quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Artes de cura e espanta males por Michel Giacometti

“Artes de Cura e Espanta-Males” espólio de medicina popular recolhido por Michel Giacometti, coordenação de Ana Gomes de Almeida, Ana Paula Guimarães, Miguel Magalhães, 692 p.

«Artes de Cura e Espanta Males - Espólio de Medicina Popular» é a obra que reúne heranças portuguesas recolhidas pelo etnomusicólogo corso Michel Giacometti. Ana Paula Guimarães, Ana Gomes de Almeida e Miguel Magalhães coordenaram os registos fruto de uma investigação longa e minuciosa. Foram sete anos a compilar cinco mil fichas de receitas, entre rezas, ladainhas e remédios. Uma parte dos receituários recolhidos por Giacometti entre 1959 e 1990.

Ana Paula Guimarães, coordenadora do livro, conta ao Café Portugal como começou esta aventura de compilar a recolha feita pelo etnomusicólogo Michel Giacometti desde o momento em que chegou a Portugal, em 1959, até à sua morte em 1990.
Tudo começou em 2002 quando a directora do Museu da Música Portuguesa, Conceição Correia, propôs à direcção do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) a publicação do vasto arquivo de medicina popular, sonhado e realizado por Michel Giacometti, e que estava organizado em fichas de doença compiladas por ele próprio ou pela equipa que o acompanhava no terreno.
Ana Paula Guimarães considera todo este trabalho «um momento especial». «Primeiro foi a entrega simbólica do espólio de medicina popular coligido por Michel Giacometti e ´abandonado` na casa onde vivera», afirma a também directora do IELT da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Ao todo foram mais de cinco mil as fichas de receitas (incluindo rezas, ladainhas, remédios para doenças classificadas já por especialidade médica) transcritas, digitalizadas e, finalmente, mostradas aos público.
«O complexo trabalho de edição do texto foi realizado por Miguel Magalhães, mestre e doutorando do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional. Ana Gomes de Almeida, a cardiologista que entretanto conheci, empenhou-se em verificar, corrigir a organização das doenças em especialidades médicas e em contactar os médicos especialistas do Hospital Santa Maria para comentarem o acervo documental», revela.

Abordagem no seio das populações
Ana Paula Guimarães diz, por isso, que a importância de «Artes da Cura e Espanta Males» é «enorme». E argumenta: «quem não foi ainda à pressa ao doutor mais próximo? Quem não precisou de ser curado através de qualquer arte? Agora a sério. Creio ser fundamental para doentes, pessoas sãs e médicos, mais ou menos especialistas, conhecer, ler, entender, escutar o surpreendente património ancestral respeitante a formas de ir espantando males até serem descobertas formas inovadoras de tratar sarna, verrugas, hemorróidas, apoplexia, etc.».
A investigadora realça que «onde Michel estiver, ele sabe e se regozija imenso com a bela obra dele (dada à luz por nós). Creio que enraizada está. Subentendida, sim. Poucos a assumem mas que cá está, isso não duvido».
«Artes de Cura e Espanta Males – Espólio de Medicina Popular» é fruto das recolhas realizadas no âmbito do Serviço Estudantil «Plano Trabalho e Cultura» que Giacometti criou e dirigiu em 1975.
Contudo, Giacometti não restringiu a pesquisa apenas à recolha de campo e elaborou também uma extensa recolha de tradições médicas publicadas em várias revistas e livros.
De recordar que uma das grandes preocupações de Giacometti na investigação dos dados da medicina popular era a própria abordagem ao tema no seio das populações. «Tudo, porque os cuidados de saúde eram, frequentemente realizados na intimidade familiar porque a doença isola o Homem e o seu corpo da sociedade e, ao privar o homem do seu instrumento de trabalho, a doença conduzia, frequentemente, à miséria. Deste modo, o etnógrafo corso aconselhava os pesquisadores de campo a abordar este tema através das mulheres de família, uma vez que era a estas que cabia a função de cuidar dos filhos e de tratar os doentes quando o tratamento médico especializado não era acessível», concluíram os coordenadores do livro.

O prefácio de «Artes de Cura e Espanta Males - Espólio de Medicina Popular», lançado em 2009, é da autoria do médico João Lobo Antunes e o posfácio de Fernando Nobre, médico e presidente da Assistência Médica Internacional (AMI).
Toda esta recolha de medicina popular está depositada no Museu da Música Portuguesa, no Monte do Estoril.
[Ana Clara, Café Portugal – sítio na Internet]

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pólen de abelhas

Pólen
de Apibéricos, Professional beekeeper, S. Lourenço (Sabrosa)

«Entre os muitos produtos que nos brindam as abelhas, o pólen é um dos mais completos e energéticos. Contém proteínas (quase todos os aminoácidos essenciais), é uma das maiores fontes conhecidas de vitaminas, minerais e hidratos de carbono. Existem muitas maneiras de usufruir do pólen. Pode-se mastigar até se desfazer por completo, engolir com um pouco de água, ou dissolver em leite. Igualmente, resulta muito bom misturado com iogurte, mel ou marmelada.»

