecto Anónimo

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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Livro de Pantagruel: a bíblia

“O Livro de Pantagruel” de Bertha Rosa-Limpo 
[Jorge Brum do Canto, Maria Manuela Limpo Caetano, Maria João Caetano, Nuno Alves Caetano]
76.ª Edição
revista e actualizada por Maria Manuela Limpo Caetano, Maria João Caetano, Nuno Alves Caetano
todos os exemplares assinados por Nuno Alves Caetano

Temperos / Complementos de cozinha / Aperitivos / Acepipes e entradas / Cachorros, combinados e sanduíches / Caldos e sopas / Açordas, migas e papas / Cozidos / Ovos, pratos de queijo e soufflés / Peixes e mariscos / Carnes / Arroz /Massas / Bolas, empadas, empadões, folares, fritos, pastéis, pastelões, tartes e tortas / Legumes secos e verdes / Saladas e seus molhos / Enchidos
+ Glossário


«Andava de olho no famoso Livro de Pantagruel há algum tempo. Até que enfim, acabei por comprar a "Bíblia" lusa da culinária, um imponente calhamaço de 1200 páginas...!

Prazenteiros apetites, permitidas gulas e consentidos desejos de bolos, biscoitos, gelados, carnes e massas, legumes e peixes, suculentos purés e reconfortantes gaspachos. As mil e uma noites do sabor lusitano. A maior recolha de receitas tradicionais portuguesas actualizada e condimentada a arte e paixão. 60 anos de cultura e sabor.


O Livro do Pantagruel foi editado pela primeira vez em 1946. Das 1500 receitas iniciais a autora reviu, actualizou e assinou (cada uma das edições) compilando actualmente cerca de 5000 receitas. Uma recolha de pratos e segredos de família a contarem um pouco mais da intemporal arte da cozinha. Na combinação de ingredientes, misturando temperos, pitadas e pitadinhas de contida imaginação revive-se o secular prazer do bem comer...» [blogue Food With A Meaning

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[também disponível: “O Livro de Cozinha Para Homens” de Maria Antónia Goes, “Portugal de Hoje à Mesa” de João Paulo Martins e Vítor Sobral, Cozinha Portuguesa – Sardinha – texto em português, Cocina Portuguesa – Sardina – texto en español, Portuguese Cuisine – Sardines – english text, Cuisine Portugaise – La Sardine – texte en français, Cozinha Portuguesa – Bacalhau – texto em português, Cocina Portuguesa – Bacalao – texto en español, Portuguese Cuisine – Cad – english text, Cuisine Portugaise – La Morue – texte en français, “Fabrico Próprio – O Design da Pastelaria Semi-Industrial Portuguesa | The Design of Portuguese Semi-Industrial Confectionery” editado por / edited by Pedrita (Rita João, Pedro Ferreira) e / and Frederico Duarte, “A Gastronómica – Agenda Perpétua”] 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Sobre a morte em Trás-os-Montes

“Agora e na Hora da Nossa Morte” de Susana Moreira Marques

Susana Moreira Marques viajou até às aldeias de Trás-os-Montes para encontrar pessoas com pouco tempo de vida, familiares em vigília e o vazio deixado pelos que morrem. Numa paisagem marcada por grandes distâncias, onde Portugal acaba e é esquecido, num tempo de fim e perante a nossa mortalidade, começamos a perceber o que é importante.

«Quando soube que não sobreviveria à doença e que não poderia continuar a caminhar no vasto campo em frente de sua casa, o caçador que gostava de flores pediu misericórdia, que o matassem depressa, por favor. Morreu numa cama sem dizer últimas palavras de significado e nesse dia nasceu no quintal um cachorro que nunca viria a ser cão de caça; foi então levado para um caixão e velado no centro da sua sala, os pássaros empalhados com as asas abertas olhando-o de cima do armário. Na varanda, com vista para a terra que tinha sido a sua maior alegria e que supunha ir gozar em pleno na velhice, tinha o vaso preferido que deu ainda flor na Primavera após a sua morte.»

