“O Sétimo Sentido”
de António Fortuna
Quando se desce ao
inferno da mente, é-se forçado a descobrir quão ténue é a barreira entre a vida
e a morte. Devemos, então, impressionar-nos com a morte?
Parece-me que não.
Os cobardes é que
se impressionam com a morte física, sem se incomodarem com a morte moral que os
ceifou. Esses, apenas se movem em um corpo com armação de vida fátua, deambulando
embrulhados em capas de mentira, não sabendo, os tristes, que o diabo tem
uma capa para tapar e um chocalho para tocar, que é o mesmo que dizer:tudo
se descobre neste mundo, sobretudo se se está moralmente morto.
Não, a mim não me
impressiona a morte! A morte, em mim banalizou-se e parece-me que não a temo.
Venha, quando vier! Venha, quando quiser! Enfrentá-la-ei, sem lhe conhecer o
rosto, nem a alma. Encaro-a com a banalidade com que encaro um nascimento.
Por isso, estou
vivo, são e escorreito para enfrentar as maleitas de que padece a Condição
Humana. Mas, por favor, não me peçam para pactuar com ferozes hipocrisias.
Texto do Prólogo,
por António Fortuna
«António Fortuna,
que junta à sua condição de pedagogo as de poeta e ficcionista, acaba de
publicar o seu sexto livro, saído, como os restantes, na Tartaruga, a operosa
editora de Chaves, com capa de Espiga Pinto.
Intitula-se O
sétimo sentido e é um livro de difícil catalogação. Pode-se pensar que se trata
de uma pequena novela, aliás de acção muito escassa e lenta, centrada na figura
do advogado Dr. Daniel. Mas na verdade, esta obra é mais um ensaio, um conjunto
de reflexões oportuníssimas sobre a busca de valores como a autenticidade, a
honestidade, a solidariedade, e o rebater dos vícios opostos. Poderíamos de
certa maneira defini-lo como um manual de sobrevivência moral da humanidade.
Como diz Henrique Morgado, no texto da contracapa: «Há livros que veiculam mensagens e tocam fundo na alma humana. Livros, cujas páginas ressumam vida e fomentam os ideais de justiça, liberdade e altruísmo, ao mesmo tempo que apelam à lucidez e denunciam a maldade, a ganância, o egoísmo.» [Grémio Literário Vila-Realense]
Como diz Henrique Morgado, no texto da contracapa: «Há livros que veiculam mensagens e tocam fundo na alma humana. Livros, cujas páginas ressumam vida e fomentam os ideais de justiça, liberdade e altruísmo, ao mesmo tempo que apelam à lucidez e denunciam a maldade, a ganância, o egoísmo.» [Grémio Literário Vila-Realense]
Disponível na
Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |
Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila
Rial...
[também os títulos “Da Rua
dos Poetas” (poesia) de 2006, “A Chave do Degredo” (sonetos) de 2007 e “Sonata
ao Douro” (poesia) Prémio Nacional de Poesia 2010 Fernão de Magalhães Gonçalves,
e “Frescos da Memória” (contos) de 2010]
Sem comentários:
Enviar um comentário