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também mel 1000g Bosque, mel 1000g Urze, mel 500g Urze, mel 250g Urze com frutos secos]

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Contos de terras transmontanas

«Os Contos dos montes ermos são 11, a saber: o velho; o eucalipto; o comboio; o colégio; a feira; o desertor, a procissão; o desmancho; a banda; a ignorância; o formigueiro. Como o título indica, o cenário desses contos são as terras transmontanas “grosso modo”, adivinhando-se alguns contornos de povoados aqui bem próximos de nós. Tal como o comboio é o da defunta linha do Sabor… Até mesmo a fábula da formiga do último conto, acaba por ganhar, no final, a marca da região: tratava-se de uma “aluda” (confesso que a primeira vez que ouvi esta palavra, era eu um chavalo, foi em Carviçais… - fui ver à Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, e não é que constava lá, com a indicação: "regionalismo, da região de Torre de Moncorvo"?).
Para aguçar o apetite, aqui fica um excerto:
“…dava dó ver os possantes catrapilas desenraizar as centenárias oliveiras e carregá-las para serem vendidas por essa Europa fora, a alindarem algum jardim de alguém endinheirado. Até os muros de pedra solta foram veniaga. Como é possível?..., perguntam-se alguns. Não estou a falar de pedra, não, estou a falar de muros, muros de pedra solta,
muros que contam história,
peças de património,
molduras da paisagem,
Não! O dinheiro tem mais peso… Qual património, qual memória de povo!... As máquinas precisam de entrar à vontade.
Morreu de pasmo, quando os charruões, capazes de arrancar fraguedos, esventram sem dó nem piedade o olival da Ferraria”.» N. Campos (Torre de Moncorvo in blog)
«António Sá Gué, natural de Carviçais (Torre de Moncorvo), onde nasceu em 1959, é uma agradável surpresa, pelo vigor da sua prosa e pela fluidez e desenvoltura da sua arte narrativa. O livro de contos, de temática rural, vale igualmente pela utilização da linguagem popular da Terra Quente Transmontana.» Grémio Literário Vila-Realense

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos “As Duas Faces da Moeda” e “Fermento da Liberdade”]

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Anfíbios em guia fotográfico

“Anfíbios de Portugal – Guia Fotográfico Quercus” de autoria de Armando Caldas

O seu texto permite-nos conhecer as características biológicas e ecológicas de cada espécie de anfíbio da nossa fauna, as ameaças a que está sujeita, e a distribuição geográfica particularizada para Portugal.
As fotografias obtidas na Natureza mostram os anfíbios no seu habitat e salientam as características morfológicas identificativas de cada espécie. Evidenciam-se ainda as diferenças entre os sexos e as fases terrestre e aquática de cada espécie.

A inclusão de fotografias das larvas dos anfíbios obtidas em aquário, assim como dos tritões em fase aquática, representam uma novidade que contribuirá certamente para um melhor conhecimento deste grupo faunístico pelo público em geral.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

Apresentação de O Livro de Anacleto Pereira

Apresentação de “O Livro de Anacleto Pereira” poeta de Murça – Anos 40 do Século XX
pela Associação dos Amigos de Murça
dia 25 de Fevereiro (sábado), pelas 18 horas
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real

1. Abertura pelo Senhor António Alberto Alves (Traga-Mundos);
2. Introdução pelo Presidente da Associação dos Amigos de Murça, Senhor Eduardo da Natividade;
3. Milene, neta de Anacleto Pereira, lê um poema;
4. Sacramento Monteiro, da Direcção da AAM, desenvolve o trabalho de pesquisa efectuado;
5. Sara, neta de Anacleto Pereira, lê um poema;
6. Apresentação do livro pelo IIIMº. Senhor Prof. Dr. José Esteves Reis (UTAD);
7. Rita, neta de Anacleto Pereira, lê um poema;
8. Rui Teixeira, neto de Anacleto Pereira, agradece a presença de todos os que participaram no evento, em nome de toda a família;
9. Espaço de comentários e debate;
10. Sessão de autógrafos e venda de “O Livro de Anacleto Pereira”.

Anacleto Pereira nasceu em Murça (Trás-os-Montes), em 20 de Abril de 1905 (tendo falecido em 02.11.1988). Trabalhou desde menino e moço como assalariado rural. Por tal facto, nunca teve tempo para aprender a ler e a escrever.
Legou-nos os seus versos, além dos enterros do Entrudo, cujo reportório se perdeu. Esta obra é uma ínfima parte daquilo que ele foi ditando à mulher e aos filhos, trabalhos que se perderam também, infelizmente!

O Povo sabe dizer
Palavras que soam bem.
Sem saber ler nem escrever
De ideias fica refém.