«À pergunta “como escrever sobre a morte?”, Susana Moreira Marques (Porto, 1976) respondeu com um livro que rompe convenções. Não é uma reportagem, ou talvez seja, mas não nos moldes tradicionais onde a ortodoxia do jornalismo manda que o repórter se apague da história tanto quanto lhe seja possível. Isto é, o mais possível. A autora decidiu mostrar-se, incluir na narrativa as transformações que a inevitabilidade da morte do outro - estamos a falar de sentenciados à morte por doença - provocaram também nela. Foi um processo longo que lhe mudou o olhar e, no limite, as mãos. “Há coisas sobre as quais não se pode escrever como sempre se escreveu. Algo muda. Primeiro os olhos, depois o coração - ou os nervos ou aquilo a que os antigos chamavam alma - e, finalmente, as mãos.” É a confissão à entrada de Agora e na Hora da Nossa Morte, título pedido de empréstimo a um livro de poemas de José Agostinho Baptista para uma narrativa que não cabe em nenhum género definido da escrita.


De Junho a Outubro de 2011, em três viagens distintas (uma que corresponde à Primavera, com as cerejas; outra ao Verão, com as romarias de Agosto; e outra ao Outono, com o fim das colheitas), a jornalista e o fotógrafo André Cepeda foram até ao planalto transmontano acompanhar o quotidiano dos técnicos do projecto de cuidados paliativos ao domicílio da Fundação Calouste Gulbenkian. Andou por muitas aldeias, visitou muitas casas, falou com muita gente e escreveu sobre a morte como nunca se escreveu, tentando apanhar-lhe o tom, adequar-lhe a linguagem, dando-se tempo, libertando-se de lugares comuns, nunca cedendo à lamechice ou provocando a emoção fácil. Num exercício de uma enorme contenção e cuidada atenção ao outro, pouco adjectivo, evitando a quase sempre aborrecida descrição das técnicas de saúde prestadas (porto seguro para fintar a emoção), conta como é estar muito perto da morte sem que o leitor alguma vez sinta o incómodo de entrar num território que não é o dele e com a eficácia da grande literatura: uma enorme capacidade de acordar a emoção em quem lê.

O livro arranca com notas soltas, escrita fragmentada pontuada pelo silêncio, com o não-dito implícito, a pedir a intervenção do leitor, um aproximar ao tema a partir de conversas, da partilha cúmplice, dando conta do modo como ao longo do processo foram caindo convenções, de como a realidade não se compadece com a literatura - é por vezes muito mais feia, nada romântica nas transformações físicas e nas outras que a doença causa. Ela e eles sós ante a estranheza imensa, socorrendo-se de quem já experimentou representar a morte através das palavras. Tolstói, com A Morte de Ivan Ilitch, o homem que, agonizando, olha a vida e se arrepende do que não viveu ou do modo como viveu. E Torga, para a dureza de Trás-os-Montes, mas também poemas de Larkin, de Cecília Meireles, como se a poesia fosse mais eficaz com o transcendente, com a estranheza. Na segunda parte do livro, o ângulo aperta-se. Escolhem-se protagonistas, narrando-lhes a história e dando-lhes a voz da primeira pessoa. E não há intrusão quando Susana fala com Paula, mãe de Ana e de Luís, mulher de 40 anos que anda descalça na procissão à espera de um milagre, ou talvez não. Nem quando conversa com Elisa e Sara, as filhas de Rui, o homem que quer saber tudo da doença e prepara a própria morte. E nem por sombras há invasão do espaço onde moram João e Maria, o casal de octogenários que viveram em Angola mas regressaram quando todos abandonaram as colónias e agora se despedem um do outro a olhar a paisagem em frente. São os retratos. Paula. Elisa e Sara por causa de Rui. João e Maria por causa de João. E nós por eles.