«Trata-se de um corpo de textos edificantes, até catequéticos, com forte dimensão axiológica, veiculando uma certa rebeldia perante a adversidade e a superação do mistério que envolve o nascimento, a vida e a morte. É um homem telúrico, no sentido torguiano, que atravessa os temas, as personagens e ambientes desenvolvidos nas composições. Esteticamente, a colectânea é uma preciosidade poética, raríssima e, aparentemente, perdida em Trás-os-Montes, quando era, ainda, verdadeira a máxima: “Para lá do Marão, mandam os que lá estão”. É uma comunicação estratégica, pedagógica e ética, sob uma medida clássica, cuja aprendizagem e utilização se apresentam estranhas, surpreendentes e obscuras.»
José Esteves Rei, em posfácio

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Um Porto de Lágrima

Marca: Porto Valriz Lágrima
Produtor: Coimbra de Mattos, Lda
Designação: D.O.C. – PORTO
Enólogo: Eng. Luís Sampaio

Castas
Malvasia Fina, Gouveio (Verdelho), Rabigato e Síria

Técnica de Vinificação
Ligeira fermentação em cubas de lixiviação com auto-vinificadores e temperatura controlada. Estágio em madeira

Notas de Prova
Cor: Amarelo dourado claro
Aromas: Com notas de especiarias, amêndoa
Sabor: Na boca sente-se a estrutura do estágio em madeira, mas macio, fresco e a notar-se bem o açúcar da uva. As notas de especiaria e a frescura são persistentes no final de boca

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também o Porto Valriz Branco Leve Seco, Porto Valriz Branco Meio Doce, Porto Valriz Ruby, Porto Valriz Tawny, Porto Valriz 10 Years Old, Porto Valriz LBV 2004, Porto Valriz 20 Years Old, Porto Valriz 30 Years Old, Porto Valriz Over 40 Years Old, Porto Valriz Colheita de 1958]

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Camilo em memórias fotobiográficas


“Camilo Castelo Branco – Memórias Fotobiográficas (1825-1890) de José Viale Moutinho

«São cerca de 600 as imagens que compõem a obra (...). Entre fotografias, retratos, desenhos e documentos que testemunham a vida do grande romancista Camilo Castelo Branco, o autor traça o percurso de uma vida “extraordinariamente infeliz, que não podia acabar como a da maioria dos desgraçados”, como indicam as palavras do próprio Camilo na abertura da obra.
Publicado pela Editorial Caminho, com uma tiragem de quatro mil exemplares, o livro é composto por mais de 400 páginas, incluindo algumas fotografias raras, como é o caso da foto tirada a 2 de Junho de 1890, dia seguinte ao suicídio de Camilo, que mostra o grande amigo do escritor Freitas Fortuna junto ao seu caixão na casa de S. Miguel de Seide. Referência também para alguns desenhos da autoria de prestigiados criadores como Júlio Pomar ou o Mestre José Rodrigues. A obra inclui ainda uma cópia do relatório de investigação judicial sobre o suicídio de Camilo.
Acima de tudo, esta obra é a homenagem a um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos, autor de romances intemporais como “Amor de Perdição” ou “A Queda de um Anjo”» [Casa de Camilo]

«A fotobiografia de Camilo Castelo Branco que José Viale Moutinho agora publica tem um imediato e indesmentível interesse: o de facultar ao grande público dados vários sobre a vida e obra do grande escritor romântico, com uma consulta fácil, num volume que dá gosto folhear, abundantemente recheado de fotos e documentos, com boa qualidade gráfica, e oferecendo-nos textos de informação pormenorizada (...)
E comovem-nos as árvores da Praça Dom Pedro (como no início das Memórias), as vistas lisboetas da infância, a profusão de lugares nortenhos que lhe conheceram anos da mocidade, tantos amigos, amados e contemporâneos, depoimentos, textos e partituras, casas, monumentos, manuscritos, originais, e, acima de todos, a tão comum e a mais bela foto familiar: o autor de Romance dum Homem Ricocom Ana Plácido e o filho Manuel, sentados à volta da mesinha de pé torneado, de rosetas de naperon condizentes com a carpete, as soberbas pregas do vestido de Ana mal roçando os homens que o seu esboço de sorriso protege, os braços de cada um em postura gradativa do repouso à atenção, e parecem estar a ver esta mesma Fotobiografia que vemos, o casal perfilado frente a frente de olhos baixos, só o filho nos olhando agora, tudo na tonalidade neutra e escurecida que alonga o olhar e aprofunda esse espaço doméstico por um instante em sossego, aproximando-se de nós, contíguo à proximidade da leitura.» Maria Alzira Seixo

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Um professor

O Céu tem destas atitudes. Conheço bem o Firmamento dos meus sonhos.
Na minha adolescência cheguei a contar as estrelas uma por uma. As Constelações uma por uma. Os Astros um por um. Os Planetas um por um. As Galáxias uma por uma. Era o meu Céu. Não!Não tenho dúvida nenhuma. Tem marcas minhas porque as marquei. Sim! Lá no Alto. PENA.
O seu autor é professor de Educação Visual e Tecnológica na Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral, em Vila Real.