São histórias exemplares entre as muitas que Susana encontrou e quis representar, porque uma das grandes questões é a de como representar a realidade que ninguém quer ver representada. Medo antigo. Ver a morte do outro é projectar a própria, e nessa projecção há a ideia de contágio. A morte como algo que se cola e de que se foge. Susana Moreira Marques não fugiu dela aqui, e comunicou com uma mediação poética que resulta de uma rara sensibilidade para tratar o eterno pasmo e o eterno pudor ante o momento mais íntimo, o da morte. “Onde está Ivan Ilitch? Onde está a agonia, como a escreveu Lev Tolstói? Onde estão os homens olhando para trás, para o momento em que se fizeram homens? Onde está o arrependimento e o perdão? E a satisfação, se a houve, dos anos felizes? Os doentes sofrem e parecem não ter forças para pensar, colocar-se questões morais - e já nem sequer parecem preocupados (é isto específico do nosso tempo?) com o paraíso, o inferno, o juízo final. Querem apenas um pouco mais de vida, querem um pouco mais de tempo para acreditar que o corpo vence; todos querem, com uma força desproporcionada, talvez delirante, continuar de olhos abertos.” Por fim, imagens. Os rostos, o lugar, a águia delimitando fronteiras mais do que geográficas e a narrativa a fugir à delimitação literária. É um livro que interpela, que magoa porque a realidade é mesmo assim, mas que nunca é coitado, não clama por piedade. Uma livro sem “rogai por nós”. Porque a morte não é boa nem é má. É. E Susana Moreira Marques escreve-a num livro de estreia como só os grandes escritores são capazes.» [Isabel Lucas, Público]

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Torga - Letras e Paletas

“Torga – Letras e Paletas” de Jorge Marinho
colecção de 6 postais em embalagem


Postais inseridos numa edição especial da exposição de pintura: Jorge Marinho – Torga Letras e Paletas


“O Natal”, óleo sobre tela, 100 x 140 cm
“O Alma-Grande”, óleo sobre tela, 130 x 97 cm
“A Vindima”, óleo sobre tela, 200 x 160 cm


“A Vindima II”, óleo sobre tela, 130 x 100 cm
“Os Bichos”, óleo sobre tela, 100 x 140 cm
“Raízes”, óleo sobre tela, 130 x 100 cm


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[recordamos que temos o compromisso de sempre disponibilizar a obra completa de Miguel Torga: poesias, diários, teatro, contos, romance, ensaios e discursos; também os títulos “Dar Mundos Ao Coração – Estudos sobre Miguel Torga” organização de Carlos Mendes de Sousa, “Miguel Torga – o simbolismo do espaço telúrico e humanista nos Contos” de Vítor José Gomes Lousada, “Miguel Torga – A Força das Raízes (Um itinerário transmontano)” e “Dois Homens num só Rosto – Temas Torguianos” de M. Hercília Agarez, “O essencial sobre Miguel Torga” de Isabel Vaz Ponce de Leão, “Uma longa viagem com Miguel Torga” de João Céu e Silva, “Miguel Torga: O Lavrador das Letras – Um Percurso Partilhado” de Cristovão de Aguiar, “A Viagem de Miguel Torga” de Isabel Maria Fidalgo Mateus, “Miguel Torga – o drama de existir” de Armindo Augusto, “Ser e Ler Miguel Torga” de Fernão de Magalhães Gonçalves; também os álbuns de Graça Morais (“Um Reino Maravilhoso”) e de José Manuel Rodrigues (“Portugal”); “O meu primeiro Miguel Torga” escreveu João Pedro Mésseder, Inês Oliveira ilustrou; “Entre Quem É! – Tradições de Trás-os-Montes e Alto Douro no Diário de Miguel Torga” de Maria da Assunção Anes Morais]

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Telhados de Vidro

Telhados de Vidro n.º 19
Maio de 2014, 248 pp.
(Tiragem Única de 350 exemplares)
Direcção: Inês Dias e Manuel de Freitas
Capa de Luís Henriques.
Paginação e arranjo gráfico de Inês Mateus
(sobre grafismo de Olímpio Ferreira).

Colaboradores: A. Maria de Jesus, Abel Neves, Adília Lopes, Ana Isabel Soares, Bruno C. Duarte, Emanuel Jorge Botelho, Fabio Weintraub, Fernando Cabral Martins, Fernando Curopos, Fernando Guerreiro, Friedrich Schlegel, Gil de Carvalho, Hélia Correia, Inês Dias, Inês Lourenço , ISABEL NOGUEIRA, Jaime Rocha, Jeannette Lozano, João Almeida, José Alberto Oliveira, José Carlos Soares, Luís Filipe Bettencourt, Luís Manuel Gaspar, Manuel de Freitas, Mariano Peyrou, Marta Chaves, Mattéo Mario Vecchio, Miguel de Carvalho, Miguel Martins, Pádua Fernandes, Ricardo Álvaro, Rui Baião, Serena Cacchioli.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponível: “Telhados de Vidro” n.º 3 – com A.M. Pires Cabral; “Telhados de Vidro” n.º 5 – com Vítor Nogueira; “Telhados de Vidro” n.º 6 – com A.M. Pires Cabral e Rui Pires Cabral; “Telhados de Vidro” n.º 8 – com Rui Pires Cabral; “Telhados de Vidro” n.º 9 – com A.M. Pires Cabral e Vítor Nogueira; “Telhados de Vidro” n.º 10 – com Rui Pires Cabral e Vítor Nogueira; “Telhados de Vidro” n.º 11 – com A.M. Pires Cabral; “Telhados de Vidro” n.º 12 – com Rui Pires Cabral e Vítor Nogueira; “Telhados de Vidro” n.º 14 – com Rui Pires Cabral; “Telhados de Vidro” n.º 15 – com Vítor Nogueira]

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Forais Novos de Mondim de Basto

“Forais Novos de Mondim de Basto: um passado a conhecer” de Maria Olinda Rodrigues Santana

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também da autora disponível os títulos: “Inquirições Manuelinas de Trás-os-Montes – edição interpretativa”, “Documentação Dionisina do Concelho de Vila Pouca de Aguiar” com Mário José da Silva Mineiro, “Documentação Foraleira Dionisina de Trás-os-Montes”, “Registo do Foral Manuelino de Miranda do Douro”, "Cartas inéditas do Abade de Baçal para o Padre António Mourinho 1941-1947", “Guia do Arquivo António Maria Mourinho” com Ana Lúcia Pereira Costa, “Diálogo de dois intelectuais em torno da História e da Cultura do Nordeste Transmontano – Joaquim R. Santos Júnior e António Maria Mourinho”, “Páginas de Rosto dos Forais Novos de Trás-os-Montes”, “Liuro dos Foraes Nouos da Comarqua de Trallos Montes: abordagem histórica, cultural, discursiva e edição interpretativa”, “Catálogo da Correspondência de Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior para António Maria Moutinho (1944-1990)”, “Catálogo da Correspondência de António Maria Mourinho para Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior (1951-1990)” e “Correspondência de António Maria Mourinho e Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior (1944-1990) – organização, edição, notas e estudo”]

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Livros com mel e artesanato


A Traga-Mundos vai estar presente com um stand de livros, e mais algumas coisas e loisas, de Trás-os-Montes e Alto Douro na 13.ª Feira do Mel e Artesanato, que irá decorrer 15 (sexta-feira), 16 (sábado) e 17 (domingo), no belíssimo Parque Termal de Pedras Salgadas, concelho de Vila Pouca de Aguiar. VISITEM(-nos)! [stand 60]

Concursos, doçaria, artesanato e espectáculos de música popular portuguesa são a grande atracção do certame.