«António Pena Gil é um homem sensível às coisas, a tudo o que o rodeia, à Natureza, ao Universo, mas sobretudo à liberdade individual, à responsabilidade e à subjetividade do ser humano. "Vivo o dia-a-dia como o raiar belo da alvorada, como vivo o alvorecer do que sinto e penso" - palavras de Pena Gil inseridas neste livro onde ele próprio se retrata, descrevendo com emoção a sua vida e as preocupações inseparáveis da sua existência. Os sonhos, o seu sentido crítico e observador, a admiração pela beleza interior das pessoas, os livros, as frases e as palavras mais simples misturam-se num emaranhado harmonioso e artístico, muitas vezes divagador mas embalado no ritmo insondável e misterioso que lhe percorre o pensamento.» A. Fernando Vilela (NetBila)
 Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Compotas de confecção tradicional

A Traga-Mundos acolheu as compotas manufacturadas pela Associação de Desenvolvimento de Justes – com o objectivo de angariarem receitas para custearem as suas actividades.
São compotas de confecção tradicional, únicas e irrepetíveis, estando sujeitas à sazonabilidade dos seus ingredientes, nomeadamente dos frutos.
Neste momento, estão disponíveis as seguintes compotas: chila, castanha e jeropiga, maçã e hortelã, tomate e canela, e abóbora e amêndoa.

A Associação Ad Justes tem por objecto o desenvolvimento local sustentável e participado e a melhoria das condições sociais, culturais e materiais de vida das comunidades e áreas abrangidas.
Objectivos:
a) Promover o desenvolvimento sustentável de Justes;
b) Pesquisar, inventariar e recuperar as várias actividades tradicionais;
c) Recriar actividades e vivências do quotidiano tradicional;
d) Promover a criação de um núcleo museológico;
e) Promover a dinamização da aldeia de Justes como destino turístico.
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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Viagens e histórias no Douro

“Douro – Viagens e Histórias” de Pedro Veloso, Susana Fonseca, Sérgio Fonseca
Idiomas disponíveis: Português, Inglês, Francês, Espanhol

«...a importância da região do Douro no panorama vitivinícola mundial, não só como espaço produtor de um dos vinhos mais prestigiados a nível internacional, o vinho do Porto, mas sobretudo como património cultural, definido pela espessura histórica desse processo de relação secular entre homem e a natureza...» Gaspar Martins Pereira

Ler este livro é deixar-se levar numa viagem pelo rio Douro, desde as caves em V. N. de Gaia até à região do Douro Internacional. É entrar pelas paisagens e abraçá-las com o olhar. É saber mais sobre cada local da região demarcada do Douro. É conhecer a mesma região pela mão do historiador Gaspar Martins Pereira que assina a Introdução. É entrar num universo imaginado com histórias sobre o modo de vida das gentes do Douro. Este livro aguça o apetite de conhecer mais a região. Tem informações úteis. Convida-o a levar para sua casa como recordação.

Reading this book is letting yourself go on a journey along river Douro starting in V. N. Gaia cellars and ending up in International Douro region. It is going through the pictures and embracing the landscapes. It is to know more about each place inside Douro Wine-growing region. It is to learn the same region through the hands of the historian Gaspar Martins Pereira who signs the Introduction. It is to enter a new universe with stories about the way of living of people from Douro. This book makes you want to know more about the region. It has useful information. It invites you to take it to your home as a souvenir of good times.

Lire ce livre, c’est se laisser emporter dans un voyage tout au long du fleuve Douro, depuis les caves à Vila Nova de Gaia jusqu’à la région du Douro International. C’est pénétrer dans le paysage et l’embrasser du regard. C’est savoir un peu plus sur chaque endroit de la région délimitée du Douro. C’est connaître cette région grâce à l’historien Gaspar Martins Pereira, qui a écrit l’introduction. C’est entrer dans un univers imaginaire, avec des histoires sur le mode de vie des gens du Douro. Ce livre affûte l’envie de connaître un peu plus cette région. Il contient des informations utiles. Il vous invite à l’emporter chez vous comme souvenir.

Leer este libro es dejarse llevar en un viaje por el río Duero, desde las bodegas en V.N de Gaia hasta la región del Duero Internacional. Es penetrar en sus paisajes y abrazarlos con la mirada. Es saber más sobre cada local de la región demarcada del Duero. Es conocer la misma región de la mano del historiador Gaspar Martins Pereira que firma la Introducción. Es entrar en un universo imaginado con historias sobre el modo de vida de las gentes del Duero. Este libro despierta el apetito de conocer más la región. Tiene informaciones útiles. Le invita a llevarlo a su casa como recuerdo.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

Poeta duriense

“Entre o Azul e a Circunstância” de António Cabral
Edição do autor para Livros do Nordeste, Abril de 1983 [edição esgotada no mercado]

1. Aquela cabra tosando a luz
Na sombra do pastor.

Um rapazinho que enfia estrelas no vime.
todo o morro a escrever longínquas cidades.
ignóbeis
nos cavalos do vento.

2. Não estar aqui somente.
Dar o junco às mãos doutra vinha.
Que se arredonde. A mãe.

Não à forma. De nada
ou coisa indisponível.
O sol distante para quê?

Preestar. Assim um cardo em cada calo.

3. Como doem as mãos
e um sino te amanhece
breve distância de ombros insepultos.

4. Cavemos o disponível silêncio
Com lentidão
a do sonho.

Depois qualquer maio é suficiente
sob o linho das nuvens. Ouvi.

Vigiai
Para não cairdes em tentação.

5. Nítido é o tufo de giestas
para os olhos
na intermitência dos horários.

Abriu-se a tarde em Covas de Barroso
sobre o tempo maninho
entre o fogo e o granito sem vidraças.

E agora. Cão.
Lambes a púbis das maias
Consolando-te com a frescura da sílabas.