«Dezenas de apicultores e artesãos do concelho de Vila Pouca de Aguiar vão dar a conhecer os seus produtos numa feira que vai já na sua 13.ª edição.

Durante o certame terão lugar concursos de mel, dos melhores rótulos de mel e de doçaria.

Vários artesãos do concelho irão dar a conhecer a sua arte numa mostra de artesanato e que conta ainda com um concurso que irá distinguir as melhores peças em mostra.

Ao longo dos três dias do certame haverá vários espectáculos com grupos de música popular portuguesa que irão animar o recinto da Feira.

Destaque para o XX Festival de Folclore organizado pela Associação Cultural e Recreativa Estudantil de Pedras Salgadas (ACREPES) que se realiza a 16 de Agosto (sábado) pelas 21h00. 

«Dar a conhecer o que de melhor se produz na região, no local mais turístico do concelho», é o objectivo da iniciativa, salienta a organização.

A Feira do Mel e Artesanato é organizada pelo município de Vila Pouca de Aguiar em parceria com a Associação de Municípios de Alto Tâmega e o Turismo de Portugal.» [Café Portugal]

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Raízes - Trás-os-Montes e Alto Douro em Revista

“Raízes – Trás-os-Montes e Alto Douro em Revista” n.º 1, Agosto 2014, mensal

«Fica aqui desvendada a capa da primeira edição da revista Raízes que poderá encontrar nas bancas em todos os municípios transmontanos nesta Terça-feira [12 de Agosto de 2014]

Esta edição tem como tema especial a Emigração. Contamos a história de duas gerações de emigrantes. Histórias emocionantes que não pode deixar de ler na Raízes.

Este projecto editorial que pretende ser uma lufada de ar fresco na comunicação social regional.»


Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Douro - rio, gente e vinho

“Douro – Rio, Gente e Vinho” por António Barreto

Trata-se de uma nova versão, corrigida, actualizada e muito aumentada, das edições de Douro, publicadas nos anos noventa e há muito esgotadas.
Além dos acrescentos e dos novos capítulos sobre a história mais recente da região, inclui cerca de 230 fotografias, a maior parte inéditas e do próprio autor, mas também muitas outras de grandes fotógrafos que passaram pelo Douro desde meados do século XIX: Joseph James Forrester, George H. Moore, Emílio Biel, Alfred Fillon, Casa Alvão, Guedes de Oliveira e outros.
A selecção fotográfica ficou a cargo de Ângela Camila Castelo-Branco.

«O Douro é o lugar de um feliz encontro. Nada faria prever que aquela região, outrora inóspita, fosse local propício para tão venturosa reunião. Da própria terra, vieram os lavradores e os trabalhadores da vinha e do lagar. De ali perto, dos vales do rio, os arrais e marinheiros. Do lado de lá da fronteira, a norte, os galegos, inesgotáveis construtores de muros e socalcos. Do Porto, adegueiros, administradores e comerciantes. Da Inglaterra e da Escócia, sobretudo, mas também da Holanda e de outros países, comerciantes, exportadores, colégios de Oxbridge, clubes de Londres e pubs de Edimburgo. Ao fazer um vinho excelente, toda esta gente fez também uma região, uma paisagem e uma cultura.»