6. Onde a arca? Onde chispa a chispa
sem pudor encerraste o azul das palavras.

Deixa que elas voem. Penetrem. Como a água.
Nítidas. Atentas como o milhafre.

Que urinem sobre o tojo.
Saltem. Cabritos de luz na nossa rua.

Quem entoa torpes ladainhas?
Para nos convencer. De inutilidades.

[ver recenção crítica de Pires Laranjeira, na “Colóquio Letras” n.º 92 (Julho de 1986)

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também “Ouve-se Um Rumor + Entre Quem É”, “Antologia dos Poemas Durienses”, “O Riu Que Perdeu As Margens”, “Bodas Selvagens” e “A Tentação de Santo Antão”]

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Figo seco e amêndoa e noz

figo seco 205 gr.
amêndoa com casca 250 gr.
noz com casca 500 gr.
de Trás-os-Montes
Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Azeite em património alimentar

“O Azeite na Cultura e no Património Alimentar” de Manuel Paquete
Prémios: Best Mediterranean Cuisine Book, Best Single Subject Food, Gourmand World Cookbook

“O Azeite na Cultura e no Património Alimentar descreve a história secular da oliveira, árvore solitária de fácil convivência com outras espécies e extremamente resistente à adversidade dos solos, confirma o ditado antigo do Languedoc francês: "vives da tua amoreira, do castanheiro do teu pai, da oliveira do teu avô." Há indícios que a oliveira será originária da Ásia Menor, mas a sua expansão e franco desenvolvimento é manifesto nas orlas do Mediterrâneo. Este livro permite-nos uma abordagem da oliveira e do azeite em Portugal. Releva a sua importância na cultura popular – da luz às práticas curativas, das rezas e benzeduras como símbolo de exorcismo do mal, dos provérbios ao cancioneiro. Destaca também o valor insubstituível do azeite na alimentação através dos tempos – da antiguidade à cozinha contemporânea, salientando a utilização nos "comeres festivos", e inclui uma compilação de receitas culinárias.

Manuel Paquete, formado em história, foi director da revista Portugal Nosso Mundo e Vilas e Cidades, e é autor de “Cozinha Saloia, hábitos e práticas alimentares no termo de Lisboa” e “A Cerveja no Mundo e em Portugal”, e tem-se dedicado à investigação de temas relacionados com a história dos hábitos e práticas alimentares.

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Brinquedos tradicionais de folhas, flores, plantas, ervas, cascas...

João Pinto Vieira da Costa escreveu este belíssimo livro que é, sem dúvida, a melhor recolha de brinquedos tradicionais construídos com folhas, flores, plantas, ervas e cascas. O brinquedo e o mundo vegetal numa simbiose perfeita. Recolha inédita de um testemunho a desaparecer. Obra ilustrada a cores, com prefácio de António Cabral.

«O regresso à natureza começa a ter-se como um regresso ao Paraíso. Felizmente, digo, com a certeza de que quanto mais o homem se afasta do seu meio natural menos possibilidade tem de se encontrar a si próprio como alguns pós-modernistas já perceberam, desiludidos com o optimismo da civilização industrial, embora também eles, avessos a sistemas doutrinais, tenham caído num certo desnorte, vivendo a errância intelectual, numa orfandade de valores, alguns dos quais foram porventura fácil e impensadamente configurados. Que o regresso à natureza não seja apenas uma fuga, mas uma necessidade, como as crianças nos ensinam, se lhes dermos condições para isso. (...)
O sentido estético e lúdico, aliás complementares, revelam-se bem nesta "Flora de Brincadeiras" que é preciso ir lendo, reflectidamente, abrindo pausas redentoras na vida tão vertiginosamente desnaturante e desculturalizante que a absolutização do mercado livre nos tem andado a impingir. (...)
São aproximadamente cem os brinquedos (joguinhos, ou juguetes como na Idade Média já se dizia) que neste livro figuram.» prefácio de António Cabral

«Como escreveu Agostinho Chaves (in Mensagens Aguilarenses, 9/12/2008), citado no folheto que enquadra a exposição: "os brinquedos que João Pinto Vieira da Costa constrói são eternos. Quando não havia legos, nem consolas, nem sequer a 'Chicco' nem a 'Toys 'r Us' ou a 'Centroxogo', muito menos as grandes superfícies comerciais que deliciam os olhos das crianças e dão cabo das carteiras dos papás, as crianças brincavam muito mais, de forma mais divertida, por improvisada e criativa. Os seus brinquedos eram feitos do que havia: uma casca de noz, um vime, uma rolha de cortiça, uma carica, o canoco de um milheiro, uma raiz, a vareta de um guarda chuva desfeito pelo vento, uma pinha, um botão velho, um pedaço de arame, um arco de pipa velha abandonada, um ramos de árvore em Y, até uma meia em desuso que era cheia de palha e cozida na ponta, fazendo uma bola com que se jogava futebol. // Não admira que essas práticas (como a generalidade dos jogos populares) tivessem desaparecido, no avançar dos tempos em que o consumo cresceu e tomou conta de nós, através de cada vez mais atraentes e agressivas campanhas de 'marketing' e de publicidade"»

João Pinto Vieira da Costa nasceu em Alpendorada e Matos, em 1960, e reside em Vila Real. Licenciado em Estudos Portugueses, pela F.L.U.P., é professor efectivo do grupo 8º A, na Escola Secundária Camilo Castelo Branco - Vila Real. É o actual responsável pela edição do Jornal “À Procura” e faz parte do Corpo Director do “Boletim Cultural”, duas publicações desta escola.


Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também “Gatafunhos – contos e crónicas”, sob pseudónimo de Vasconcelos do Al, edição de autor, 2005. Crónicas publicadas no Jornal Notícias de Vila Real e alguns contos inéditos. Capa de Daniela Estrela Vieira da Costa]

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Lavradores de Feitoria em prova de vinhos na Traga-Mundos

Segunda-feira, dia 13 de Fevereiro, entre as 18h e as 20h
Prova de vinhos da Lavradores de Feitoria no Traga-Mundos em Vila Real

·         Próximos lançamentos e Sauvignon Blanc já esgotado vão estar em prova

A Lavradores de Feitoria e o espaço Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro têm o prazer de o(a) convidar para uma prova de vinhos e “dois dedos de conversa” em torno de quatro néctares do produtor duriense: ‘Três Bagos Sauvignon Blanc branco 2010’, ‘Três Bagos tinto 2008’, ‘Meruge tinto 2008’ e ‘Quinta da Costa das Aguaneiras tinto 2008’.

O evento contará com a presença do enólogo Paulo Ruão, Director Técnico da Lavradores de Feitoria e terá lugar na segunda-feira, dia 13 de Fevereiro, das 18h00 às 20h00, na Rua Miguel Bombarda, 24-28, em Vila Real.

Um momento, uma oportunidade para degustar a colheita de 2010 do ‘Três Bagos Sauvignon Blanc’, que acaba de esgotar na produção e que foi bastante aclamada pela crítica: 16 pontos pela Revista de Vinhos, 17 pontos pela Wine, nota máxima por José Salvador na Visão e medalha de prata no ‘Concours Mondial du Sauvignon 2011’, em Bordéus.
No que aos tintos de respeito, vão estar em cima da mesa o ‘Meruge tinto 2008’ (92 pontos Jancis Robinson e considerado, por Tom Cannavan, como um dos “50 Melhores Vinhos Portugueses no Reino Unido”) e dois dos próximos lançamentos da Lavradores de Feitoria. Embora ainda não estejam no mercado, o ‘Três Bagos tinto 2008’ e o ‘Quinta da Costa das Aguaneiras tinto 2008’ (prémio ‘Escolha Imprensa 2011’; 17,5 pontos por João Paulo Martins, que o considerou um “tinto a não perder”) poderão desde logo ser adquiridos neste espaço.

Sem dúvida, boas opções como presente para a cara-metade ou como vinhos de eleição para um jantar a dois no Dia dos Namorados. na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vil

Joana Pratas | Consultoria em Comunicação e RP
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sábado, 11 de fevereiro de 2012

O quadro mediterrânico de Portugal

“Mediterrâneo, Ambiente e Tradição” de Orlando Ribeiro
3.ª edição, revista e aumentada

O livro «Mediterrâneo, Ambiente e Tradição», do geógrafo Orlando Ribeiro (1911-1997), acaba de ser reeditado pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), 43 anos depois de ter sido publicado pela primeira vez.
Esta obra, na qual o geógrafo “retratou, há meio século, o ‘Mundo Mediterrâneo’, foi concebida de modo original, reflexo direto da sua personalidade portuguesa”, afirma na introdução do livro a viúva do autor, a também geógrafa Suzanne Daveau. O livro, afirma, “mantém todo o interesse, ao lembrar quais são as raízes fundas e sólidas de que surtos de renovo voltam, sucessiva e inesperadamente, a brotar”.
Suzanne Daveau descreve o texto como  “sintético, elegante, elaborado numa linguagem ao mesmo tempo simples e precisa, insere-se solidamente na vasta obra do autor, por estar alicerçado em muito trabalho de campo, em numerosas viagens e em vastas leituras e trocas de ideias com colegas de diversas especialidades e países”.
A nova edição de «Mediterrâneo, Ambiente e Tradição», segundo nota da FCG, “segue o texto da segunda edição, de 1987, mas apresenta uma ilustração fotográfica refeita que permite mostrar o esplendor natural e humano do mundo mediterrânico, aproveitando as potencialidades do arquivo de imagens do Centro de Estudos Geográficos de Lisboa, alimentado desde a sua criação pelas coleções de fotografias recolhidas por Orlando Ribeiro e seus colaboradores”.
Orlando Ribeiro escreveu o livro “com base em muito trabalho de campo, em numerosas viagens e em vastas leituras e trocas de ideias com colegas de diversas especialidades e nacionalidades, numa altura em que os países que enquadravam o Mar Mediterrâneo sofriam profundas transformações”.
Suzanne Daveau considera que “longamente amadurecido, o ‘Mediterrâneo’ resulta, como a maior parte das obras do autor, da estreita ligação que ele sempre manteve entre ensino e investigação. ‘Por duas vezes, indicou ele, o conteúdo deste livro serviu de matéria de ensino’ nos cursos, livremente concebidos, que teve o prazer de poder ministrar fora de Portugal”.
Orlando Ribeiro defendia que “Portugal não se podia compreender fora do seu ‘quadro mediterrânico’ – para espanto incrédulo de alguns colegas de países vizinhos que não marginam, como Portugal, o desmedido Atlântico mas que o Mar Interior rodeia”, escreve a viúva.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O canivete em Trás-os-Montes e Alto Douro e de Palaçoulo