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também disponíveis os títulos: “Arquitecturas da Paisagem Vinhateira” Natália Fauvrelle (coord.), “Paisagens de Baco. Identidade, Mercado e Desenvolvimento. Regiões Demarcadas: Vinhos Verdes, Douro, Dão, Bairrada e Alentejo” de Ana Lavrador, “A Vinha e o Vinho em Portugal. Museus e Espaços Museológicos” Natália Fauvrelle (coord.), “Viver e saber fazer. Tecnologias tradicionais na Região do Douro. Estudos preliminares” Teresa Soeiro, Carlos Coelho Pires, Rui Cortes, José Alves Ribeiro, Hélder Trigo Marques, Gaspar Martins Pereira, Natália Fauvrelle, Nelson Campos Rebanda, José Alexandre Roseira, “Vinhos: arte e manhas em consumos sociais – A apreensão de uma prática sociocultural em contexto de mudança” de Dulce Magalhães, “Produzir e Beber. A Questão do Vinho no Estado Novo” de Dulce Freire, “Memórias do Vinho” de Maria João de Almeida e Paulo Laureano, “O Alto Douro – Um Espaço Contrastante Em Mutação” 4 volumes de Maria Helena Mesquita Pina, “Vinhos de Portugal . Da vinha ao vinho, variedades e regiões” de Ceferino Carrera, “Vinho do Porto e a Região do Douro. História da Primeira Região Demarcada” de Ceferino Carrera, “História do Douro e do Vinho do Porto – Volume 1 – História Antiga de Região Duriense” Carlos A. Brochado de Almeida (coord.), “História do Douro e do Vinho do Porto – Volume 4 – Crise e Reconstrução. O Douro e o Vinho do Porto no Século XIX” Gaspar Martins Pereira (coord.), “Outros Territórios do Vinho | Other Territories of Wine” de Manuel de Novaes Cabral edição bilingue, “O Alto Douro Entre o Livre-Cambismo e o Proteccionismo” de Carla Sequeira e “Memória de Pedra” fotografias de Claude Médale texto de Gaspar Martins Pereira]


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

a moura que morreu por amor

“Ardínia, a moura que morreu por amor” texto - Alexandre Parafita, ilustrações - Ana Lúcia Pinto

Esta é uma das lendas mais belas da Região do Douro. Ardínia é, de resto, uma das figuras lendárias que melhor representa o imaginário popular. Usando como trunfos a sedução, a beleza e a ousadia, Ardínia transformou a sua história de amor - impossível - numa mensagem intemporal de união, diálogo e tolerância.

Uma mensagem que ecoa nas paisagens durienses como um apelo mágico e um verdadeiro guião para os destinos que o Douro ainda hoje procura cumprir.

Ardínia e Tedo eram de culturas e credos diferentes, o que não os impedia de gostarem um do outro. O pai de Ardínia que se oponha a esse amor fez tudo para separar Tedo da sua filha. Será que o conseguiu? E de que maneira…

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[disponível também do autor os seguintes títulos: "Histórias de Natal contadas em verso" ilustrações Bruno Pereira, "Branca Flor, o príncipe e o demónio" ilustrou Pedro Morais, "Vou Morar No Arco-Íris" ilustrações de Pedro Pires, "Balada das Sete Fadas" ilustrações de Miguel Gabriel, "As Três Touquinhas Brancas" ilustrações de Jorge Miguel, “Diabos, diabritos e outros mafarricos”, ilustração Fátima Buco, “Bruxas, feiticeiras e suas maroteiras” ilustração Fátima Buco, “Lobos, Raposas, Leões e outros figurões” ilustrações de Alberto Faria, “O Tesouro dos Maruxinhos – Mitos e lendas para os mais novos” ilustrações Miguel Gabriel, "Contos de Animais com Manhas de Gente" ilustrações de Eunice Rosado, A Mala Vazia e algumas histórias de tradição oral” ilustrações de Pedro Serapicos, “Magalhães nos olhos de um menino” de Alexandre Parafita e Simone de Fátima Gonçalves, ilustrações de Rui Pedro Lourenço; “Antropologia da Comunicação – ritos, mitos, mitologias”, "Património Imaterial do Douro” - Vol. I e Vol. II", "Os Provérbios e a Cultura Popular", "A Mitologia dos Mouros", "Antologia de Contos Populares" Vol. II, "O Maravilhoso Popular", "A Comunicação e Literatura Popular"; “A Máscara do Demo”]