«A terceira mão
No mundo rural, o canivete era o instrumento mais universal, acompanhando toda a vida quotidiana. Era a terceira mão, tão indispensável como as outras duas.
Era tratado com todo o cuidado, evitando-se que fosse atingido pela ferrugem e cuidando do fio de corte, que não podia ter falhas ou rombos.
Pouco volume fazia nos bolsos dos camponeses, onde entrava de manhã, com o lenço e a onça de tabaco para os fumadores.»
João Serra, in “Crónicas dos anos 50/60”

Canivetes da Cutelaria Martins, Palaçoulo
«Empresa familiar de cariz artesanal, que coloca nos seus produtos um saber de experiência feito, adquirido ao longo das últimas 5 décadas.
A cuidada selecção das matérias-primas, aliada ao processo de fabrico, onde coabitam tradição e inovação, sustentadas pelo "saber fazer" dos seus recursos humanos, são indubitavelmente o garante de satisfação dos seus clientes.
Num olhar mais atento, podemos constatar, que cada um dos seus produtos é cuidadosamente elaborado segundo metodologias artesanais.
A presença humana, assume um papel de destaque no processo de fabrico, pelo que apesar das semelhanças finais, cada peça é única e especial.»

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navalha transmontana, pequena e média com cordão
navalha ellegance, pequena e média
navalha glamour, pequena e média
navalha pé de cabra, pequena e média, com ponta e sem ponta
navalha de garfo lisa com tira cápsula
kit merendeiro com faca

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Douro dos poetas

“Sonata ao Douro” de António Fortuna, prefácio Ana Paula Fortuna
Prémio Nacional de Poesia – 2010 – Fernão de Magalhães Gonçalves

«É mais um livro de poemas dedicado ao Douro, esse manancial inesgotável de inspiração poética. A poesia de António Fortuna é de uma grande frescura, com alguma predilecção por formas tradicionais, entre as quais o soneto, mas não enjeitando o verso livre e até o poema em prosa, quando esses formatos são mais aptos a exprimir as suas emoções.» [Grémio Literário Vila-Realense]

AMOR AO DOURO

(Tintas aguadas)

Há muito tempo que não vou ao Douro,
Mas sei que sempre posso imaginá-lo. . .
E porque não(!) pecar e desenhá-lo,
Mordendo a maçã daquele tesouro.

Levantei voo, então, de um miradouro,
Desenhando uma cobra a retratá-lo.
Lutei durante horas pr'a curvá-lo,
Fazendo do inferno ancoradouro.

Pintei de azul as águas de garoto
P'ra que estrelas do céu o navegassem
E as vidas dos humildes fermentassem.

Pintei o néctar e risquei suor,
Escorrendo dos socalcos em castanho.
Se o não pintei, tentei escrever-lhe o amor!

António Joaquim Lopes Fortuna nasceu em Luanda em 1958, vindo para Trás-os-Montes com dois anos de idade. Licenciado em Ensino de Física e Química pela Universidade do Minho, é professor na Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco, em Vila Real, e foi professor convidado na Escola Superior de Enfermagem de Vila Real durante 15 anos, leccionando a disciplina de Biofísica.
Participou em "Histórias Tiradas da Gaveta",  nº 8 da Colecção Tellus, e no "Pequeno Cancioneiro de Natal", edições da Câmara Municipal de Vila Real.
Participou, ainda, com contos e poesia no Boletim Cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco, do qual é elemento da Direcção. É colaborador do jornal "À Procura" da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, e foi durante oito anos, colaborador do jornal "Notícias de Vila Real", onde, nas suas crónicas inclui alguma da sua poesia.
Colabora, actualmente, com artigos de opinião, no jornal "Semanário Transmontano".
Em 2000, obteve o 1º prémio no Concurso Literário "Um Conto de Natal", promovido pelo jornal "Notícias de Vila Real".
Colaborou como membro do júri do Concurso de Contos de Natal promovido pelo Grémio Literário Vilarealense, nos anos de 2007 e 2008.
Em 2009, colaborou com o conto "Manel Zé, caçador de pássaros", na Antologia "Páginas de caça na Literatura de Trás-os-Montes, (selecção de textos e organização de A. M. Pires Cabral), Edição da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e da Âncora Editora.
 
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[também os títulos “Da Rua dos Poetas” (poesia) de 2006, “A Chave do Degredo” (sonetos) de 2007, e “Frescos da Memória” (contos) de 2010 pela Tartaruga]

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A chega de bois barrosã

Foi a inexistência de uma obra que apresentasse um dos mais celebrados costumes tradicionais portugueses que impulsionou a elaboração desta antologia. Uma edição desta natureza, reunindo um conjunto variado de textos, alguns inéditos, desde artigos de imprensa regional a excertos de obras de literatura, passando por relatos vivenciais de quem ainda conheceu o costume das chegas em toda a sua envolvência humana, reflecte a importância que a representação dos costumes e tradições, neste caso, barrosãs, sempre ocupou na cultura escrita portuguesa. 
Organizando os textos sob duas grandes temáticas – a relação entre o homem e o animal e o momento singular da chega – é estabelecido na antologia um sentido de leitura que nos acompanha na (re)descoberta das chegas de bois, não apenas enquanto tradição a preservar, mas, principalmente, enquanto fenómeno integrante da vida nas comunidades barrosãs.

Foram vários os autores que deixaram testemunho desta tradição na sua escrita – na imprensa, na ficção, na poesia e dramaturgia. Os que aqui conseguimos reunir transmitem-nos com a sua pena o valor da tradição, o gosto pela emoção da chega e, principalmente, a força do povo barrosão: José Viale Moutinho, Ferreira de Castro, João Martins Rodrigo, Dias Vieira, Artur Maria Afonso, Manuel F. Ramos, Júlio Montalvão Machado, Fernando Moura, José Dias Baptista, José Santana Dionísio, António Cabral, Manuel L. G. Garcia, Barroso da Fonte, Damian E. Neira, Miguel Torga, Mário Ventura Henriques, António Lourenço Fontes, Bento da Cruz, Carvalho de Moura, Paula Bordalo Lema 

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Casta sousão em Grande Reserva tinto Douro DOC

Vinhas da Ciderma Grande Reserva 2007 tinto Douro DOC

«Na secular adega do Lugar da Relva, na aldeia de São Leonardo de Galafura. datada de 1874, foi elaborado este vinho, com as castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Sousão.
A vinificação decorreu, como é procedimento habitual neste produtor, em lagares de granito com pisa tradicional, tendo estagiado durante 18 meses em barricas de carvalho francês.
De cor bastante escura, com aromas muito concentrados, numa presença harmoniosa de notas de fruta e carvalho. Um vinho de um estilo vigoroso, poderoso, mas não violento, repleto de carácter e de classe, frutas maduras e notas vegetais.
Excelente no paladar, encorpado, mas elegante. Tudo muito bem proporcionado.
Pronto desde já para apreciar, contudo, revela ter grande capacidade de evolução.
Teor alcoólico: 14,5%.
Enólogo: Mónica Figueiredo.» [Rota das Regiões]

 Recordamos que o Vinhas da Ciderma Reserva Tinto 2004 (esgotado), para além das excelentes avaliações de João Paulo Martins, obteve 93 pontos (em 100) da Wine Spectator.

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Com a natureza não se brinca...

“Trocas e Baldrocas ou com a natureza não se brinca” uma história de A. M. Pires Cabral com ilustrações de Paulo Araújo
O Parque Natural de Montesinho recorta-se em quadrilátero no alto do Nordeste Transmontano, abarcando a parte setentrional dos Concelhos de Bragança e Vinhais, fazendo fronteira a nascente, norte e poente com Espanha. “Trocas e Baldrocas ou com a natureza não se brinca” é o título do livro que A. M. Pires Cabral e Paulo Araújo, em conjunto, fizeram para homenagear este local onde os bosques e clareiras de matos e cursos de água são refúgio dos bichos, que calcorreiam o território.
O mítico lobo aqui é real. O veado, o corço, o javali, a marta, o gato-bravo , a gineta, a lontra, entre muitos outros, também têm lá domicílio. Montesinho território sob o signo do verde, mas com uma paleta mais aberta onde cabem as letras de todos os que sonham a salvaguarda dos tesouros que a Natureza nele exuberantemente ostenta, são terras carregadas de História à espera que vão imortalizando a na sua aparência a verde-esperança.

«”Trocas e Baldrocas ou com a Natureza não se Brinca” é uma bela história infantil, tendo animais como personagens, mas que protagonizam comportamentos e traços de personalidade, típicos dos humanos. Neste aspecto, não difere, portanto de muitas outras história infantis, que preenchem as prateleiras de todas as bibliotecas escolares. Porque razão merece então, este livro, uma atenção especial. Bem, na verdade há nele algumas especificidades que o tornam mais apetecível à leitura.
A primeira é o facto de esta história ser ilustrada por um ilustrador nascido no nosso concelho, chamado Paulo Araújo, que frequentou, na sua adolescência, a nossa escola secundária. A segunda é o facto de o seu autor, A. M. Pires Cabral ser natural do nosso distrito e ser professor do ensino secundário. A terceira e não menos importante é que o ambiente em que se desenrola esta história é o Parque Natural de Montesinho, situado em Trás-os-Montes, o que a torna mais familiar para nós, que vivemos nesta região. Digamos que a “moral da história” deste livro apela ao respeito pelo ambiente natural, que é na realidade, o nosso ambiente. Este livro, que foi o resultado de um projecto de trabalho concebido e coordenado pela Direcção Regional da Cultura do Norte merece, com certeza, um lugar especial em qualquer lista de prioridades de leitura.» Sugestão de leitura do professor Albertino Sousa, blogue O rato da biblioteca
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